Saúde e Bem-Estar

Daniel Batistella, especial para a Gazeta do Povo

A importância da vitamina D

Daniel Batistella, especial para a Gazeta do Povo
05/08/2012 03:01
Portanto, se a grande maioria das suas atividades diárias são em ambientes fechados e você tem pouco contato com o sol, existe a possibilidade de carência de vitamina D. “Em uma cidade como Curitiba, em que vivemos outono e inverno bem marcados, privados do sol e com dias nublados e chuvosos, podemos presenciar uma maior deficiência de vitamina D. A baixa incidência de raios solares não permite uma síntese da vitamina em quantidade adequada e a produção dela é mínima”, explica Alana Murillo Santos, clínica médica do Hospital Vita.
E o que podemos fazer para manter os níveis ideais de vitamina D no organismo? Basta deixar braços e pernas expostos por 10 a 15 minutos, duas vezes por semana, evitando horários entre às 10 e 16 horas, ensina Alana.
Ela é importante porque trabalha como um hormônio, facilita a absorção de cálcio e fósforo no organismo e ajuda na saúde dos ossos e das funções musculares, ensina Adriana Pinheiro Pato, reumatologista do Hospital Marcelino Champagnat. “Ainda tem importância em outros tecidos do corpo, atua no sistema cardiovascular, inibe a pressão alta e ajuda no tratamento de doenças autoimunes, como a lúpus e a esclerose múltipla”, conta. E a deficiência dela ocasiona algumas doenças nos ossos: raquitismo em crianças, osteomalácia em adultos e contribui para a osteopenia, o que aumenta o risco de osteoporose, diz a reumatologista.
Além do sol, é possível encontrá-la a partir de alguns alimentos, mas Alana ressalta que nelas a quantidade encontrada é muito reduzida. Ela cita óleo de fígado de peixe, peixes gordurosos (salmão, bagre, atum, cavalinha), cogumelos e ovos. A clínica médica conta também que a estratégia atual, principalmente em países com invernos rigorosos, são os alimentos fortificados com vitamina D, como leites e derivados, farinhas e até suco de frutas, que devem ser consumidos, de preferência, no inverno. “Temos também a suplementação de vitamina D, por cápsulas ou gotas, quando indicada por especialista, frente à uma deficiência da vitamina”, conta a clínica médica.
Após os 50 anos de idade, a pele perde a capacidade de sintetizar a substância de maneira suficiente e, nestes casos, é recomendável aferir a quantidade dela no corpo – realizada por meio de exames laboratoriais de sangue e urina – e avaliar a necessidade de suplementação. Além disso, existem alguns grupos de pessoas para as quais a suplementação é bem-vinda: gestantes, mulheres na menopausa, pessoas doentes com restrições para tomar sol e com histórico de câncer de pele e quem tem mais de 65 anos, faixa etária de risco para desenvolver osteoporose.