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Atividades de impacto para a saúde dos ossos
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Atividades de maior impacto

Os exercícios de alto grau de impacto são aqueles onde há saltos, pois o peso corporal se multiplica várias vezes na aterrisagem ao solo, como vôlei, ginástica olímpica, basquete e algumas atividades de academia. A seguir vêm os esportes com corridas em alta velocidade e de longa duração, como atletismo e futebol. Na natação e musculação não há impacto.

Importância da carga

Os ossos estão em constante remodelação, com células que têm a função de “destruir” o osso (osteoclastos), e aquelas com a função de remodelar o osso (osteoblastos). A carga, na medida certa, faz com que a remodelação óssea seja mais efetiva. Feito regularmente, esse exercício altera a massa óssea, favorecendo seu aumento na infância e adolescência, realizando a manutenção na quantidade e qualidade em adultos e a redução da perda óssea em idosos.

Bom para todas

O início precoce da atividade física beneficia a saúde ósteo-metabólica. Quanto maior o acúmulo de atividade física moderada e vigorosa, dos 5 aos 17 anos, mais elevada a massa óssea em colo de fêmur, e melhor geometria, vista por tomografia da tíbia, segundo estudos recentes. Porém, toda atividade deve ter boa preparação e início gradativo. Sem um trabalho de fortalecimento e flexibilidade adequado e bem orientado, podem surgir contusões e/ou desgaste articular precoce.

Precauções com atividades de impacto

Com bom preparo, qualquer atividade pode ser feita em qualquer época da vida. Na fase de crescimento, deve-se tomar mais precauções pois uma sobrecarga por excesso de treinamento acelera ou retarda o crescimento. Lesões nesta fase, quando graves, levariam a um quadro de incapacidade irreversível no futuro. Porém, a prática durante a adolescência está associada a uma maior densidade mineral óssea em coluna lombar e colo do fêmur na fase adulta, segundo estudo feito este ano em Pelotas (RS) e publicado na Osteoporosis International. Ao envelhecer, as estruturas músculo-esqueléticas (ossos, músculos, tendões, articulações) têm a resistência diminuída, bem como aumenta o tempo de cicatrização de lesões, exigindo mais critério na decisão pela atividade de impacto.

Tipos de traumas

Essas fraturas são definidas como: fratura parcial ou completa do osso, resultante de cargas repetidas de menor intensidade, do que uma carga mais elevada suficiente para fraturar o osso em um único momento. A tíbia é o local mais comum, seguida pelo metatarso e tarso. O esporte mais associado a esse tipo de fratura é a corrida. Alguns fatores de risco são: polimorfismos no gene do receptor da vitamina D, níveis elevados de hormônio da paratireoide (PTH), uma baixa densitometria óssea de quadril, alta estatura, baixo peso, deficiência de ferro, sexo feminino, tabagismo e um baixo turnover ósseo.

Deficiência em mulheres

As mulheres que praticam atividade física de alto desempenho podem apresentar a “tríade da mulher atleta”, em que a quantidade de energia gasta ultrapassa a consumida, afetando o metabolismo ósseo. Ocorre uma supressão na formação óssea, um aumento na reabsorção (relacionado com a deficiência estrogênica) e uma alteração na microarquitetura do osso. Essas alterações podem levar a osteoporose e um aumento na incidência de fraturas.

Futebolzinho perigoso

Os praticantes de futebol amador e adultos de meia idade apresentam maiores índices de fratura por trauma do que jogadores profissionais e mais jovens. A prevenção dessas fraturas é de extrema importância para o atleta: um estudo identificou que 14% dos jogadores que sofreram algum tipo de fratura não conseguiram voltar ao esporte. Além de 1/3 persistir com algum tipo de sintoma por mais de dois anos relacionado à fratura.

Diferença entre fraturas

As fraturas por trauma ocorrem em um momento específico, num trauma único. As fraturas por estresse, ou fadiga, ocorrem quando há uma sobrecarga no osso, maior do que ele pode suportar, e o osso se quebra gradativamente. Como o processo é lento, e as fraturas são incompletas, o diagnóstico normalmente é possível apenas com exames de imagem. Tem um tratamento mais difícil, visto que a hora adequada para voltar a atividade não é tão clara.

 

Exercícios de alto impacto podem causar mais fraturas tanto no impacto indireto (saltos e corridas), quanto nos traumas (esportes de contato direto). As fraturas correspondem a até 20% de todas as injúrias do tecido músculo-esquelético, sendo 1/3 de membros inferiores. No futebol, são mais comuns as fraturas dos ossos da perna, dos dedos nos goleiros por trauma direto e do tornozelo por trauma indireto; no vôlei e basquete, por trauma direto, a fratura dos dedos da mão, e fratura do tornozelo em traumas indiretos; na corrida a fratura por estresse da tíbia; e nas artes marciais e MMA, muitas fraturas em vários lugares do corpo.

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