O escândalo envolvendo a marca francesa de próteses Poly Implant Prothèse (PIP) e da holandesa Rofil reacendeu entre as mulheres a preocupação com a escolha do melhor implante mamário. Mas como saber que uma prótese é segura? O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), José Horácio Aboudib, tem a resposta: opte pelos produtos brasileiros e americanos.
“As vistorias deveriam ser feitas pelos órgãos de vigilância sanitária dos países de origem. A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] é extremamente rigorosa. O órgão americano, FDA, também. Achávamos que nos outros países também era e fomos surpreendidos por esse caso”, justifica Aboudib. “Hoje, quem quer ter absoluta convicção da segurança, deve usar as próteses brasileiras ou americanas”, acrescenta.
A escolha do médico é outro cuidado a ser observado. A SBCP recomenda que se opte por especialistas da sociedade. Isso garante que o médico, após os seis anos de faculdade, tenha feito mais dois de pós-graduação em cirurgia geral e outros cinco em cirurgia plástica. Depois disso, ele precisa passar por uma prova oral, outra escrita e uma terceira de currículo. Só após cumpridas essas etapas, ele recebe o título. Referências de outros pacientes também são importantes.
Diretrizes
No mês passado, o Ministério da Saúde publicou diretrizes técnicas que orientam a troca das próteses rompidas, a ser custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou planos de saúde. Mas apenas quando for confirmado o rompimento.
A SBCP também recomenda a troca apenas das próteses rompidas. Quem tem implante das marcas PIP e Rofil deve fazer uma avaliação cuidadosa, de preferência com ressonância magnética. Conforme o presidente da SBCP, cerca de 8% a 13% das próteses se rompem em dez anos. A PIP, no entanto, registra uma taxa de 10% em cinco anos. Estudos do FDA apontam que o vazamento do silicone não causa câncer.
