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Como lavar a roupa de bebês? Aprenda a lavar do jeito certo e evite alergias

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25/03/2017 09:00
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O bebê tem a pele fina e sensível, por isso são necessários cuidados para evitar a contaminação. Foto: Bigstock

É preciso separar a roupa dos bebês das demais na hora de lavar? Deve-se usar ou não usar amaciante? Qual é o sabão ideal para as crianças? Essas são algumas das dúvidas que os pais enfrentam no momento da lavar as roupas dos bebês e crianças pequenas, procedimento rotineiro que, se feito da maneira errada, pode causar irritações, alergias de pele e até mesmo contaminações mais sérias, como explica Socorro Corrêa, médica infectologista membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
“O bebê tem a pele fina e sensível, por isso são necessários cuidados para evitar a contaminação tanto com roupas contendo materiais infectantes quanto com sangue e secreções de outras pessoas”, esclarece a médica.
Viver Bem elaborou uma lista de mitos e verdades que ajudam a aprimorar a lavagem de roupas das crianças, com auxílio de Socorro Correa e de Vanessa Nunes, médica dermatologista do Hospital Marcelino Champagnat. Confira:

Lavar roupas do bebê separadas

É necessário separar as peças do bebê das demais para realizar a lavagem. Isso precisa ser feito para evitar que as roupinhas entrem em contato com itens mais sujos. “Separar as roupas é importante para evitar que alguns resíduos, sujeiras que permanecem mesmo após o enxágue, causem dermatite de contato no bebê, por exemplo”, recomenda a dermatologista.
Além disso, os produtos de higienização usados para lavar as roupas dos adultos costumam ser mais agressivos à pele, especialmente à de bebês, que é mais sensível. Segundo Vanessa, outro problema é a tintura usada nas peças adultas, que também podem ser tóxicas ao bebê. “Mas bater a máquina apenas com água e sabão para remover possíveis resíduos anteriores não é necessário, não fará grande diferença”, aponta.

O sabão ideal

Para evitar irritação com materiais que causam alergias e irritações na pele, é recomendável usar apenas sabão neutro nas roupas dos bebês, além de enxaguá-las bem, para ter certeza que todo o produto foi removido, conforme explica Socorro Corrêa. Entre os sabões neutros, o mais indicado é o de coco, tanto em forma líquida quanto em pó ou em barra.
Já os amaciantes devem ser mantidos longe da lavagem de roupas do bebê. “[Os amaciantes] são desnecessários, só aumentam a chance de adquirir alergias na pele e até mesmo alergias respiratórias, pelo cheiro mais forte do produto”, acrescenta Vanessa.

Produtos infantis: pode ou não pode?

Algumas marcas de sabão e amaciante oferecem produtos voltados especialmente para lavar roupas de bebês e crianças. Geralmente, possuem fórmula hipoalergência, menos aditivos químicos e pH balanceado, o que diminui o risco dos componentes agredirem a pele.
Ainda assim, Vanessa não recomenda o uso para roupas de recém-nascidos: “Esses produtos são para bebês acima de seis meses, cujos pais já viram que não têm alergias de pele”.

Água quente, vinagre, sprays

Outra dica da dermatologista para afastar os germes é realizar a lavagem em água quente, opção disponível em diversas máquinas de lavar roupas. Já técnicas como a aplicação de vinagre nas roupas, Vanessa garante não funcionar: “o vinagre é um produto neutro, não vai agredir a pele do bebê mas também não vai ajudar em nada na limpeza”.
Substâncias para ajudar a passar a roupa depois, como sprays e produtos perfumados, também não devem ser usados. Estando atento à esses procedimentos, não é necessário lavar a roupinha mais de uma vez antes do uso pelo bebê.

Irritações, alergias e contaminações

O principal problema causado pela lavagem de roupas sem os cuidados mencionados é a chamada dermatite de contato. Essa irritação causa vermelhidão, ardência, coceira e aumento da temperatura da pele, de acordo com a dermatologista. “Às vezes a maneira de lavar a roupa não é a causadora da alergia, mas pode ser responsável por agravar o quadro”, alerta. Já a infectologista adverte sobre o risco do bebê contrair escabiose – ou sarna – e micoses diversas pelo contato com roupas de outras pessoas.

Questão de idade

Todos os cuidados recomendados pelas médicas precisam ser mantidos pelo menos até os seis meses de idade, segundo Vanessa. “Isso caso o bebê tenha uma pele normal, sem alergias. Agora, se a criança tem a pele sensível essas práticas precisam ser mantidas até os sete ou oito anos, mais ou menos”.
* Colaborou Cecília Tümler
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