Saúde e Bem-Estar

Da redação

Quase 80% dos brasileiros desconhecem o tipo de câncer de pele mais mortal

Da redação
30/05/2018 07:00
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Entre os entrevistados na região Sul, que possui a maior incidência do país, 69% afirmaram não conhecer esse tipo de câncer.Foto: Bigstock.

Quando o assunto é saúde, informação é tudo. Principalmente quando a prevenção e a detecção precoce podem ser a diferença entre a vida e a morte, como ocorre com o câncer. No caso do melanoma, um dos tipos mais frequentes em toda população brasileira, uma pesquisa mostrou que a falta de conhecimento da população é alarmante, principalmente por este tipo ser a mais letal entre as neoplasias de pele, por ter grande possibilidade de metástase.
A pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha, a pedido da biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb, revelou que 78% da população brasileira não sabe o que é melanoma, tipo de câncer de pele que atinge os melanócitos, células produtoras de melanina e que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), deverá ter 6.260 novos casos apenas entre 2018 e 2019 no país. Entre os entrevistados na região Sul, que possui a maior incidência do país (com cerca de 5,71/100 mil casos entre os homens e 4,74/100 mil na população feminina), 69% afirmaram não conhecer esse tipo de câncer.
Além do total desconhecimento, outro ponto de alerta é o fato de muitos não conseguirem identificar corretamente os fatores de risco para a doença. Quando questionadas a respeito de quais são, a exposição ao sol atingiu o índice de 88% das respostas, seguido de excesso de pintas no corpo (38%) e herança genética (37%). Mas, um importante indicativo, que é a etnia, teve somente 19% das menções. “Embora a incidência solar excessiva tenha grande influência, outras características importantes devem ser levadas em conta, como cor da pele e estilo de vida”, explica Roger Miyake, diretor médico da Bristol-Myers Squibb.

Sinais de alerta

O melanoma pode ocorrer em vários órgãos, mas sua incidência na pele é mais comum no dorso (homens) e em braços e pernas (mulheres). Os primeiros sinais de alerta são o desenvolvimento de uma nova mancha ou pinta bem pigmentada, a mudança em uma mancha ou pinta já existente e outros sintomas incomuns, como coceira, sangramento e não cicatrização. Para contribuir com a detecção precoce, os médicos aconselham que sempre se faça o autoexame de pele.
Para ajudar os pacientes, eles ensinam uma regra, a ABCDE, em que cada letra corresponde a um critério a ser avaliado: Assimetria, Bordas irregulares, Cor (mais de uma), Diâmetro (se há crescimento) e Evolução (a mancha teve alguma mudança na cor, formato ou tamanho). No caso da presença de qualquer um dos aspectos, vale consultar um dermatologista, que poderá pedir uma biópsia para avaliar a lesão.

#MostraTuaPele

Para ampliar a informação sobre o tema, a biofarmacêutica criou a campanha #MostraTuaPele, em parceria com os Institutos Lado a Lado Pela Vida, Melanoma Brasil, Oncoguia e Vencer o Câncer. A campanha, motivada pelo fato de maio ser o mês internacional de combate ao melanoma, tem foco nos canais digitais, onde os institutos parceiros postarão conteúdos com imagens e vídeos sobre o tema, sempre acompanhados da hashtag #MostraTuaPele.

Tratamento em estudo

O Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) está recrutando paciente para receber um tratamento em estudo para o melanoma avançado. Os pacientes com diagnóstico confirmado por biópsia e que não tiverem recebido tratamento prévio serão selecionados para participar da fase 3 do estudo, que está investigando a eficácia de uma nova droga contra este tipo de câncer.
De acordo com o diretor do Centro de Pesquisas Clínicas IOP, o médico Johnny Francisco Cordeiro Camargo, investigador principal do estudo, “a previsão é que a inclusão de pacientes seja finalizada até junho de 2018 e o estudo, em todas as suas fases, finalizado em julho de 2019”.
Para participar do estudo, o voluntário-paciente deve ter melanoma irressecável avançado ou metastático, com mutação de BRA e não pode ter recebido tratamento prévio para melanoma, exceto em caso de adjuvâncias/neoadjuvâncias e tratamentos intralesionais.
Os interessados em participar do estudo podem obter mais informações pelo e-mail mariana.brandao@iop.com.brthais.fiori@iop.com.br e pelos telefones (41) 3207-9788 e (41) 99867-1356.
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