Saúde e Bem-Estar

AFP-Relaxnews

O IMC não é o jeito mais eficaz de medir a massa corporal

AFP-Relaxnews
24/08/2013 12:38
O IMC é baseado na relação entre peso e altura, mas não é uma medida precisa do teor de gordura do corpo. Ele não leva em conta fatores críticos que contribuem para a saúde, como por exemplo onde está localizada a gordura no seu corpo, a proporção de músculo, além das diferenças sexuais e na composição corporal, disseram os pesquisadores em um editorial publicado hoje na “Science”.
“A maioria dos estudos se baseia no IMC e nós sabemos que não é uma medida muito precisa”, disse ao LiveScience o co-autor Rexford Ahima, professor de medicina na Universidade da Pensilvânia.
O IMC não leva em conta a quantidade de gordura na região da barriga. A gordura abdominal aumenta os riscos de uma série de doenças, uma vez que a gordura periférica, ou a gordura abaixo da pele, é considerada menos arriscada.
Ainda que o IMC tenha sido considerado o indicador mais confiável de gordura corporal, ele também não leva em consideração a massa muscular, o que pode indicar incorretamente uma obesidade que não existe, disse a pesquisadora Margaret Ashwell da Unviersidade Oxford Brookes, no Reino Unido, em um estudo à parte.
Nesta pesquisa, Ashwell liderou uma equipe de pesquisadores que analisaram 31 estudos, descobrindo que a relação entre o tamanho da cintura e a altura previu doenças como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, câncer, acidente vascular cerebral e problemas respiratórios melhor do que o IMC. O relatório foi apresentado no ano passado no 19º Congresso Europeu sobre Obesidade em Lyon, na França.
Além disso, existem outras maneiras (mais caras) de medir o índice de gordura do corpo, tais como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, escaners DEXA, que podem medir tanto a densidade do osso como a gordura corporal, relata o site LiveScience. Além disso, os níveis do hormônio de leptina podem ser medidos para indicar a gordura corporal.
Acesse o editorial (em inglês):
http://www.sciencemag.org/content/341/6148/856