Saúde e Bem-Estar

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Saiba quais vacinas tomar antes de viajar nas férias

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27/12/2018 12:00
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Antes de viajar, veja se o calendário das vacinas está em dia. (Foto: Bigstock)

Antes de fazer as malas para a esperada viagem de férias dentro ou fora do Brasil é necessário pesquisar a respeito do local que será visitado e garantir que a Carteira de Vacinação está atualizada. Entre as doenças com maior incidência atualmente estão o sarampo e a febre amarela.  No entanto, também é importante verificar se as imunizações contra poliomielite, difteria e tétano estão em dia.
Segundo o Ministério da Saúde, as vacinações devem ser realizadas no período previsto pelo Calendário Nacional de Vacinação. No entanto, se alguma estiver faltando antes da viagem, o ideal é que o paciente procure uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes de sair de casa.

Febre Amarela

A doença com maior risco de transmissão no verão é a febre amarela. Por isso, a vacina é recomendada para quem visitará outro país e também áreas consideradas endêmicas, como a Amazônia, regiões de mata ou algum dos 4 mil municípios brasileiros que possuem recomendação de vacinação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma única dose da vacina é suficiente durante a vida. No Brasil, no entanto, a indicação é de que sejam dadas duas doses. Entre julho de 2017 e junho de 2018 foram confirmados 1.376 casos da doença e 778 precisaram de investigação. Ao todo, 483 pessoas morreram da doença no período.
Foto: André Borges/Agência Brasília.
Foto: André Borges/Agência Brasília.
Crianças com menos de nove meses, lactantes, gestantes com recomendação médica e pessoas com alergia grave a ovo não devem tomar a vacina. Idosos, se necessário, devem tomá-la apenas mediante recomendação médica. Assim como pacientes com doenças que comprometam o sistema imunológico.

Sarampo

Outra vacina que deve estar atualizada para quem vai viajar para outro estado ou outro país é a contra o sarampo. Dados do Ministério da Saúde revelam que, do início deste ano até dezembro, foram confirmados mais de 10 mil casos da doença somente no Brasil. O país – que em 2016 havia sido certificado pela OMS como livre do sarampo – hoje enfrenta dois surtos da doença: no Amazonas com 9.724 casos confirmados e, em Roraima, com 349 casos. Também há registros em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Pará, Distrito Federal e Sergipe.
Outros países também tiveram avanços da doença em 2018. Segundo a OMS, mais de 41 mil crianças e adultos da Europa foram infectados entre os meses de janeiro e junho de 2018, principalmente na França, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia, Geórgia e Ucrânia. Também há registros da doença nas Américas, em países como Venezuela, Estados Unidos, Colômbia, Canadá e México, segundo a OMS.
Nos últimos 90 dias de surto ativo, essa faixa etária foi a mais acometida pela doença, com 1.729 casos, concentrando 30,6% das confirmações. Foto: Bigstock.
Nos últimos 90 dias de surto ativo, essa faixa etária foi a mais acometida pela doença, com 1.729 casos, concentrando 30,6% das confirmações. Foto: Bigstock.
Por isso, é necessário atualizar a situação vacinal para o sarampo pelo menos 15 dias antes da data da viagem. Crianças menores de cinco anos, mulheres grávidas e pessoas com baixa imunização são grupos de risco porque estão mais propensos a desenvolver sérias complicações que levam à morte.
Normalmente, no setor público, a vacina é dada em duas doses: a primeira aos 12 meses de vida, com a versão tríplice viral, e a segunda aos 15 meses, com a versão tetraviral que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela. Quem recebeu as duas doses da vacina na infância não precisa se preocupar com uma nova dose do imunizante, exceto se não for possível comprovar a vacinação.

Poliomielite

Desde 1994, o Brasil possui a Certificação de área livre de circulação do poliovírus causador da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. No entanto, países como Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Síria, Somália, Quênia e Papua Nova Guiné seguem com risco ou surto da doença.
Por isso, o Ministério da Saúde do Brasil orienta que as pessoas que se deslocarão para essas regiões procurem o local de vacinação mais próximo de sua residência, pelo menos 4 semanas antes da data da viagem. A lista dos demais países com risco está disponível aqui.
No Brasil, a vacina é composta por três doses aos dois, quatro e seis meses de idade. Também há reforços com vacina oral aos 15 meses e aos quatro anos de idade.
(Foto: Bigstock)
(Foto: Bigstock)

Difteria e tétano

Surtos recentes de difteria em países como a Venezuela e Haiti demonstram o risco que as pessoas não vacinadas correm. Essa doença, também chamada de “crupe”, é causada por uma bactéria que se aloja principalmente nas amídalas, faringe, laringe, nariz e na pele. Em casos mais severos, pode ocorrer inchaço grave no pescoço, gerando dificuldade para respirar e até mesmo o bloqueio total da respiração.
A doença pode ocorrer em qualquer período do ano ao ser transmitida pela tosse, espirro ou por lesões na pele. Ela afeta pessoas não imunizadas de todas as idades e a vacinação é o principal meio de controle e prevenção.
Assim como a difteria, o tétano também é uma doença grave que pode ser prevenida pela vacinação. Por isso, o Ministério da Saúde orienta os brasileiros que se deslocarem para qualquer país a atualizarem a situação vacinal contra essas duas doenças antes da viagem.
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