Saúde e Bem-Estar

Da redação

Se você toma dois analgésicos ou mais por semana, pode ser mais que uma dor de cabeça

Da redação
24/11/2015 12:10
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Dor de cabeça nem sempre é um sinal (Foto: Bigstock)

Dores de cabeça têm diferentes causas e quanto mais raras, melhor. Mas, quando a pessoa passa a fazer uso constante de medicamentos para alívio das dores – especialmente se essa frequência ultrapassa de duas vezes na semana – pode ser um sinal de uma enxaqueca. A afirmação é da Sociedade Brasileira de Cefaleia, que alerta a população que abusa desse tipo de medicamento, tornando o que poderia ser uma doença simples em algo crônico.
Uma das doenças crônicas mais incapacitantes do mundo, a enxaqueca tem crises que alteram tanto o sistema vascular quanto as vias neurais de cada um, e normalmente é quase impossível identificar as reais causas das intensas dores de cabeça. Apesar do grande arsenal de medicamentos existentes hoje para o combate da dor – tanto para tratar os efeitos neurais quanto os vasculares, grande parte dos pacientes não fica sem dor.
A Sociedade Brasileira de Cefaleia estima que mais de 30 milhões de brasileiros tenham enxaquecas, doença responsável por 35% das consultas neurológicas no país. Como as enxaquecas se manifestam em crises recorrentes, cerca de 1,4% do total de anos de vida saudável dos pacientes é interrompido pelas fortes dores. Se levar em consideração uma expectativa de vida de 75 anos, como é a média brasileira, uma pessoa chegaria a passar um ano em um quarto escuro e longe do convívio social para amenizar os sintomas da dor.
Mulheres são mais acometidas que os homens. Cerca de 43% das mulheres apresentam a doença, enquanto 18% dos homens têm os mesmos sintomas.
Dor latejante
Confira quais são os principais sintomas da enxaqueca:
– Dor de cabeça latejante e unilateral, que pode mudar de lado.
– Impossibilidade de realizar atividades habituais, dependendo da intensidade, como trabalhar, levar o filho para a escola, sair com os amigos, etc.
– Na fase crítica, a pessoa passa a ter intolerância à luz, aos ruídos e a odores, além de náusea e vômito.
– Mesmo quem estiver em tratamento, cerca de 30% voltam a sentir o incômodo nas primeiras 24h depois da crise, conhecida por recorrência.
– Movimentos bruscos na cabeça e esforço físico ou mental podem agravar o sofrimento na fase aguda.
É importante evitar:
– Odores fortes, barulhos, mudança no horário do sono, alguns tipos de alimentos, como vinho, queijo amarelo e chocolate; além de estresse, cobrança no trabalho, e o uso abusivo de analgésicos, pois podem provocar uma alteração na liberação de endorfina no cérebro.