Cristóvão de Oliveira, um dos professores de ioga mais badalados do Brasil, virou desde a semana passada o protagonista de um caso de polícia.
Ele está sendo acusado de colocar a vida dos alunos em risco por ministrar uma limpeza intestinal desastrada: 18 pessoas foram parar no hospital em Caieiras, São Paulo, com sintomas de desidratação, confusão mental e diarréia. Duas pessoas entraram em coma e uma ficou na UTI.
Motivados a tornar seus exercícios mais eficientes, os alunos ingeriram entre 40 e 60 litros de água com laxante. Uma das ervas usadas no composto era sene.
Segundo o professor de hidroterapia e naturopata Elias de Souza, da Clínica Naturista Oásis Paranaense, o que aconteceu com os alunos foi uma perda do equilíbrio hídrico: o excesso de água no corpo faz com que o sistema nervoso central produza mais hormônios antidiuréticos.
“Quando se consome água em excesso só há duas saídas para o organimo: expelir ou guardar. Se expele, junto com a água saem também os minerais e eletrólitos.
O sene também colabora na perda de líquidos, já que causa irritação da mucosa intestinal. Se este processo for severo, pode provocar o coma”, diz Souza.
O consumo recomendado são oito copos de água diários. Em tempo: o “guru do laxante”, como está sendo chamado, também é acusado de abuso sexual de algumas alunas.
