Shirlei Ribas e Fabiano Lago fazem uma blitz pelas dietas mais famosas

Estas dietas foram agrupadas porque apresentam basicamente as mesmas características. A do vinho recomenda a ingestão de duas taças da bebida por dia. A do chá verde indica a ingestão da bebida durante as principais refeições do dia e promete enxugar cinco quilos em 15 dias. Já a dieta do ovo recomenda incluir uma unidade do alimento por dia e garante a perda de dois quilos em uma semana. A base para todas elas são 1, 3 mil calorias diárias.

“Não é o alimento ou a bebida que dá nome à dieta que promove o emagrecimento, mas a restrição calórica. Você está consumindo menos calorias do que gasta e, por isso, perde peso. Não existe comprovação científica de que os chás verde, branco e vermelho atuam sobre o metabolismo. Mas é que, como o processo de emagrecimento é tão difícil, muitas pessoas elegem um ingrediente ou um alimento como símbolo e depositam nele as suas esperanças. Mas ninguém agüenta seguir uma dieta à base de banana, abacaxi ou ovo por muito tempo. Ela fará perder peso, mas não solucionará o problema da obesidade.”

“Os chás têm poder antioxidante, digestivo e ajudam a promover a termogênese – processo que possibilita que a energia do alimento seja gasta em forma de calor e não armazenada como gordura. Portanto, podem auxiliar o processo de emagrecimento, mas não terão nenhum efeito em pessoas sedentárias e que se alimentam mal. O ovo e o vinho também fazem bem à saúde, mas não ajudam sozinhos a emagrecer.”

Recebe-se uma cota diária recomendada para o seu biotipo. Quem tem até 1,60 m de altura, por exemplo, pode comer até 450 notas por dia. Não existem restrições: doces, massas, frituras e embutidos estão liberados. Você também escolhe quando come, desde que não fique mais de quatro horas de estômago vazio. Afirma-se que é possível perder cerca de um quilo e meio por semana.

“A dieta das notas é praticamente igual ao plano alimentar de pontos, que por sua vez nada mais é do que uma contagem de calorias. Só que, como a palavra caloria não é muito atraente, a substituímos por outros valores, como notas e pontos, menos restritivos. Cada nota, no caso, equivale a duas calorias. Já para chegar a um ponto, dividimos uma caloria por 3,6.”

“Como libera massas, frituras, molhos e doces, não pode ser adotada por todos. Quem precisa restringir glúten ou é diabético, por exemplo, não poderá segui-la. Uma dieta precisa respeitar a individualidade bioquímica de cada um. Não tem a ver só com o número de calorias ingeridas, mas com o equilíbrio de micro e macro nutrientes.”

Prioriza o consumo de alimentos como salmão, atum, abacate, acerola e semente de linhaça, ricos em substâncias antiinflamatórias como selênio e ômega-3. Proíbe massas e pães refinados, doces, refrigerantes e frituras, alimentos que provocam a inflamação das células, que ficam impedidas de exercer as funções. Com esta dieta, é possível perder até dois quilos por semana.

“É a dieta mais recomendada, na minha opinião, por seguir a proposta funcional. Não permite a ingestão de glúten e de leite e derivados, que precisam de muita insulina para serem absorvidos. Além disso, a dieta é fracionada em dez pequenas refeições, o que ajuda o organismo a se manter sempre ativo e a gastar mais energia.”

Tem o objetivo de acelerar o metabolismo e a queima de calorias. Durante a fase de desintoxicação, a orientação é substituir os laticínios por alimentos à base de soja e incluir cereais integrais sem glúten. A segunda fase privilegia alimentos antioxidantes, fibras, gorduras boas e permite o consumo de leite e iogurte desnatados. Durante a segunda etapa, é possível perder até cinco quilos em um mês.

“Não é possível afirmar que alimentos têm poder de aumentar ou diminuir o nosso metabolismo. O que existem são alimentos de fácil e de difícil digestão, de alto e de baixo índice glicêmico e alimentos que saciam mais que outros. Cada indivíduo possui um ritmo metabólico, herdado geneticamente, que se regula para manter o peso habitual. O nosso metabolismo se adapta ao estilo de vida que levamos.”

“É uma dieta antioxidante com muitos pontos positivos. Restringe o consumo de glúten, inclui bebidas com propriedades diuréticas como chás e água de coco. O problema é que mantém o consumo de leite e derivados.”

O programa alimentar que fez sucesso nos anos 2000 voltou repaginado. Apesar da restrição de carboidratos, traz uma lista maior de alimentos permitidos. Promete diminuir a vontade de comer doces e pães e garante a perda de cerca de cinco quilos em 14 dias. Isso porque a restrição de carboidratos diminui a produção de insulina, hormônio que, em excesso, abre o apetite e favorece o acúmulo de gordura.

“É uma dieta eficiente, mas o perigo é que, como a gordura fica no sangue, já que não é absorvida pelas células pela falta de insulina no organismo, acelera o envelhecimento das artérias, podendo causar derrames e infartos.”