Palpitações, “frio na barriga”, suor e outros sintomas indicam que a paixão está batendo à sua porta
Você olha para aquela pessoa especial e sente o coração acelerar. Quando se aproxima dela, a frequência da sua respiração fica mais forte, as pernas tremem e seu corpo começa a suar. Com o passar dos dias, o apetite diminui, há dificuldade para se concentrar, dormir e coisas simples do dia a dia são esquecidas enquanto “aquela pessoa” não sai da sua cabeça. Calma! Você não está doente, mas apresenta os sintomas da paixão.
>> Ocitonina: como aumentar naturalmente a produção do hormônio do amor e da felicidade
De acordo com o psicólogo José Palcoski, do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), em Curitiba, as tradicionais palpitações e o “frio na barriga” ao se aproximar de alguém ocorrem devido à liberação de adrenalina no organismo quando há interesse pela outra pessoa.
Com isso, além do aumento na pressão arterial, a paixão também traz mudanças na frequência respiratória, costuma dilatar as pupilas e causar tremores, suor e falta de apetite. “Quando amamos, nosso organismo é ativado ao ponto de termos uma diminuição em nossa capacidade de percepção da dor e também da fome, tudo no intuito de nos mantermos focados na pessoa amada”, destaca o especialista.
Segundo ele, essa reação do organismo é muito intensa e pode até afetar a realização de atividades rotineiras, já que a pessoa terá dificuldades para se concentrar, dormir e lembrar de alguns compromissos, por exemplo. No entanto, o psicólogo garante que esses sintomas são passageiros e, em pouco tempo, serão substituídos por uma forte sensação de bem estar.
A fotógrafa Thammy Caroline Pereira, de 28 anos sabe muito bem como isso funciona. Colega do biólogo Bruno Ariede, 33, por muitos anos, ela estava acostumada a conversar com ele sem preocupações. No entanto, bastou uma amiga afirmar que eles combinavam para que os olhares se tornassem diferentes, as conversas se estendessem e os sintomas incomuns aparecessem. “Eu ficava nervosa, meu coração acelerava e eu ainda sentia um embrulho no estômago quando saíamos juntos.
Em algumas semanas, Thammy e Bruno perceberam o nervosismo dar lugar à sensação de bem estar. Foto: Estudio Reversa
Mas não demorou para que a a moradora de São José dos Pinhais percebesse que o nervosismo havia sido substituído pela felicidade. “Não lembro exatamente quando ocorreu. Só sei que eu ficava feliz em pensar no Bruno, gostávamos de conversar e eu queria dividir com ele todos os momentos”, relata a jovem, que sabia qual era o motivo para isso: “era uma pessoa, era ele”.
As relações amorosas, de acordo com o psicólogo Palcoski, aumentam a liberação de ocitocina no organismo — conhecido como o hormônio do amor — e isso ativa a sensação de prazer e de bem estar físico e emocional que foram percebidos pela fotógrafa.
Além disso, a produção dessa substância aumenta a sensação de segurança e fidelidade entre o casal, e também ajuda os apaixonados a se sentirem mais otimistas em relação à vida. “No meu caso, por exemplo, comecei a me cuidar de forma diferente e a ter mais vontade de fazer as coisas darem certo, tanto no relacionamento como na vida profissional”, afirma a paranaense, que passou a dedicar-se à fotografia após o início do namoro.
Thammy percebeu diminuição na ansiedade após o início do namoro, começou a cuidar mais da saúde e ainda se dedicou à profissão de fotógrafa. Foto: Estudio Reversa
Segundo o psicólogo, isso ocorre porque as pessoas se enxergam de maneira diferente durante o relacionamento amoroso e passam a se sentir mais completas e capazes. Com o tempo, isso pode trazer benefícios reais na vida profissional, fortalecer os laços do casal e ainda melhorar a saúde dos dois.
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