Saúde e Bem-Estar
Gazeta do Povo
Sensor “vê” se criança foi deixada sozinha no carro e alerta motoristas
Pesquisadores no Canadá criaram um sensor para ser usado em carros que verificam se crianças, ou animais de estimação, foram deixados sozinhos Foto: Bigstock
Calor extremo é a principal causa de morte de crianças, abaixo dos 15 anos, relacionada a veículos automotivos, sem ser um acidente. O dado é da Sociedade norte-americana de Pediatria, que designa a condição por “heat stroke” ou um infarto por calor.
Essa situação acontece quando o corpo é incapaz de se resfriar sozinho, e o organismo das crianças tende a esquentar de três a cinco vezes mais rápido que o de adultos.
Com os dias cada vez mais quentes, deixar as crianças sozinhas no carro, por desatenção dos pais, tem se mostrado um descuido fatal.
Solução tecnológica
Pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveram um sensor, que pode ser acoplado tanto no teto quanto no espelho retrovisor do carro, e promete reduzir o risco desse tipo de acidente.
Associando as tecnologias de radar com a inteligência artificial, o dispositivo envia um sinal que reflete em pessoas, animais ou objetos dentro do veículo e, então, analisa se os bebês estão sozinhos no carro, ou não.
Além disso, ele consegue diferenciar objetos inanimados de seres humanos pelo, ainda que sutil, movimento de respiração.
“Ao contrário das câmeras, esse aparelho preserva a privacidade e não tem nenhum ponto cego, porque o radar consegue penetrar pelos assentos, por exemplo, para determinar se tem alguma criança virada para trás no banco do carro”, explica George Shaker, professor de engenharia da universidade e um dos desenvolvedores do instrumento, em publicação no site da instituição de ensino.
Portas abertas e alarme
Caso o aparelho identifique que a criança está sozinha no carro, ele impede que as portas do veículo sejam trancadas e emite um alarme para chamar atenção do motorista, passageiros ou de outras pessoas que estiverem próximas.
O dispositivo é em formato de disco, tem três centímetros de diâmetro e cabe na palma da mão. Para recarregá-lo, basta conectar à bateria do próprio carro.
A precisão é de 100%, de acordo com os pesquisadores, e a expectativa é que esteja disponível no mercado a partir de 2020.
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