Saúde e Bem-Estar

Da redação

Só usar protetor solar é insuficiente para prevenir câncer de pele

Da redação
24/11/2016 14:00
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(Foto: Bigstock)

Quase 500 crianças brancas (499) participaram de um estudo norte-americano para verificar a real proteção dos protetores solares. As crianças foram examinadas ao nascimento ou aos seis anos e, depois, novamente aos 15 anos de idade, e os pesquisadores perceberam que, mesmo com o uso do protetor solar, não houve uma associação entre o número total de nevos (lesões na pele), ou manchas, e o protetor. Esse dado, porém, não é necessariamente bom.
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Se houvesse um efeito realmente importante do protetor solar, os pesquisadores teriam visto algo diferente nos dados, de acordo com informações de Lori Crane, professora de saúde comunitária e comportamental na Colorado School of Public Health, em entrevista ao Medscape.
A justificativa, segundo a pesquisa divulgada durante Encontro Anual de 2016 da American Public Health Association, foi que os protetores solares bloqueiam os raios ultravioletas tipo B (UVB), mas boa parte não bloqueia da mesma forma os raios tipo A (UVA). Até então se acreditava que apenas os UVB causariam melanomas, mas recentemente os UVA também foram associados à doença, além do bronzeamento.
Houve um grupo, porém, que mostrou uma associação positiva entre o uso do protetor e a real prevenção à doença. Crianças com a pele mais clara, que tiveram pelo menos três queimaduras solares entre os 12 e 14 anos de idade, tiveram uma quantidade de manchas significativamente menor quando usavam protetor solar, em relação a quem não tinha passado protetor.
Cada um ponto a mais na escala de uso do protetor solar foi verificada uma redução de 8% das manchas no tronco e de 7% em outros espaços do corpo cronicamente expostos.
“As crianças na praia deveriam usar roupas de nado. Elas não deveriam ficar apenas de sungas e biquínis”, diz a pesquisadora durante entrevista.