Saúde e Bem-Estar

Redação

Saiba como prevenir a conjuntivite; doença está se espalhando pelo Paraná

Redação
16/04/2018 14:56
Thumbnail

Conjuntivite pode ser bacteriana, viral ou alérgica. (Foto: Bigstock)

Acordar com uma sensação arenosa nas pálpebras e com dificuldade de abrir os olhos, além da vermelhidão, são características importantes de uma inflamação conhecida, a conjuntivite. Embora a maioria dos tipos da doença não seja contagiosa, saber qual foi o agente que gerou a infecção é essencial para descobrir o tempo de evolução da patologia, além do melhor tratamento.
No Paraná, Secretaria da Saúde fez um alerta  para um surto de conjuntivite que está es espalhando pelo estado. Só no litoral, por exemplo, jã são 13 mil casos, registrados apenas em março.
Nos inícios de estações, e em momentos de surtos, a disseminação da doença tende a ser mais frequente, especialmente quando se trata da conjuntivite viral, como a ceratoconjuntitive adenoviral. Esse tipo é o mais comum e, em 15 dias em média, o olho e o organismo tendem a voltar ao normal.

Saiba quais são os principais tipo de conjuntivite e os sintomas de cada infecção:

Conjuntivite bacteriana
Se o agente que gerou a infecção for uma bactéria, a conjuntivite normalmente se manifesta primeiro em um dos olhos e, até dois dias depois, apresenta os sintomas no segundo. Um sinal que poderia indicar a infecção a partir da bactéria é a maior sensibilidade à luz.
O tratamento com antibióticos é o mais indicado, desde que sob orientação médica, para reduzir as possíveis complicações. Também é reforçado o cuidado com a higiene dos olhos, separando as toalhas e outros objetos pessoais para não serem usados por outras pessoas.
A conjuntivite bacteriana tende a se dissipar entre 10 a 14 dias e é aconselhável que a pessoa não vá ao trabalho ou faculdade no período, de forma a não espalhar a infecção.
Conjuntivite viral
No caso da conjuntivite cuja causa é um vírus, além de acometer os dois olhos, a doença pode trazer ainda febre e faringite, uma inflamação na faringe. Não há tratamento específico nesse caso — é necessário esperar que o organismo elimine o vírus naturalmente. Espera-se uma recuperação completa em até 15 dias.
Para ajudar na recuperação, indica-se o uso de compressas geladas e lágrimas artificiais que ajudam a aliviar o incômodo, normalmente indolor. Uso de lubrificantes sem conservantes e até anti-inflamatórios não hormonais são indicados apenas sob orientação médica.
Conjuntivite alérgica
Quem sofre de alergias sabe que elas tendem a tomar conta de toda a face, inclusive os olhos. Nesse tipo, a conjuntivite está normalmente relacionada a alguns alérgenos conhecidos, como pelos de animais e pólen.
O uso inadequado das lentes de contato e ambientes poluídos, como ar condicionado sem manutenção, também podem desencadear a conjuntivite alérgica. Normalmente, nariz e garganta também são acometidos nesse caso.
Os sintomas são os mesmos, como vermelhidão e prurido nos olhos. Como prevenção, é indicado evitar contato com os fatores alérgicos. O tratamento varia: desde o uso de colírios lubrificantes, antialérgicos ou anti-histamínicos e antialérgicos corticoides, em casos graves.

Nem colírio, nem água boricada

Não é indicado o uso de colírios corticoides sem a orientação médica, pois o uso indiscriminado pode levar ao desenvolvimento da catarata, glaucoma ou mesmo à perda de visão.
Da mesma forma, o uso da água boricada é vista com ressalva pelos médicos oftalmologistas para a limpeza das pálpebras. O ácido bórico pode causar alergias, inclusive piorando o aspecto dos olhos.
Já o uso do soro fisiológico contém sal, que também pode irritar a pele. Para limpar os olhos, a melhor forma é usar um algodão molhado em água filtrada ou fervida, mas sempre gelada, para amenizar o incômodo.

Previna-se!

  • Não coce os olhos, especialmente se a mão estiver suja.
  • Mantenha os ambientes de casa e do trabalho sempre arejados e higienizados. Para isso, limpe com frequência o teclado e mouse do computador e os telefones e celulares que fizer uso.
  • Reforce a imunidade, para que o organismo, em contato com o agente causador da conjuntivite, possa se proteger.
  • Em caso de suspeita da conjuntivite, procure um médico oftalmologista. Isso previne confusão de diagnósticos com doenças mais graves, como a esclerite, glaucoma, uveíte, episclerite e pingueculite.
LEIA TAMBÉM