Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

O que acontece quando você não troca sua escova de dentes depois da gripe

Amanda Milléo
02/10/2017 08:25
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Foto: Bigstock

Gripes, resfriados, dores de garganta, pneumonia e até dores de ouvido são infecções que exigem um cuidado especial do paciente, que nem sempre é seguido, para uma cura total. Sempre que os sinais da doença diminuírem, é a hora de trocar a escova de dentes.
Parece óbvio, visto que a escova é um local que está em contato direto com a nossa boca, fonte de micro-organismos (vírus, bactérias) que podem desenvolver doenças importantes. Quando nos curamos da infecção, mas continuamos com a mesma escova de dentes, há um risco de nos reinfectarmos e aquela tosse e espirros podem continuar a incomodar.
“Pode ser uma autoinfecção ou mesmo uma infecção cruzada. Não é incomum vermos pacientes que deixam a própria escova próxima ou em contato com a do parceiro, dos filhos. Há micro-organismos que sobrevivem dias em uma condição favorável, que é o local onde as escovas normalmente estão: sob a pia, dentro do espelho ou na gaveta, que são lugares escuros, úmidos, próprio para o desenvolvimento das doenças”, alerta Eduardo Karan Saltori, odontopediatra, membro da Associação Brasileira de Pediatria do Paraná e professor da PUCPR.
Embora exista o risco de a pessoa se reinfectar por não trocar a escova de dentes depois da doença, ninguém precisa ficar ansioso com isso. “Depende de cada caso, da resistência de cada organismo. Mas o ideal seria trocar a escova sempre depois de uma gripe forte ou uma doença infecto contagiosa. Daria até para fazer a esterilização da escova, mas é mais barato comprar uma nova”, orienta o odontopediatra. A medida é válida tanto para crianças, mas também adultos.
Na hora da troca, prefira uma escova com as seguintes condições: cerdas simples e claras. “Aquelas escovas com cerdas emborrachadas, coloridas, com alturas diferentes. Quanto mais complicada a escova nesse aspecto, maior a chance de acumular micro-organismos nela. As cerdas simples, claras, são mais fáceis de limpar e retém menos bactérias. O risco é menor”, sugere Saltori.
Na gripe, a troca da roupa de cama deve ser diária
Não basta mudar a escova de dentes se a fronha, lençol e sobre-lençol continuem ali. Principalmente no caso de infecções mais graves e com pessoas que salivem bastante, como bebês, o ideal é que a roupa de cama seja trocada todos os dias, segundo Victor Horácio de Souza Costa Junior, médico infectologista pediátrico do hospital Pequeno Príncipe.
“Geralmente, a troca da roupa de cama deve ser semanal. No caso de uma infecção de ouvido, infecção de pele, o ideal é que a higiene da roupa de cama seja feita todos os dias”, reforça o médico.
A troca vale tanto para infecções infecto contagiosas quanto para prevenir doenças alérgicas, como rinite. Neste caso, além da troca semanal da roupa de cama, é indicado que cobertores e edredons sejam expostos ao sol pelo menos uma vez na semana.
“Para crianças com menos de três anos de idade, que são mais sensíveis, recomenda até passar o lençol a ferro. O ideal é até lavar com água quente, secar na secadora e passar a ferro”, recomenda Costa Junior.
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