Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Exigência para rematrícula provoca corrida por vacinas; saiba os cuidados e reações

Amanda Milléo
03/12/2018 12:00
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Para fazer a matrícula para o ano letivo de 2019, pais precisam apresentar declaração de vacinação das crianças. Foto: Bigstock

Para matricular seus filhos em escolas públicas ou privadas do Paraná em 2019, pais e responsáveis precisarão apresentar a carteirinha de vacinação original e uma declaração — emitida pelos postos de saúde, clínicas de vacinação e médicos pediatras —, comprovando que o aluno está em dia com as vacinas.
A medida visa conter as baixas nas taxas de imunização em todo o país, que contribuíram para o retorno de doenças consideradas erradicadas, como o sarampo. Na última atualização do Ministério da Saúde, publicada no dia 23 de novembro, foram confirmados 9.898 casos da doença no Brasil do início do ano até agora.
Confira quais vacinas devem constar na carteira de vacinação da criança e adolescente, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM):

Gratuitas nas Unidades Básicas de Saúde:

BCG;Hepatite B;
Hepatite A;
Tríplice bacteriana (DTPw);
Influenza;
Poliomielite;
Rotavírus;
Pneumocócicas conjugadas;
Meningocócicas conjugadas;
Febre amarela;
Tríplice viral;
Varicela;
HPV.

Disponível em clínicas privadas de vacinação:

Vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa);
Dengue (recomendada para crianças soropositivas);
Meningocócica B.

Em levantamento feito pelo Viver Bem, a vacina meningocócica B custa, nas clínicas de vacinação, entre R$ 520 a R$ 535 a dose. Já a tríplice bacteriana, entre R$ 130 a R$ 160. A vacina contra a dengue é indicada apenas a pessoas que já tiveram a doença antes e em crianças soropositivas, entre os 9 e 10 anos. Das clínicas consultadas, nenhuma trabalhava com a vacina da dengue. 

*Confira aqui todas as vacinas recomendadas pela SBIM. 

Todas no mesmo dia? 

Não há qualquer problema em receber mais de uma vacina no mesmo dia, em geral. Mas, se for o caso de vacinas que contenham o vírus vivo atenuado, como a meningocócica B ou a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), há mais chance de ter reações como febre e mal estar, então vale espaçar as aplicações entre alguns dias.
“O ideal é que, no caso dessas vacinas [de vírus atenuado], não as combine muito para não ter uma reação mais intensa. Mas, se for imprescindível, não há problema. As vacinas vão produzir uma imunidade adequada de qualquer forma”, explica Myrna Perez Campagnoli, médica pediatra e endocrinologista, diretora médica do laboratório Frischmann Aisengart.
De acordo com Campagnoli, as reações vacinais são indicativos que o organismo está produzindo os anticorpos adequados no combate da doença que a vacina visa proteger.

“É um bom sinal, não algo ruim. É sinal que o corpo está respondendo. As reações mais comuns geram um quadro de febre e mal estar, semelhante a um resfriado”, explica Myrna Campagnoli, médica endocrinologista e pediatra. 

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