Saúde e Bem-Estar

New York Times, por Shivani Vora

Viajar pode ser um desafio para quem tem restrições alimentares

New York Times, por Shivani Vora
12/12/2018 17:00
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Alguns cuidados garantem que pessoas com restrições alimentares possam fazer viagens seguras. Foto: Bisgstock

Se você tem alergia a glúten ou intolerância à lactose sabe que os cuidados com a alimentação devem ser redobrados durante as viagens. Isso porque pode ser ainda mais difícil identificar ingredientes em pratos de outras culinárias, além de ser um desafio encontrar restaurantes que ofereçam opções para quem tem alguma restrição. Em muitos casos, mesmo as opções consideradas seguras podem ter traços alergênicos.
Para ajudar quem tem alguma alergia ou restrição alimentar a ter uma viagem mais segura e agradável, Alyson Pidich, que é alergista e diretora do Ash Center de Nova York – além de também sofrer de alergia e intolerância a alguns alimentos –  dá algumas dicas:

Leve um cartão explicativo em vários idiomas

Tenha sempre à mão um cartão listando sua(s) alergia(s) alimentar(es) na língua ou línguas do seu local de destino. Você mesmo pode fazê-los, com cartões para fichário ou outro papel resistente. É importante deixar a informação sobre a alergia bem clara, mas melhor ainda é listar os alimentos que você não pode consumir.

Pode pedir, mas tenha muito cuidado

A frase pode parecer óbvia, mas só no mundo ideal você sempre viaja com seus cartões e as pessoas que vão servi-lo entendem o que você não pode consumir. Digamos, por exemplo, que você esqueceu os cartões ou pensou “ah, tudo bem” porque os alimentos-gatilhos não constam da lista de ingredientes. Dra. Pidich alerta que nunca dá para estar cem por cento confiante de que o que se está comendo é seguro. Certos alimentos – e, principalmente, certas bebidas –, incluindo molhos, tempero pronto para salada, sopas e coquetéis, escondem alergênicos comuns como farinha de trigo, nozes, laticínios e frutos do mar.
Os restaurantes costumam engrossar molhos com farinha de trigo, por exemplo, enquanto sopas podem conter caldo de peixe/frutos do mar, e nos temperos para salada pode haver uma mistura com molho de soja e óleos de nozes. Pergunte a qualquer vegetariano ou vegano o que é ser surpreendido ao saber que a sopa de legumes foi feita com caldo de galinha ou que o molhinho da salada contém queijo, e você vai saber do que estou falando. Em resumo: mesmo que ache que está sendo cauteloso, redobre a cautela.
Cuidado ao pedir comida em restaurantes: mesmo os pratos considerados "seguros" podem conter alergênicos. Foto: Bigstock
Cuidado ao pedir comida em restaurantes: mesmo os pratos considerados "seguros" podem conter alergênicos. Foto: Bigstock

Viaje com o próprio farnel

Não há nada pior do que passar fome na viagem por não conseguir encontrar alimentos seguros. A dra. Pidich recomenda que você leve sempre vários tipos de comidinhas e algumas opções para substituição de refeições, se possível.
Itens não perecíveis de transporte fácil, como shakes de proteína (dê preferência aos de pó de ervilha, pois são de fácil digestão e os menos alergênicos, comparados com os que são à base de whey, por exemplo); carne seca e sopas em pó (reidratáveis) com baixo teor de sódio; grão-de-bico tostado; nozes (contanto que você não seja alérgico a elas!); e frutas secas ou legumes crocantes.

Pense em se hospedar em um hotel ou Airbnb com cozinha

Ter acesso a uma cozinha significa que, quando quiser, você pode preparar a própria refeição – e, de quebra, reduzir o estresse de não poder encontrar alimentos seguros. Leve o cartão com a lista de elementos alergênicos quando for fazer compras para que o pessoal do supermercado ou da feira possa ajudá-lo a fazer as escolhas certas.

Não se esqueça dos rem%