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A disfunção da articulação temporomandibular (ATM) pode surgir a partir de diferentes fatores, sendo muitos deles decorrentes de hábitos errados que podem passar despercebidos.

Quer um exemplo? Assinale, a seguir, quantas situações são comuns na sua rotina:

– Morder a tampa ou o final da caneta várias vezes ao dia;

– Ter sempre uma goma de mascar entre os dentes;

– Apertar os dentes em momentos de estresse;

– Sentir dor na articulação dos dentes depois de um dia estressante;

Se você marcou pelo menos uma das opções, pode estar desgastando a articulação da mandíbula, a partir da sobrecarga na região, aumentando o risco da disfunção da ATM.

Além desses hábitos, outras doenças ou condições também podem contribuir com a disfunção, como bruxismo (ranger os dentes, comumente à noite) e até a ausência de dentes.

“A ausência de um dente atrapalha o fechamento da mandíbula, que acaba fechando mais do que deveria, gerando pressão na articulação”, explica o cirurgião bucomaxilofacial Leandro Klüppel.

O primeiro desgaste nos dentes que as pessoas precisam ficar atentas é nos dentes caninos. “É o canino que protege todos os outros, então se há falta da ponta do canino, procure um dentista”, alerta a cirurgiã dentista Délia Reichenbach.

Dos principais sintomas, dores musculares na região da mandíbula, dores de ouvido e até dores de cabeça são comuns.

Quem tem a disfunção da ATM pode também escutar estalidos na hora de abrir e fechar a boca e até dificuldade em fazer esse movimento.

“Não são sintomas que aparecem da noite para o dia. Normalmente eles vão evoluindo e a tendência é que a pessoa não consiga mais fazer esses movimentos de forma tranquila”, explica o cirurgião dentista.

Como descobrir se é ATM e o que fazer?

Para diagnosticar a disfunção, o dentista fará primeiramente o exame clínico, com a apalpação do rosto, sentindo os músculos, procurando desvios, escutando qualquer barulho ou estalido, percebendo a oclusão ou fechamento da boca, e procurando pela falta ou inclinação dos dentes.

Caso seja necessário, o dentista poderá pedir exames de imagem, como ressonância magnética ou radiografia.

O tratamento começa com a reeducação do movimento da boca, fazendo com que a pessoa tenha consciência de quais são os momentos e por quais motivos de ela desgastar a articulação.

“O uso da placa nos dentes, feita a partir de um material liso, ajuda a relaxar a musculatura. Também é indicada a busca por um fisioterapeuta e, em casos mais severos, o uso da toxina botulínica no músculo da mastigação. Esse procedimento dura cerca de seis meses”, explica Klüppel.

O uso de medicamentos é indicado apenas para tratar o desconforto, como anti-inflamatórios e relaxantes musculares.

Nos exercícios de fisioterapia, o paciente reaprenderá a abrir e fechar a boca da forma correta, e também fará exercícios de fortalecimento e alongamento muscular. Aos casos mais graves, pode ser indicado um procedimento cirúrgico.

Mulheres na mira

A articulação temporomandibular, como qualquer articulação, tem uma camada de cartilagem, que sofre influência hormonal. Mulheres, especialmente depois dos 40 anos de idade, têm uma tendência maior a sofrerem com a disfunção da ATM.

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