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Pessoas mais velhas também podem se beneficiar com a suplementação alimentar, e são claros os sinais de quando o suplemento se faz necessário. Se a pessoa idosa tem dificuldades ao caminhar, treme quando precisa fazer algum esforço físico, como se levantar da cadeira sozinha, e cansa ou sente fadiga com muita rapidez, talvez seja preciso incluir mais proteínas na dieta.

Com o passar dos anos, a redução no consumo de fontes de proteínas, como as carnes, leva a uma deficiência proteica, e isso se reflete na força muscular. Surge, então, uma condição comum entre os idosos, chamada de sarcopenia, quando há a diminuição na força muscular, da massa muscular e também o comprometimento da função do músculo. “Isso é resultado tanto da idade quanto também de uma alimentação inadequada ou uma doença ou patologia, como cânceres ou doenças pulmonares, que limitam a atividade física”, explica Camila Caroline Przepiura, nutricionista do Hospital Nossa Senhora das Graças.

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Outro fator importante para indicar a suplementação, de acordo com Regiani Pitol, gerente de nutrição do Hospital Pilar, é a perda de peso. “A perda de 10% do peso em seis meses, ou 7,5% em três meses ou mesmo de 5% em um mês são importantes indicadores de desnutrição e podem significar a necessidade de uma suplementação”, afirma.

Embora a deficiência de proteínas seja o motivo mais comum para uma suplementação alimentar, outros nutrientes também são repostos, como vitaminas (especialmente as vitaminas D, C e B12) e minerais. “Não é somente a proteína que vai trazer o efeito benéfico para o músculo. É preciso associar vitaminas e minerais, que fazem parte do processo de otimização, como selênio e vitamina E. É importante verificar se todos esses micronutrientes estão adequados na alimentação mesmo antes de incluir a proteína, pois eles vão garantir o aproveitamento da proteína”, explica Camila.

Uma semana é o período que começam a surgir os benefícios na musculatura com o uso do suplemento alimentar. O tempo para que esses benefícios apareçam depende da quantidade de suplemento.

Suplemento afeta o gosto da comida?

Nem todos. Existem suplementos em pó e sem sabor que podem ser misturados aos alimentos sem afetar o gosto ou a textura, segundo Regiani Pitol. Outros podem deixar os líquidos, como chás e sucos, mais pastosos, facilitando a ingestão por idosos com problemas de deglutição. O único cuidado, porém, é de não preparar os alimentos com os suplementos, mas inclui-los depois de o estar alimento preparado.

“Pode ser incluída tanto nas refeições salgadas quanto doces. E é interessante variar os sabores, para que o idoso não enjoe de morango ou baunilha, ou mesmo misturar às frutas, que a pessoa pode aderir mais”, explica Regiani.

Há ainda versões líquidas, que podem ser tomadas geladas, e em cápsula.

Qual é a melhor hora do dia para tomar o suplemento?

A ideia da suplementação alimentar é que ela seja um complemento e que não atrapalhe as refeições, principalmente as principais do dia. Os melhores horários, portanto, são os entre as refeições, como no lanche da manhã, lanche da tarde ou à noite. “Toda refeição, inclusive os suplementos, deve ser consumida até duas horas antes de dormir, para não ter desconforto gástrico, nem refluxo ou regurgitação à noite”, explica Camila.

Exames certos para a suplementação adequada

Existem exames que indicam quando a suplementação é necessária. Feitos por fisioterapeutas, médicos ou mesmo nutricionistas, os exames de força muscular analisam a força da musculatura, enquanto uma entrevista rápida indica se o idoso consegue realizar as suas atividades diárias e se está se alimentando adequadamente. Nesse encontro, o especialista consegue fazer uma análise do consumo e gasto dos nutrientes e minerais, bem como a necessidade do suplemento.

A grande maioria dos idosos, de forma geral, em algum momento vai precisar de suplementação. Pode ser uma suplementação pontual, que dura alguns meses, ou por mais tempo. Por isso é importante o acompanhamento. Alguns idosos são resistentes ao suplemento, mas outros aderem muito bem porque percebem uma melhora nítida” – Camila Przepiura, nutricionista do Hospital Nossa Senhora das Graças.

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