Saúde e Bem-Estar

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo

Conheça os vírus que continuam no corpo depois da doença

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo
03/06/2016 22:00
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A pessoa que teve varicela passa a ser portadora permanente do vírus, que pode voltar após os 60 anos. Foto: Bigstock

Varicela, herpes, mononucleose e hepatites são alguns dos exemplos de doenças causadas por vírus que, após a cura da doença, permanecem no corpo. Uma vez que estes agentes infecciosos entram em contato com o organismo passam a compartilhar uma convivência permanente com o ser humano. Contudo, existe a possibilidade de, em outro momento, ocorrer a reincidência da enfermidade.
Entre os vírus da família da herpes, por exemplo, está o citomegalovírus, que se manifesta quando a imunidade está baixa, situação comum em pacientes que passam por transplantes. As reações no corpo são infecções secundárias que podem atingir o tubo digestivo ou causar pneumonite, caracterizada pela inflamação dos pulmões.
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Infectologista e diretor do Hospital Oswaldo Cruz, em Curitiba, Alceu Fontana Pacheco explica que as herpes tipo 1 e 2, de boca e genital respectivamente, não dependem da imunidade para voltarem a se manifestar. A maioria das pessoas adquire e passa a conviver com o vírus e os sintomas podem reaparecer em qualquer momento que envolva estresse ou questões emocionais.
O médico salienta que o tratamento receitado, mesmo nas reincidências, é por meio de antivirais. Também chama a atenção a questão da herpes óssea, que ocasiona lesões nas terminações nervosas, podendo se manifestar a qualquer tempo e se caracterizando pela dor intensa.
De família
No caso da varicela, geralmente conhecemos alguém da família ou do ciclo de amizades que já teve a doença na infância. A pessoa afetada passa a ser portadora permanente do vírus, que pode voltar após os 60 anos. A orientação para prevenção é o acompanhamento médico para a manutenção de uma vida saudável e mais imune possível.
Em relação às hepatites do tipo A, B ou C, 90% dos pacientes que adquiriram as infecções continuam com o vírus no organismo. Ou seja, em outros momentos da vida, o agente infeccioso pode causar crises de mal-estar.
Em todos os casos, o ideal para prevenção de recaídas é manter os exames médicos em dia, ter o acompanhamento adequado e ficar atento às quedas de imunidade. No caso do aparecimento de sintomas que podem ser relacionados à ação dos vírus, a pessoa deve procurar um infectologista para obter as orientações corretas.
FIQUE ATENTO
Confira como agem os vírus que permanecem no corpo, mesmo após a cura da doença: 
  • Herpes ? Infecção causada pelo vírus herpes humano (HSV 1 e 2) que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas bolhas juntas nos lábios ou genitais, mas pode aparecer em qualquer parte do corpo. É transmitida pelo contato direto com as lesões e pode permanecer latente no organismo.
  • Mononucleose ? A mononucleose, popularmente conhecida como a “doença do beijo”, afeta mais de 90% da população. Entre os infectados, apenas metade deles irá desenvolver a doença, caracterizada por dor de garganta, febre alta e principalmente fadiga. Os sintomas geralmente desaparecem após duas semanas. Às vezes, a fadiga pode durar de seis meses a um ano.
  • Varicela ? A varicela é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada por um vírus (herpesvirus varicellae ou V.Z.). Ela afeta principalmente crianças menores de 10 anos. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por espirros, tosse ou ao compartilhar alimentos ou objetos. A varicela pode levar a complicações graves, especialmente em adultos devido ao risco pulmonar, cerebral (encefalite) ou na pele.
  • Hepatite ? Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C. Os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução. A hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. Os vírus da hepatite tipo B e tipo C são transmitidos sobretudo por meio do sangue (contato sexual, por exemplo).
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