Verdades Secretas termina nesta sexta-feira como acerto do ano e consagração de Grazi

Depois de investir em remakes de novelas de sucesso como O Astro (2011), Gabriela (2012) e Saramandaia (2013), a Globo resolveu investir em tramas inéditas no horário das 23h. A aposta era uma experiência e, para isso, deixou a trama de Lícia Manzo, que falava sobre a nova configuração de famílias Sete Vidas para o horário das 18h, e investiu na história de Walcyr Carrasco, bem visto depois do sucesso de Amor à Vida (2013).

Para o novo horário – mais tarde e, portanto, mais aberto a temas polêmicos – Walcyr investiu no submundo das passarelas e se inspirou em Lolita, do russo Vladimir Nabokov, além do best seller Cinquenta Tons de Cinza. Sem desejar chocar o telespectador mais conservador, Walcyr começou a trama do jeito mais folhetinesco possível: Carolina (Drica Moraes) e Arlete (Camila Queiroz) mudam-se do interior para São Paulo e vão morar no apartamento da avó, interpretada por Ana Lúcia Torre. Como o condomínio está atrasado, Arlete/Angel começa a fazer trabalhos de modelo e aceita o pedido de Fanny (Marieta Severo) de fazer o “book rosa”, ou seja, a prostituição. Em doses homeopáticas, o autor foi inserindo as cenas mais polêmicas – como as da nudez masculina, drogas e sexo.

No caminho, também conhecemos Larissa (Grazi Massafera), uma modelo linda e cheia de trabalhos, mas que, aos poucos, se afunda nas drogas. A cada nova etapa, a paranaense Grazi Massafera dava show – em interpretação, caracterização – e aumentava o número de elogios. A interpretação primorosa deve se repetir no capítulo desta noite, quando o público irá conhecer o desfecho de Larissa  Outros atores também brilharam em diferentes escalas como Eva Wilma, Reynaldo Gianecchini, Marieta Severo e Drica Moraes.

A direção aclamada de Mauro Mendonça Filho também foi fundamental para o sucesso de Verdades Secretas, que exibe o último capítulo hoje (25) na RPC. Com uma fotografia diferenciada e atores bem dirigidos, Verdades Secretas chega ao fim como acerto do ano da Globo e provando que o público (ainda) gosta de uma (boa) novela e que histórias inéditas podem e devem ser feitas no horário aproveitando a maior “liberdade” para tratar certos temas.