Turismo

Perigosos e fascinantes: 10 vulcões ativos para serem visitados sem medo

Guilherme Grandi
09/08/2018 18:00
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O vulcão Kilauea atualmente é o mais ativo do mundo, e entrou em erupção em maio deste ano. Foto: Kevan Kamibayashi/AFP / arquivo GP.

Eles são perigosos, provocam medo e fascinação, mas também atraem turistas que querem ver um espetáculo da natureza. São 43 vulcões em atividade pelo mundo que destroem o que está no caminho, mas formam paisagens incríveis que podem ser visitadas pelos turistas.
Há aqueles ainda em erupção, como o complexo vulcânico Nevados de Chillán, que colocou o Chile em alerta desde julho e ainda com fortes explosões; o Kilauea (Havaí), que provocou cenas de medo e apreensão recentemente; e os simplesmente adormecidos como o Monte Kilimanjaro (Quênia).
E pasme, até mesmo o Brasil já abrigou dois vulcões conhecidos: Poços de Caldas, com suas águas termais a mais de 30 °C, e um na Amazônia, gigante hoje completamente coberto pela floresta.
Conheça 10 vulcões ainda ativos pelo mundo que podem ser visitados por turistas.

1- Kilauea (Havaí)

A cratera do vulcão Kilauea podia ser visitada até meados de maio deste ano, quando o vulcão entrou em atividade. Foto: VisualHunt.
A cratera do vulcão Kilauea podia ser visitada até meados de maio deste ano, quando o vulcão entrou em atividade. Foto: VisualHunt.
Em atividade desde maio deste ano e sem sinais de que vai dar uma trégua, o Kilauea é o ‘vulcão mais vivo’ do Havaí, e está localizado na maior ilha do arquipélago. São mais de 4 mil metros de altitude e vários vilarejos ao redor.
Até então era possível fazer uma trilha ao redor da caldeira e observar a lava incandescente a apenas 100 metros de distância. Com a retomada da atividade e das toneladas de pedras liquefeitas jorrando por novas crateras, o passeio original foi suspenso, mas ainda é possível chegar relativamente perto dos rios de magma.

2- Monte Fuji (Japão)

O Monte Fuji se tornou um dos cartões postais do Japão. Foto: VisualHunt.
O Monte Fuji se tornou um dos cartões postais do Japão. Foto: VisualHunt.
Um dos mais famosos do mundo, e que pipoca em publicações nas redes sociais vez ou outra, está adormecido há mais de 300 anos. Mas esta trégua do Monte Fuji, no Japão, pode acabar em breve.
Estudiosos indicam que as atividades vulcânicas dele estão ficando mais intensas, tanto que as autoridades japonesas já preparam a população com treinamentos para fuga e distribuição de capacetes, máscaras contra fumaça e óculos de proteção.
Mas, enquanto isso não acontece, a chaminé do Fuji coberta de neve recebe os visitantes de Tóquio e os convida a escalarem parte da montanha.

3- Monte Vesúvio (Itália)

O Vesúvio pode ser visitado até o alto da caldeira. Foto: VisualHunt.
O Vesúvio pode ser visitado até o alto da caldeira. Foto: VisualHunt.
Adormecido desde 1944, o Monte Vesúvio está na região italiana de Nápoles e possui uma trilha que sobe até os cerca de mil metros de altitude da cratera. Até carros podem chegar lá.
No passado era mais fácil, pois um funicular subia até o topo. Mas a erupção do século passado destruiu a composição e tudo o que havia ao redor. Hoje em dia ainda é possível ver fumaça saindo do Vesúvio, mas os passeios turísticos continuam – com um certo grau de cuidado caso o gigante desperte de seu sono.

4- Vulcão Mayon (Filipinas)

Mayon, nas Filipinas, está em uma das fronteiras tectônicas mais destrutivas do planeta. Foto: VisualHunt.
Mayon, nas Filipinas, está em uma das fronteiras tectônicas mais destrutivas do planeta. Foto: VisualHunt.
No começo deste ano, o Mayon acordou de seu sono e interrompeu a alegria de escaladores que subiam seus mais de 2 mil metros de altitude. Localizado na ilha de Luzon, uma das maiores e mais povoadas do arquipélago, o vulcão está em uma das fronteiras tectônicas mais destrutivas do planeta.
A chaminé é uma das mais simétricas entre os vulcões conhecidos, e um cartão postal do povoado de 60 mil habitantes. Embora entre em erupção vez ou outra, as autoridades filipinas liberaram os escaladores para no máximo 1800 metros de altitude, e cuidados extras ao menor sinal de atividade.

5- Vulcão Bárdarbunga (Islândia)

O vulcão Bárdarbunga chegou a entrar em erupção há cerca de quatro anos, mas hoje já pode ser visitado de novo. Foto: VisualHunt.
O vulcão Bárdarbunga chegou a entrar em erupção há cerca de quatro anos, mas hoje já pode ser visitado de novo. Foto: VisualHunt.
Terra da cantora Björk, dos vikings e das auroras boreais, a Islândia também é um dos países com mais vulcões ativos em todo o mundo. O mais famoso é o Eyjafjallajökull, que tomou conta dos noticiários em 2010 ao entrar em erupção e fechar o tráfego aéreo de metade da Europa. Mas, ele não é aberto à visitação.
Seu irmão, o Bárdarbunga, tem mais de 2 mil metros de altitude e recebe milhares de turistas todos os anos – mesmo ainda em atividade. Só a caldeira tem cerca de 10 quilômetros de diâmetro, e o complexo todo pode ser visitado no Parque Nacional de Vatnajökull.

6- Monte Ngauruhoe (Nova Zelândia)

Ngauruhoe, um dos vulcões ativos da Nova Zelândia. Foto: VisualHunt.
Ngauruhoe, um dos vulcões ativos da Nova Zelândia. Foto: VisualHunt.
Na ilha norte da Nova Zelândia está o Ngauruhoe, um maciço com pelo menos 12 cones a 2291 metros de altitude e ainda em atividade. Os passeios não chegam até o cume, mas ao redor há fontes de águas termais aquecidas pelo calor do vulcão.
A paisagem do Monte Ngauruhoe é fascinante desde a entrada do Parque Nacional de Tongariro, com as rochas avermelhadas sobrepostas após séculos de erupção. Não raramente é possível ver colunas de fumaça saindo do alto da caldeira.

7- Vulcão Cotopaxi (Equador)

De Quito é possível ver a magnitude do vulcão Cotopaxi. Foto: VisualHunt.
De Quito é possível ver a magnitude do vulcão Cotopaxi. Foto: VisualHunt.
Pertinho do Brasil está um dos vulcões mais ativos do mundo, o Cotopaxi. Localizado a apenas 50 quilômetros de distância da capital Quito, este maciço sobe a quase 6 mil metros de altitude com a emissão de gases que sinalizam uma pré-erupção.
Ou seja, se você planeja uma viagem à Quito, é melhor verificar antes como estão as atividades sísmicas do Cotopaxi (veja aqui). Se tudo estiver bem, é possível até escalar a montanha até quase o topo (o ar é bastante rarefeito).

8- Vulcão Villarrica (Chile)

Um dos 'espasmos' do vulcão Villarrica. Foto: VisualHunt.
Um dos 'espasmos' do vulcão Villarrica. Foto: VisualHunt.
Apesar de coberto por neve durante o ano todo, o Villarrica emite sinais de atividade vez ou outra, assustando moradores próximos e compondo fotos de turistas. A última erupção ocorreu em 2015, e mais de três mil pessoas precisaram fugir das redondezas.
O vulcão Villarrica possui 2847 metros de altitude e é aberto à visitação entre os meses de dezembro e março, durante o verão. Há também um centro de atividades de inverno na encosta da montanha que opera entre julho e setembro, com teleféricos, pistas de esqui e snowboard, um bar e restaurante, entre outras atrações.

9- Monte Santa Helena (Estados Unidos)

Olhando assim, nem parece que o Monte Santa Helena é um vulcão que entrou em atividade há uma década. Foto: VisualHunt.
Olhando assim, nem parece que o Monte Santa Helena é um vulcão que entrou em atividade há uma década. Foto: VisualHunt.
A última vez que o ‘St. Helens’ deu um espasmo durante o sono foi em 2008, quando uma coluna de fumaça e vapor saiu do alto da cratera 2549 metros. De lá para cá não foram registradas mais atividades, e há passeios de escalada até quase o cume da chaminé.
O Monte Santa Helena está próximo à cidade de Seattle, e faz parte do chamado Arco Vulcânico das Cascatas, no Anel de Fogo do Pacífico. É uma das zonas sísmicas mais ativas do planeta, com cerca de 160 vulcões em atividade ou prestes a entrarem em erupção.

10- Monte Kilimanjaro (Quênia)

O Kilimanjaro é considerado um vulcão adormecido no Quênia. Foto: VisualHunt.
O Kilimanjaro é considerado um vulcão adormecido no Quênia. Foto: VisualHunt.
A maior montanha do continente africano é também um dos vulcões mais destrutivos do mundo, hoje adormecido. O Monte Kilimanjaro possui 5895 metros de altitude e ainda expele gases tóxicos da cratera, que podem causar avalanches e deslizamentos de terra.
O Parque Nacional Amboseli possui uma fauna rica em espécies ameaçadas de extinção, e considerado um patrimônio da humanidade pela Unesco.
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