Turismo

Conheça Lisboa, a cidade das sete colinas

Bruna Covacci
25/09/2015 08:00
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A capital de Portugal é conhecida por enormes morros e encostas, um dos seus símbolos mais marcantes. Diz a lenda popular e romântica que a cidade foi fundada tal como Roma numa povoação rodeada de sete colinas. “O Livro das Grandezas de Lisboa”, escrito por Frei Nicolau de Oliveira no século XVII já fazia referência as colinas do São Jorge (ou Castelo), São Vicente, Sant’Ana, Santo André, Chagas, Santa Catarina e São Roque, que podem ser vistas ao chegar a cidade pelo rio Tejo. Dia após dia, elas desafiam turistas a subirem alto, rumo aos topo da cidade para ver toda a sua essência, história, bairros e monumentos. A seguir, listamos as sete colinas mais conhecidas de Lisboa.
São Jorge ou Castelo
A Colina de São Jorge é a mais alta de Lisboa. A encosta é também chamada de Colina do Castelo, em referência ao monumental Castelo de São Jorge, que fica em seu topo.
São Vicente
Em Alfama, um dos mais tradicionais bairros da cidade, encontra-se a Colina de São Vicente, que recebeu este nome como referência a um dos santos mais importantes da capital portuguesa. Do alto do monte os visitantes podem avistar o bairro de Alfama e o Mosteiro de São Vicente de Fora, que foi construído no local onde existia um templo em homenagem ao mártir.
Sant’Ana
A Colina de Sant’Ana, a mais central da cidade, fica no bairro de Anunciada, a Oeste do Castelo de São Jorge, onde existia o antigo Mosteiro das Freiras de Nossa Senhora da Anunciada, e agora se localiza o Largo da Anunciada. O morro também é conhecido como a “Colina da Saúde”, pois após o terremoto de 1755, que causou destruição em diversas partes da capital, vários edifícios foram restaurados e alguns deles passaram a ter funções médico-hospitalares, como o Hospital de São José (antigo colégio de Santo Antão-o-Novo).
Santo André (Graça)
Pertencente à Freguesia de São Vicente, a Colina de Santo André já serviu de instalação das tropas de D. Afonso Henriques, durante a Reconquista Cristã, que teve início no século VIII. Mais adiante algumas famílias da nobreza chegaram à região e adquiriram quintas nas quais foram construídas casas de campo. Depois esses estabelecimentos deram lugar a enormes palácios localizados nas calçadas da Graça e de Santo André e, também, no Largo da Graça. Atualmente, os turistas podem encontrar na colina os miradouros da Graça e da Senhora do Monte, que oferecem vistas exuberantes de Lisboa.
Chagas (Carmo)
A Colina das Chagas está localizada perto do Largo do Carmo e recebeu este nome devido estar próxima da Igreja das Chagas de Cristo. A igreja foi edificada pelos marinheiros que realizaram a rota da Índia e a enorme subida até a chegada ao Largo do Carmo inspirou a escolha do nome do santuário, por representar todas as dificuldades vividas pelos homens até chegarem ao seu destino.
Santa Catarina (Camões)
Localizada na Freguesia de Misericórdia, a Colina de Santa Catarina percorre a região do Largo de Camões até à Calçada do Combro. O ponto mais alto do monte abriga o Museu da Farmácia e o Miradouro de Santa Catarina. No local encontra-se uma estátua do mítico gigante “Adamastror” citado pelo escritor Luís de Camões, no livro “Os Lusíadas”. Santa Catarina, padroeira dos Livreiros, também era conhecida como Catarina de Alexandria e foi considerada uma notável intelectual do começo do século IV. É relatado em sua história que Catarina sofreu sob o domínio do imperador romano Maximino Daia, por ter escolhido se converter ao Cristianismo.
São Roque (Bairro Alto)
A Colina de São Roque está situada no famoso e agitado Bairro Alto. Ao subir pelo monte, os visitantes encontram o Miradouro de São Pedro de Alcântara, considerado um dos mais belos e visitados de Lisboa e, também, a Igreja de São Roque. O nome dado à colina refere-se ao santo padroeiro dos inválidos e dos cirurgiões. São Roque foi santificado pelo auxílio dado aos que sofreram com a grande peste negra que assolou a Europa no século XIV, matando inclusive a ele próprio.