Viaje gastando pouco na temporada com as dicas de casal que rodou o mundo

Viajar em alta temporada e pagar pouco pode ser considerado difícil. Mas não é impossível. Um casal de Curitiba, que já percorreu cerca de 30 países durante um ano dá a dica: ficar atento às promoções de passagens aéreas, evitar roteiros turísticos e ter bons contatos nos locais de destino.

Ficar atento para esses cuidados pode tornar o roteiro mais barato do que se imagina. E pode até sobrar uma grana para futuras viagens.

A jornalista e advogada Themys Cabral, 33 anos, e o professor de química Robert Nespolo, 33, viajaram entre 2015 e 2016 por diversos países do mundo, e criaram o projeto Sem CEP, uma espécie de diário de viagem pelos locais em que passaram.  Neste janeiro de 2018, estão prontos para mais destinos. Mas, desta vez, será por um curto período de férias.

Eles vão embarcar no próximo dia 20 de janeiro e passar por três países: França, Suíça e Filipinas, até o dia 12 de fevereiro. E vão pagar, cada um, somente R$ 2.600 em passagens aéreas.

O voo entre o Brasil e a França saiu por apenas R$ 1 mil reais, ida e volta.

O Viver Bem entrevistou o casal para saber como aproveitar a alta temporada e as férias para viajar e gastar pouco:

Os baixos preços conseguidos pelo casal foram resultado de um detalhe: atenção às promoções de passagens aéreas — eles acompanham sites e aplicativos de smartphone que anunciam os descontos. “Nós acompanhamos o Melhores Destinos no aplicativo do celular. Também usamos o site Skyscanner, que permite procurar os lugares que queremos ir e os dias e meses mais baratos para viajar”, explica a jornalista.

Mesmo promoções relâmpago das companhias de viagem, que surgem durante a madrugada e duram poucas horas, valem a pena, na opinião do casal. “Para quem ama viajar, sempre compensa. É uma economia que pode até ser investida em uma futura viagem. Mas vale se a pessoa conhece os preços dos destinos. É bom acompanhar essas passagens e ter uma noção de quanto custa cada trecho”, diz o professor.

Pagar caro em hotéis nem sempre é a saída mais desejada dos viajantes, até porque o dinheiro gasto com hospedagens pode reduzir as verbas para a programação no destino. Por isso, ter amigos, familiares ou conhecidos no destino e poder se hospedar na casa deles é uma ótima opção. “É bom sempre ter segurança e saber na casa de quem vai se hospedar. Mas poder ficar na casa de amigos é sempre bom”, diz Themys.

Outras maneiras de pagar pouco são as hospedagens disponíveis no site Airbnb, além de pousadas, albergues e hostels. “Em hostels você pode ter mais contato com outros viajantes e trocar ideias”, acrescenta Robert.

Se o objetivo é conhecer e vivenciar os destinos turísticos, não vá em locais badalados. Um exemplo são os restaurantes turísticos. “É melhor não frequentar aqueles locais que cobram o olho da cara. O ideal é fazer as refeições em restaurantes que geralmente os moradores do local comem”, afirma a jornalista.

Para quem gosta de cozinhar, fazer as refeições no local onde se está hospedado é outra maneira de economizar, segundo o casal. “Para isso, sempre vamos aos mercados locais. Ir ao mercado, inclusive, é uma experiência cultural interessante”, completa Themys.

Os meios de transporte utilizados durante a viagem também podem gerar economia. Por isso, segundo o casal, é melhor usar o transporte público da cidade que vai visitar. Se não houver possibilidade de pegar um ônibus ou metrô, outra opção são os transportes alternativos, como Uber e Cabify.

Quando viaja, o casal também prefere utilizar maneiras alternativas de conseguir informações de como chegar aos locais que quer visitar. “Raramente contratamos alguém para fazer um tour. Usamos o Google Maps, que funciona muito bem em vários países do mundo”, diz Themys. “Para quem se hospeda em albergues e hostels, a troca de informação com as pessoas que estão hospedadas lá também é importante nesses casos”, acrescenta o professor.

No caso de viagens para fora do Brasil, a dica do casal é abrir uma conta bancária internacional. Quando fizeram o roteiro durante um ano por diversos países, optaram por abrir uma conta no Banco do Brasil das Américas, uma subsidiária do Bando do Brasil situada nos Estados Unidos. Dessa forma, eles podiam retirar, no país de destino, o dinheiro em moeda local com taxas menores do que as cobradas nas casas de câmbio.

“É uma operação completamente legal. Você só precisa declarar para a Receita Federal que tem essa conta internacional. O ponto ruim desta conta é que exigia que o correntista tivesse saldo de 10 mil dólares. Na época nós tínhamos esse dinheiro por causa da viagem. Mas é uma boa opção para quem viaja muito”, explica a jornalista.

Para quem quiser conhecer mais sobre a jornada do casal por dezenas de países e pegar algumas dicas de viagem, eles mantém uma página no Facebook e um site nos quais, durante as viagens, publicam conteúdos e fotos.

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