Turismo
As 7 estradas mais bonitas para viajar de carro no Brasil; uma delas é no Paraná
Rota Romântica, na Serra Gaúcha.
Viajar e conhecer um destino novo é muito bom. Melhor ainda é quando a própria estrada se transforma em um atrativo turístico. No Brasil, há rodovias dignas de serem visitadas do Norte ao Sul — desde a Serra Gaúcha até o litoral nordestino.
Há as que transformam a viagem ao destino valer por duas, como o trecho de 130 quilômetros que separa Maceió de Maragogi (AL). Pelo caminho, os turistas passam por praias pouco frequentadas e piscinas naturais de água cristalina que valem uma parada.
E existem ainda as que podem ser acessadas de carro com saída de Curitiba mesmo — uma das mais famosas fica logo ali, a 40 quilômetros da capital paranaense.
O Viver Bem selecionou sete das estradas mais bonitas do Brasil. Veja a lista e programe-se para o fim de semana ou as próximas férias:
1. Estrada da Graciosa — Paraná
Bem conhecida dos curitibanos, a centenária Estrada da Graciosa (PR-410) é lembrada como a rodovia mais bonita do Brasil. Quem já percorreu o pequeno e sinuoso trajeto entre Curitiba e Morretes, principalmente no inverno, não se esquece: o caminho de paralelepípedo, cercado por corredores de flores e mata, tem um apelo único — e vários convites para uma parada em seus recantos e mirantes.
O trecho entre Quatro Barras a Morretes tem cerca de 28 quilômetros. O acesso de Curitiba é pela BR-116.
2. Serra do Rio do Rastro — Santa Catarina
Uma das estradas mais conhecidas do país, a Serra do Rio do Rastro (SC-438), que liga as cidades catarinenses de Bom Jardim da Serra e Lauro Müller, chama a atenção pelo trajeto cheio de curvas fechadas e a altitude, que chega a 700 metros em alguns trechos.
São cerca de 15 km de percurso entre os dois municípios. E quem quiser admirar ainda mais o local, o desenho impressionante da rodovia e a Mata Atlântica que cerca o caminho podem ser visto de um mirante no alto da Serra.
O trecho fica a cerca de 490 quilômetros de Curitiba e o acesso é feito pela pela SC-438.
3. Rota Romântica — Rio Grande do Sul
Quem já foi para Gramado deve se lembrar de ter passado por uma estrada estreita e sem acostamento, com ar bucólico e cercada por corredores de hortênsias. É a RS-235, uma das rodovias integrantes da Rota Romântica, no Rio Grande do Sul. Além do clima serrano e da vegetação, a região chama a atenção pela arquitetura com forte influência europeia.
Cinco estradas compõem a Rota Romântica: a BR-116, que liga municípios como São Leopoldo e Novo Hamburgo; a VRS-865, que passa por Presidente Lucena e Ivoti; a Estrada para Linha Nova; e a já citada RS-235, que liga São Francisco de Paula a Gramado, passando por Canela — um trecho de cerca de 40 quilômetros na Rota das Hortênsias.
Para quem vai de Curitiba, o acesso é pela Rota do Sol (BR-453). A viagem de carro entre a capital paranaense e Gramado dá cerca de 780 quilômetros. Há pedágios pelo caminho.
4. Rio–Santos — São Paulo e Rio de Janeiro
A estrada, que faz a ligação entre o litoral norte de São Paulo e o Rio de Janeiro, ficou famosa pelos belos panoramas de mar aberto e serra que podem ser encontrados pelo caminho — e por ter sido citada por Roberto Carlos na canção “As Curvas da Estrada de Santos”, de 1969.
São mais de 550 quilômetros de percurso, que dá acesso a praias famosas, como Ubatuba e Guarujá (SP), Angra dos Reis e Paraty (RJ).
Formada pelas rodovias SP-055 e pela BR-101, a estrada costuma ter trânsito pesado em feriados. O trecho paulista é supervisionado pelo DER. Mais informações: 0800-055-5510.
5. Estrada Real — Minas Gerais
Esta rota turística é um testemunho do ciclo do ouro no Brasil — ainda hoje, tem trechos de terra e ruínas dos tempos coloniais. Remonta ao século 17, quando a Coroa Portuguesa oficializou o caminho para o trânsito de ouro e diamante de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro.
É dividida em quatro “caminhos”. O Caminho Velho liga Paraty a Ouro Preto, um percurso de 710 quilômetros que passa pela histórica Tiradentes, São João del-Rei e Caxambu, na Serra da Mantiqueira. Do total, 586,5 km são estrada de terra. O Instituto Estrada Real sugere uma viagem de oito dias para conhecer os atrativos da região, que incluem as famosas igrejas de Ouro Preto.
O Caminho Novo vai de Ouro Preto até o Rio de Janeiro, passando por Lavras Novas, Juiz de Fora, Paraíba do Sul e Petrópolis. São 515 quilômetros — 63% com estrada de terra —, que podem ser percorridos em seis dias com paradas em pontos turísticos como o Parque Nacional Serra dos Órgãos.
O Caminho dos Diamantes liga a cidade de Diamantina, um dos Patrimônios Culturais da Humanidade, a Ouro Preto, com paradas em Serro e Mariana. Tem 395 quilômetros — destes, 73,5% são estrada de terra. A recomendação é percorrer os atrativos turísticos da rota em quatro dias. Entre as atrações estão o Parque Nacional Serra do Cipó.
O Caminho do Sabarabuçu, que nasceu de uma trilha aberta por viajantes que pensavam ter avistado ouro na Serra da Piedade (era ferro), fica em uma rota alternativa do Caminho dos Diamantes, com apenas 160 quilômetros (77,5% estrada de terra). Seus atrativos, divididos entre as cidades de Cocais, Caeté, Sabará e Glaura, podem ser conhecidos em dois dias de viagem.
O site do Instituto Estrada Real tem mais informações e planilhas para o planejamento das viagens.
6. Linha Verde — Bahia
Batizada de Linha Verde, a rodovia começa na antiga Estrada do Coco, rota das praias do Litoral Norte da Bahia. Faz ligação da capital baiana com praias relativamente pouco badaladas.
O caminho, acessado facilmente do Aeroporto de Salvador, sobe paralelo à costa e chama a atenção pelo paredão de coqueirais que pode ser avistado da estrada.
Também dá acesso a resorts e pontos turísticos famosos do litoral da Bahia, como a Praia do Forte (a cerca de 64 quilômetros do Aeroporto) e Sauípe (90 km), e se estica até Aracaju, no Sergipe (cerca de 310 km).
7. Maceió–Maragogi — Alagoas
É um dos trechos mais lembrados no Nordeste por quem gosta de viajar de carro. As rodovias AL-101 e AL-105, que ligam a capital Maceió a Maragogi, dois dos destinos mais famosos da região, dura cerca de duas horas e meia (mais ou menos 130 km) e tem pedaços com paisagens memoráveis, principalmente nos primeiros e nos últimos quilômetros.
Apesar de não ser considerada uma rodovia com ótimas condições de tráfego, o caminho passa por praias pouco frequentadas e piscinas naturais de água cristalina.
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