Turismo

Da Itália à Alemanha, turismo sem carro e pagando pouco reserva paisagens incríveis

Carolina Werneck
30/06/2018 12:24
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Palácio Mirabell e seus jardins, em Salzburgo, na Áustria. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Quase mil quilômetros separam as ruelas milenares de Roma, capital italiana, das largas avenidas de Munique, na região alemã da Baviera. Um voo sem escalas entre as duas cidades dura cerca de 1h30, mas quantas histórias se perdem quando se troca a longa estrada pelo saguão do aeroporto?
Viajar pela Europa é uma tarefa relativamente simples. Há uma profusão de trens e companhias aéreas low cost cobrindo o território do Velho Mundo. Também, sempre é possível alugar um carro – e os preços oferecidos pelas locadoras são, muitas vezes, bem convidativos. Quem, no entanto, quer experimentar outro tipo de viagem, pode ir do centro da Itália até o sul da Alemanha, passando pela Áustria, usando um meio de transporte bem mais conhecido dos brasileiros: o ônibus.
Além de ser muito prática, essa maneira de se locomover entre os três países sai pela bagatela aproximada de R$ 250. Quer saber como? Preparamos um roteiro de dez dias para você conhecer muito do que há de mais interessante ao longo dessa rota.
O Palatino e o Foro Romano guardam muitas ruínas da Roma Antiga. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
O Palatino e o Foro Romano guardam muitas ruínas da Roma Antiga. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

1ª etapa: quatro dias em Roma

A capital da Itália tem atrações suficientes para preencher qualquer planejamento de viagem. Do Coliseu ao Vaticano, das lindas piazzas ao Panteão, um viajante pode passar muitos dias na cidade sem repetir pontos turísticos. Mas, para os turistas brasileiros, as férias são, em geral, a única chance no ano de conhecer muitos lugares. Para equilibrar as visitas aos principais locais de Roma e aos demais destinos da viagem, separe ao menos quatro dias exclusivamente para essa primeira cidade.
No primeiro dia não se programe para ir a nenhum ponto específico. Acredite, horas livres para se perder pelas ruas romanas vão te render encontros surpreendentes com lugares icônicos. Faça check-in e deixe as malas no hotel. Um banho para relaxar também é válido antes de começar a explorar a região do Termini, que é a principal estação de Roma e onde ficam muitos dos hotéis com bom custo-benefício. Com a mente aberta e tempo para gastar sola de sapato, você vai descobrir que o Coliseu e a Fontana di Trevi, por exemplo, te esperam não muito longe dali. Termine o dia jantando em um dos muitos restaurantes de massa da cidade ou experimentando uma pizza al taglio e um bom sorvete italiano.
Por dentro do Coliseu, em Roma. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Por dentro do Coliseu, em Roma. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Comece o segundo dia chegando cedo à fila do Coliseu, que fica na Piazza del Colosseo, nº 1.

Há várias agências que vendem bilhetes para a atração, mas o mais indicado é comprar no local ou pela internet, no site oficial do monumento, já que o ingresso sai mais barato. Por € 12 (cerca de R$ 53) você tem direito a conhecer não só o Coliseu, mas todo o Foro Romano e o Palatino, que estão logo ao lado. Os ingressos valem para dois dias, uma vez que o complexo é enorme. Visite o Coliseu de manhã. Na saída, faça uma pausa para o almoço e para descansar – a visita ao Foro Romano e ao Palatino é longa, então reponha as energias antes de seguir com o passeio. Reserve o dia inteiro para esse programa.

Independente de qual for sua religião, não se pode ir a Roma e não conhecer o Vaticano.

Além da monumental Basílica de São Pedro, cuja entrada é gratuita, os Museus do Vaticano guardam tesouros preciosos, como a Capela Sistina. Os bilhetes inteiros para entrar custam € 17 ( cerca de R$ 76) no site do Vaticano. Com mais € 4 (em torno de R$ 18) você pode furar a fila. Nesse terceiro dia, combine a visita à capital mundial da fé católica a um segundo passeio que pode ser feito depois do almoço e fica ali perto. É o Castelo Sant’Angelo, na Lungotevere Castello, nº 50.
O castelo, que começou a ser construído no início do século II, já teve diversas funções ao longo da história. Hoje funciona como um museu e tem nada menos que sete níveis – ou andares. Leia mais sobre cada um deles aqui (site em italiano). A taxa de entrada custa € 14 (cerca de R$ 62) e você pode comprar os bilhetes clicando aqui ou diretamente no local.
Praça de São Pedro, no Vaticano, ao entardecer. Ao fundo, a Basílica. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Praça de São Pedro, no Vaticano, ao entardecer. Ao fundo, a Basílica. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

O quarto dia pode ser dedicado a conhecer atrações gratuitas da cidade.

É o caso de praças famosas como a Piazza Navona, a Piazza di Spagna, a Piazza della Repubblica e a Piazza del Popolo, só para citar algumas. Aproveite o passeio para tomar tantos sorvetes quanto for possível e experimentar os muitos sabores que a cidade tem a oferecer. Outros passeios também podem ser encaixados nesse dia, como a visita ao Panteão, na Piazza della Rotonda, por exemplo, e uma escapulida até a Fontana di Trevi para jogar uma moeda por cima do ombro e pedir para voltar à capital italiana um dia.

2ª etapa: dois dias em Siena

Um pouco mais ao norte de Roma fica a Toscana. Cheia de cidadezinhas que estão ali desde a Idade Média – muitas até mesmo antes disso -, a região tem algumas das paisagens mais bonitas de todo o país. A maior parte delas merece uma visita. Para nosso roteiro, escolhemos Siena. Para chegar até lá, pegue um ônibus na estação de Tiburtina, ainda em Roma. A passagem custa a partir de € 7,99 ( em torno de R$ 36) e pode ser adquirida pela internet ou diretamente na estação.
Catedral de Siena, na Itália. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Catedral de Siena, na Itália. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Pouco mais de 2h30 depois, você vai desembarcar na rodoviária de Siena, que não fica muito longe do centro da cidade. Embora seja sede da comuna da Toscana, Siena não é muito grande. Tem cerca de 53 mil habitantes. Seu tamanho torna possível conhecer boa parte do lugar a pé, deixando sua intuição, mais que o mapa, te guiar até os pontos turísticos. O principal deles é a Piazza del Campo. É ali que, duas vezes ao ano, é realizado o Palio di Siena, uma corrida de cavalos que tem suas origens no século XVII.

Por causa dela, a cidade tem uma característica peculiar: em todo canto vêem-se as bandeiras das chamadas contradas, que são as equipes que disputam a corrida.

A Piazza del Campo, em Siena, é palco para uma das corridas de cavalo mais tradicionais do mundo. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
A Piazza del Campo, em Siena, é palco para uma das corridas de cavalo mais tradicionais do mundo. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Aproveite para subir à Torre del Mangia, que atrai os olhares assim que você entra na praça. O ingresso custa € 10 (em torno de R$ 45) e só pode ser comprado na bilheteria local. Circule pelas ruas da cidade e aprecie as típicas cenas da vida na Itália mostradas nos filmes: roupas penduradas em pequenos varais que, por sua vez, estão presos a janelas muito antigas, abertas em prédios feitos de pedra; senhorinhas conversando animadamente e gesticulando muito; crianças correndo atrás dos pombos nas praças; gente tomando vinho e trocando histórias nos bares e restaurantes.
Quem gosta de provar a culinária local não pode passar reto pelas grandes vidraças do Consorzio Agrario di Siena, que fica na Via Pianigiani, 5. Ali, italianos animados vendem pães incríveis de fabricação própria, vinhos de várias cidades da Toscana e um sem fim de queijos, salames, presuntos e outros embutidos. Também está à venda a “pizza al taglio” de diversos sabores, sempre com a massa fininha e recheios deliciosos.

Dois ou três dias em Siena vão te dar uma boa margem de tempo para visitar as principais atrações locais.

Entre elas está a Catedral de Siena (ingressos a partir de € 8, cerca de R$ 36), na Piazza del Duomo, nº 8. Você pode comprar os bilhetes no site oficial do Duomo ou na hora do passeio. Também é muito conhecida a Igreja de Santa Maria della Scala (€ 9 euros, em torno de R$ 40, a entrada), na Piazza del Duomo, nº 1. Para ela, assim como para a catedral, é possível comprar o ingresso pela internet, no site oficial.
Vista de parte da cidade de Siena. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Vista de parte da cidade de Siena. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
A cidade também tem muitas atrações menos conhecidas, mas igualmente interessantes. Uma delas é a Casa di Santa Caterina, na Via Costa di Sant’Antonio, nº 6. Trata-se de um grande santuário que foi erguido em torno do que era a casa de Santa Catarina, que viveu nos anos de 1300. Perto dali fica a Fontebranda, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Com três amplos arcos de arquitetura gótica, sua estrutura atual está ali desde o século XIII. Do lado de dentro, a tranquilidade e a água muito azul quase não deixam lembrar que, na Idade Média, esse lugar deve ter sido muito movimentado. Era ali que as pessoas lavavam suas roupas, davam de beber a seus animais e buscavam água para suas casas.
Também é Patrimônio da Humanidade a Fortezza Medicea, uma fortificação construída em 1563 por Cosimo de’ Medici, então Duque de Florença. Apesar de seu tamanho e características, a fortaleza não tinha objetivo de proteger a cidade. Funcionava mais como um quartel. Na parte externa, o perímetro da fortaleza tem cerca de 1500 metros. No verão, um anfiteatro que fica dentro da fortaleza é usado como cinema ao ar livre. A Fortezza Medicea fica na Piazza Caduti delle Forze Armate.
Para encerrar a visita a Siena, não deixe de conhecer o Orto de’ Pecci. De frente para a Torre del Mangia, caminhe para a parte de trás do Palazzo Pubblico. Ali, em uma parte mais baixa que o centro da pequena cidade, está uma área verde que remonta à Idade Média. Hoje, o Orto de’ Pecci tem finalidades didáticas. Há um jardim medieval com plantas das mais diversas – aromáticas, medicinais, para a alimentação, árvores frutíferas, entre outras – e uma granja com vários animais. É o lugar ideal para admirar uma vista diferente de Siena e descansar sobre a grama. Quem quiser esticar o fim de tarde pode aproveitar para comer no Risto-Pizza” All’Orto de’ Pecci, que fica no local.
A parte de dentro da Fontebranda, em Siena, com um azul inesquecível. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
A parte de dentro da Fontebranda, em Siena, com um azul inesquecível. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

3ª etapa: dois dias em Munique

Para facilitiar a busca por linhas de ônibus, vamos da Toscana diretamente para o coração do sul da Alemanha para, só depois, voltar para a Áustria. Pegue um ônibus na rodoviária de Siena com direção a Munique. A passagem custa a partir de € 38,98 (cerca de R$ 174) e, mais uma vez, pode ser comprada pela internet. A dica é escolher o período da noite como horário de partida. Assim você pode descansar durante boa parte da viagem e, quando acordar, estará passando pela Áustria. Aproveite a paisagem, que é única. As altas montanhas ao fundo, as pequenas cidades, tudo ajuda a entrar no clima que vai dominar o restante das férias.
A rodoviária de Munique é ampla e bem estruturada. É lá que você vai desembarcar para conhecer a capital da Baviera. Quando se pensa em Alemanha, nos trajes típicos, na cerveja e nos senhores de bigode, é na Baviera que se está pensando. Ali ficam algumas das cidades com a arquitetura germânica mais característica. Também é nessa região que estão muitas das principais cervejarias do país. E, sendo a capital bávara, Munique abriga várias delas.
Homem surfa no canal de um dos parques de Munique enquanto outros aventureiros aguardam sua vez. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Homem surfa no canal de um dos parques de Munique enquanto outros aventureiros aguardam sua vez. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Mas nem só de cerveja vive o turista que visita a cidade. Munique soube manter intacta sua rica história sem abdicar do desenvolvimento. Por isso, o sistema de transporte é moderno e eficiente. É possível chegar a quase todos os lugares de metrô, trem ou ônibus.

No primeiro dia visite o Parque Olímpico de Munique, na Spiridon-Louis-Ring, nº 21. Construído para a Olimpíada de 1972, ele foi palco de um dos ataques terroristas mais marcantes da história alemã. Mesmo com o passado trágico, sua arquitetura – que continua atual mesmo depois de quase 50 anos – ainda é capaz de fazer os olhos brilharem. Dali também é possível avistar a Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique (visitas custam a partir de € 12, cerca de R$ 53), que fica na Werner-Heisenberg-Allee, nº 25. Compre os ingressos pelo site ou direto na bilheteria. Outra obra que se destaca na paisagem é o museu da BMW (a entrada no edifício, chamado de BMW Welt, é gratuita. Para o museu os bilhetes custam € 10, cerca de R$ 45, e devem ser comprados na hora), na Am Olympiapark, nº 2.
Vista de cima de uma das colinas do Parque Olímpico de Munique, com o estádio à direita. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Vista de cima de uma das colinas do Parque Olímpico de Munique, com o estádio à direita. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Os parques de Munique são um capítulo à parte. Um dos mais conhecidos é o Englischer Garten, que tem mais de 4 km². Ali há uma pista para caminhadas, corridas e pedaladas de 78 km.

Também há, claro, não um, mas dois beer gardens. Mas a sensação do parque fica mesmo no lado sul, ao lado da ponte Himmelreich. Nas águas do rio Eisbach, surfistas se revezam para domar uma onda formada por uma depressão artificial feita no canal. A poucos metros dos aventureiros, a movimentada rua Prinzregentenstrasse não para, o que torna a imagem ainda mais curiosa.
Visitantes chegam de bicicleta ao Palácio Nymphenburg, em Munique. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Visitantes chegam de bicicleta ao Palácio Nymphenburg, em Munique. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
No segundo dia, vá ao Palácio Nymphenburg. A visita pode ser feita em meio dia e custa a partir de € 6 (em torno de R$ 27, ingressos na bilheteria local). A parte de fora do palácio tem lindos jardins com lagos, enquanto a parte de dentro é ricamente decorada. O Hall dos Espelhos é um dos ambientes mais encantadores de todo o complexo. Há, ainda, uma loja de lembrancinhas. A história do Nymphemburg remonta a 1662, quando ele era apenas uma residência de verão. Ele foi remodelado e redecorado ao longo dos séculos para se adaptar aos diferentes reis, rainhas e príncipes que viveram ou passaram temporadas ali.
Depois, siga para o centro da cidade. Almoce no Viktualienmakrt, uma espécie de mercado ao ar livre com uma grande quantidade de restaurantes e lanchonetes. Prove as típicas salsichas alemãs ou compre um salaminho em uma das casas de embutidos que também funcionam por ali. Acompanhe os petiscos com uma boa cerveja. Você pode tomá-la sentado em uma das muitas mesas do que eles chamam de biergarten (espaços específicos para apreciar a bebida que estão espalhados por toda a cidade). No Viktualienmakrt você ainda pode encontrar uma grande variedade de frutas, verduras e legumes fresquinhos.
Aproveite a tarde para passear pelo centro da cidade. Ande pela Marienplatz e encante-se com os detalhes da prefeitura municipal, construída em estilo neogótico. É nesse prédio que fica o relógio mais famoso da cidade. Todos os dias, às 11h, os bonecos que o compõem “ganham vida”, se mexendo enquanto os turistas lá embaixo admiram o espetáculo.
O relógio do prédio da Prefeitura é uma das atrações de Munique, na Alemanha. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
O relógio do prédio da Prefeitura é uma das atrações de Munique, na Alemanha. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

4ª etapa: dois dias em Salzburgo

A duas horas de Munique está nosso destino austríaco. Salzburgo é uma cidade de 150 mil habitantes que tem muito a mostrar. Para chegar a ela, basta tomar um ônibus na rodoviária de Munique. A passagem custa a partir de € 7,99 (cerca de R$ 36) e pode ser comprada pela internet ou diretamente na rodoviária.
Além de todos os seus atrativos turísticos, Salzburgo também é famosa por ser a cidade natal de Mozart. O compositor nasceu em uma casa da cidade em 1756. Ainda é possível visitá-la. Trata-se de uma construção amarela na Getreidegasse, nº 9. É quase impossível passar pelo endereço e não notar a casa. E isso não apenas pela cor vibrante da fachada, mas também porque um grande letreiro anuncia que esse é o lugar certo. Ali, atualmente, funciona um museu relacionado, claro, ao habitante mais ilustre do lugar. Para entrar, a taxa a ser paga é de € 11 (cerca de R$ 49) e os bilhetes são comprados na hora. São três andares dedicados a contar um pouco da história do músico. Há inclusive instrumentos musicais que foram usados por ele.
Fachada da casa em que Mozart nasceu, em Salzburgo, na Áustria. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Fachada da casa em que Mozart nasceu, em Salzburgo, na Áustria. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Outro lugar a ser visitado que também lembra Mozart é a casa em que ele viveu entre 1773 e 1781, quando se mudou para Viena. A residência, que fica na Makartplatz, nº 8, é muito grande e também abriga um museu. O bilhete para visitar também custa € 11. Você pode comprá-lo na hora, mas há uma opção mais barata. Isso porque o bilhete combinado vale para as duas casas e sai por € 18 (em torno de R$ 80).

No segundo dia em Salzburgo você provavelmente já terá percebido que, na cidade, é difícil afastar-se da influência de Mozart.

O lugar respira o compositor e muitas das atrações estão ligadas a ele de alguma forma. O Palácio Mirabell, por exemplo, foi construído em 1606 pelo arcebispo de Salzburgo, Wolf Dietrich von Raytenau. Mas Mozart se apresentou muitas vezes naquele local, o que lhe garantiu um salão para seus concertos. Hoje, no belo edifício, funciona o escritório do prefeito de Salzburgo e outros escritórios da administração municipal. Do lado de fora, os jardins sempre bem cuidados rendem boas fotos e um passeio prazeroso. A visita aos jardins e ao próprio palácio é gratuita.
Quando estiver na cidade, sente-se em um dos muitos cafés que existem por lá e aprecie um bom pedaço de torta e uma bebida quente. Um deles é o Cafe Glockenspiel, na Mozartplatz, 2, bem ao lado da Catedral de Salzburgo. Uma dica é experimentar o delicioso apfelstrudel – a famosa torta de maçã – que eles servem ali, acopanhado de um bom chocolate quente. Finalize a refeição com um “Salzburger Mozartkugel“. Trata-se de um tipo de bombom feito de marzipã, pistache e chocolate cuja receita foi criada em 1890. O Salzburger Mozartkugel original pode ser encontrado em quatro endereços em Salzburgo, um deles bem pertinho da Mozartplatz, na Brodgasse, 13.
Visual durante a subida até a fortaleza de Salzburgo, na Áustria. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Visual durante a subida até a fortaleza de Salzburgo, na Áustria. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Para terminar as férias, um passeio inesquecível. De quase todos os pontos de Salzburgo é impossível ignorar a presença forte e marcante da Fortaleza Hohensalzburg, erguida em 1077.

Do alto de um paredão de pedra, ela vigia dia e noite a cidadezinha austríaca há mais de 940 anos. Construída para proteger os administradores e o clero da cidade, a fortaleza nunca foi invadida por tropas inimigas. A subida é longa e íngreme, mas é possível chegar até a entrada andando.
Quem não quiser fazer esforço também pode usar o funicular, uma espécie de bondinho sobre trilhos. O equipamento é usado desde 1892. A entrada na fortaleza mais o bilhete do funicular e um áudio guia custam no total a partir de € 11,90 (cerca de R$ 53). Você pode comprá-los previamente, pela internet. Ainda que você não tenha a intenção de ver a enorme construção por dentro, vale a pena usar as pernas e subir até seus portões. A vista lá de cima vai te fazer prender a respiração.
Do alto de um paredão de pedra, a fortaleza guarda a cidade de Salzburgo, na Áustria, há mais de 940 anos. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Do alto de um paredão de pedra, a fortaleza guarda a cidade de Salzburgo, na Áustria, há mais de 940 anos. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
A viagem termina aqui, com um total de apenas € 54,96 (cerca de R$ 250) gastos em passagens de ônibus para conhecer duas cidades na Itália, uma na Alemanha e uma na Áustria.
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