Turismo

Bonezão, Viola e Garrafão; conheça os pontos turísticos mais curiosos do Paraná

Redação
23/10/2017 20:15
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Foto: Henry Milléo/Arquivo/Gazeta do Povo | GAZETA

Monumentos e portais podem ser uma forma de celebrar a história ou a vocação de uma cidade e, de quebra, criar um novo ponto turístico na região.
A obra final pode dividir opiniões, como no caso do já extinto Monumento Campos Gerais, em Ponta Grossa — uma homenagem aos atrativos naturais da região que acabou virando piada entre moradores e visitantes, principalmente pelo apelido: “Cocozão”.
Em outros casos, pode ser iniciativa de apenas uma pessoa, como aconteceu em Umuarama (leia mais abaixo).
Mas o resultado é sempre o mesmo: ninguém passa batido por estas construções gigantes, e elas viram ponto de referência para o estado. Há vários exemplos disso no Paraná.
Relembre:
1. Bonezão de Apucarana
Foto: Profeta/Divulgação
Foto: Profeta/Divulgação
Apucarana é uma grande produtora de bonés e quis deixar isso claro. Além de reivindicar o título de Capital do Boné, encomendou uma réplica gigante do artigo. O Bonezão, como ficou conhecido o Monumento ao Boné, foi feito com base em uma estrutura de tecido criada para a Expo Boné, em 2006.
Onde fica: Av. Zilda Seixas Amaral, na altura do viaduto — Entrada de Apucarana – Contorno Norte.
O que mais fazer: A cerca de 370 quilômetros de Curitiba, Apucarana faz parte da região turística do Vale do Ivaí. Entre os atrativos da cidade estão o Parque Ecológico da Raposa e o turismo religioso, centrado em festas de santos e parques temáticos. Mais informações: (43) 3422-9023.
2. Cuia de São Mateus do Sul
Reservatório em forma de cuia. Foto: Ozilda Drabeski/Divulgação
Reservatório em forma de cuia. Foto: Ozilda Drabeski/Divulgação
O reservatório de água foi construído em forma de cuia de chimarrão em 1967 e virou cartão postal da cidade, que tem a história e a economia intimamente ligadas à erva mate. A cuia gigante tem 23 metros de altura e pode ser vista de toda a cidade. A caixa d’água da Sanepar começou a funcionar em 1973.
Onde fica: R. Manoel Corrêa, na parte alta da cidade.
O que mais fazer: a cidade do sudoeste paranaense fica a cerca de 150 quilômetros da capital e tem outros atrativos históricos, como o vapor Pery, na praça central, e várias igrejas. Recentemente, ganhou um passeio temático de erva-mate.
3. Garrafão de Bituruna
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A réplica gigante de um garrafão de vinho com uma taça e um cacho de uva fica logo na entrada da cidade, “terra do vinho”. As referências à bebida podem ser encontradas em outros símbolos da cidade, como o brasão. O garrafão tem 18 metros de altura.
Onde fica: acesso principal de chegada a Bituruna
O que mais fazer: a cidade fica centro-sul do estado, região que também inclui municípios como Irati e União da Vitória, e está a 320 km de Curitiba. Entre os destaques em Bituruna está a Festa do Vinho e a Rota do Vinho. O caminho, que passa por comunidades rurais do município, permite visitar vinícolas e percorrer parreirais. Mais informações: (42) 3553-1222.
4. Cacho de uva de Marialva
Cacho de uva em 2011. Foto: Fabio Dias/Arquivo/Gazeta do Povo
Cacho de uva em 2011. Foto: Fabio Dias/Arquivo/Gazeta do Povo
O monumento em forma de cacho de uva rubi gigante foi inaugurado em 2004 para celebrar a fruta, uma das bases da economia do município do Noroeste do Paraná, a 407 km de Curitiba. É uma estrutura de quase 18 metros de altura, 9 de largura e 12 de diâmetro, feita de ferro e concreto armado. Tornou-se o principal ponto de referência da cidade e chegou a ser considerada um recorde brasileiro, mas anda precisando de uma pintura. Segundo a prefeitura, deve passar por uma reforma em breve.
Onde fica: BR-376, no trevo de acesso a Marialva
O que mais fazer: A “Capital da Uva Fina” oferece roteiros turísticos por propriedades rurais familiares. Os passeios podem incluir vinícolas e produtores de flores. Mais informações: (44) 3232-1807 e marialva.pr.gov.br.
5. Viola de Astorga
Foto: Carlos Husek/Divulgação
Foto: Carlos Husek/Divulgação
Inaugurado em setembro de 2016, o portal em forma de viola homenageia Chitãozinho e Xororó, que são nascidos em Astorga. Foi construído junto com o Ponto Turístico Granada, um espaço ainda não ativado que vai abrigar um comércio com produtos de agricultura familiar e artesanato, além de restaurante, lanchonete e um museu dedicado à dupla sertaneja. O portal já está aceso, mas o estabelecimento ainda não tem previsão para começar a funcionar.
Onde fica: PR-218, na saída de Astorga para Maringá.
O que mais fazer: a cidade, a cerca de 425 quilômetros de Curitiba, investe em sua vocação para o turismo religioso, apostando em eventos religiosos e nas atividades do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, que vem atraindo fiéis. Mais informações: (44) 3234-8700.
6. Arara em Araruna
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A cidade, que fica na região de Campo Mourão, deve seu nome às araras azuis que habitavam a região antes dos colonizadores. Em 2011, foi inaugurado o portal do município, que tem uma réplica gigante da ave de mais de dez toneladas. Outra estátua de arara foi instalada na praça central da cidade e virou um dos pontos preferidos para fotos de visitantes, que volta e meia entram na cidade pensando se tratar de um município homônimo na Paraíba, segundo contou a Diretora de Cultura e Turismo, Maura Ferreira dos Santos.
Onde fica: PR-468, na saída de Araruna para Campo Mourão.
O que mais fazer: o principal evento da pequena cidade na região central do estado é o aniversário do município, comemorado no dia 26 de novembro, com gastronomia típica como o porco na mandioca. Também há bailes retrôs promovidos pela Casa da Cultura, na praça central, que é o principal passeio de Araruna. A cidade, localizada a cerca de 470 quilômetros da capital, também estuda criar um roteiro ligado às míticas trilhas indígenas do Paêbirú, um caminho milenar entre o Atlântico e o Peru que passa pelas terras do município. Mais informações: (44) 3562-1995.
7. Portal da Moda em Cianorte
Foto: Ascom/Prefeitura de Cianorte
Foto: Ascom/Prefeitura de Cianorte
Auto-intitulada “Capital do Vestuário”, a cidade criou em 2006 o “Portal da Moda”, que representa artigos de confecção: consiste em agulha, alfinete, zíper, linha e um manequim. O monumento levou 31 toneladas de ferro e concreto e custou cerca de R$ 500 mil.
Onde fica: Rodovia PR-323, pouco depois da Polícia Rodoviária Estadual, no sentido Maringá
O que mais fazer: Cianorte fica a cerca de 520 quilômetros de Curitiba. Dentre seus principais atrativos turísticos estão as trilhas no Parque Municipal Cinturão Verde, as igrejas e festas gastronômicas e — claro — os shoppings atacadistas, que têm centenas de grifes. Mais informações: (44) 3619-6200.
8. Câmera gigante de Santa Fé
(Foto: reprodução)
(Foto: reprodução)
A cidade do Noroeste paranaense produz milhares de fotografias de formatura por dia e, por isso, virou a “Capital da Fotografia”. O título é reforçado pelo portal da cidade, em forma de câmera fotográfica, inaugurado em 2011.
Onde fica: PR-317, na entrada de Santa Fé
O que mais fazer: além do turismo religioso, uma das principais atrações do município, que fica a quase 500 quilômetros da capital, é a Estação de Lazer Salto Bandeirantes, espaço que oferece atividades como esportes radicais e inclui um hotel fazenda. O resort fica no quilômetro 47 da a PR-317. Mais informações: saltobandeirantes.com.br e (44) 3247-3295;
9. Torre Eiffel de Umuarama
Foto: Osmar Nunes/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Osmar Nunes/Arquivo/Gazeta do Povo
A torre, inspirada pelo ícone parisiense, foi feita ao lado da BR-323, a caminho do Paraguai. Foi inciativa de um empresário local, que gastou quase R$ 200 mil na estrutura de 32 metros, que precisou de 30 toneladas de ferro para ser construída.
Onde fica: Rodovia PR-323, na zona rural
O que mais fazer: Umuarama fica na região turística Corredores das Águas, marcada pelos balneários formados pelos rios Paraná, Paranapanema, Piquiri e Ivaí. Entre os pontos turísticos está o Bosque Uirapuru, espaço verde localizado no centro da cidade. Mais informações: (44) 3621-4112.
10. Cocozão de Ponta Grossa (menção honrosa)
Foto: Henry Milléo/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Henry Milléo/Arquivo/Gazeta do Povo
Erguido em 2004 em frente à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e demolido após um incêndio, em 2009, o Monumento Campos Gerais ainda dá o que falar. A obra, que consistia em uma haste de aço de oito metros de altura sustentando uma escultura que representava os arenitos de Vila Velha, foi pensada para remeter a um pinheiro,  árvore-símbolo da região. Mas o formato da pedra acabou fazendo com que o monumento ficasse popularmente conhecido como Cocozão.
A Câmara Municipal de Ponta Grossa aprovou, no ano passado, uma moção pedindo que o Google apagasse as imagens do monumento. A obra foi feita na gestão do petista Péricles de Holleben Mello, que chegou a dizer que a arte mal-sucedida custou sua reeleição.
O que mais fazer: famosa por Vila Velha e por furnas como o Buraco do Padre, Ponta Grossa — a cerca de 115 quilômetros de Curitiba — tem várias opções para quem gosta de ecoturismo e turismo de aventura. Seu calendário é também marcado por festivais gastronômicos e, no fim do ano, pelo Festival Nacional de Teatro (Fenata) e pela Festa Nacional do Chopp Escuro – Munchen Fest.
A região dos Campos Gerais também inclui atrações como o Parque Histórico de Carambeí, a Colônia Witmarsum (em Palmeira) e a Colônia Castrolanda. Mais informações: 0800-6431011 (Fundação Municipal de Turismo).
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