Turismo

No Dia Mundial sem Carro, veja seis destinos pelo mundo que você pode conhecer de bike

Thatiana Bueno
22/09/2015 15:44
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Bicicletas são ótimas para visitar lugares com certa autonomia e trazem aventura para sua viagem. (Fotos: Bigstock e divulgação)
Durante uma viagem a ideia de explorar o local visitado se amplia quando aumentam as opções de transporte. Nessa terça-feira (22), dia que se comemora mundialmente o dia sem carro, o Viver Bem listou seis lugares pelo mundo para conhecer de bike e curtir momentos de adrenalina e diversão com liberdade. Percorra ruas, pontos turísticos, estradas e até mesmo em locais inóspitos da natureza da região sobre duas rodas.
Amsterdã – Holanda. (Foto: Bigstock)
A capital da Holanda é conhecida pela quantidade de bicicletas, estima-se que em média há uma delas por habitante. Além das ciclovias, em Amsterdã existem semáforos e estacionamentos próprios para bikes, o que facilita demais explorar seus bairros, pontos turísticos e os famosos canais. Lembrando ainda outro facilitador por lá que é o terreno plano por toda capital.  Dicas boas de rotas são o caminho à beira do rio Amstel ou ir até as vilas de pescadores Volendam e Edam, e conhecer o lago IJsselmeer. E se o intuito é ir além de Amsterdã, saiba que é possível pedalar até a Bélgica, França ou Londres por ciclovias e estradas tranquilas, passando por campos, rios e praias. Melhores meses: março e abril.
Lima – Peru. (Foto: Divulgação/Bike Tours of Lima)
Na capital do Peru existem tours de bike que são sempre uma forma alternativa e interessante de conhecer a cidade. Três tipos de roteiros permitem conhecer ou centro histórico (La Plaza Mayor), ou bairros e ponto principais em Miraflores e San Isidro, ou ainda um tour bohemio que percorre a orla da cidade, de Miraflores a Chorrillos, passando por Barranco, e ainda um lanche no Bar Piselli, de 1915. É possível contratar aqui do Brasil mesmo via site e antes de pedalar os turistas recebem instruções de segurança e aprendem a sinalização que o guia usaria com as mãos. A orla de Miraflores é muito bonita, com quase 6 quilômetros de malecóns (decks com jardins e uma vista linda do pacífico). Os passeios levam entre 3 e 4 horas, em média.
Toscana e Sicilia – Itália. (Foto: Bigstock)
A Itália possui diversas opções de roteiros para aventureiros. Na região da Sicilia, é possível pedalar pelas formações rochosas de um dos mais altos vulcões do mundo, e que ainda está ativo. A trilha parte da cratera do vulcão Etna a mais de 3 quilômetros de altura. Por conta dos pontos de alta inclinação, dá para utilizar um teleférico ou jipe no trajeto de subida. Ainda na Sicília, também há um tour de bike com aproximadamente 330 quilômetros e que leva quatro dias, na cidade Corleone. Conheça os principais pontos nos arredores do município, que podem ser percorridos com ou sem guia, o clima mediterrâneo ajuda muito e convida para paradas e um mergulho no mar azul que cerca a ilha.
Já na região da Toscana, terra onde surgiram nomes como Dante Alighieri, Leonardo da Vinci, Maquiavel e Galileu Galilei, há pacotes para grupos de ciclistas desvendarem a região e cidades medievais completamente intactas, por cerca de sete dias, sobre duas rodas. Lindas paisagens com estradas ladeadas por ciprestes centenários, campos de oliveiras e videiras, gastronomia e a tradicional cultura vitivinícola da região estão pelo caminho. As bases ficam em Radda e Pienza, e o roteiro passa por Chianti, Panzano, Castelo Medieval, Gaiole, Castello di Brolio, Pienza, Val d’Orcia, Crete Senesi (campos de trigo), Bagni Vignoni (cidade termal da época romana), San Quirico, Montalcino, Monticchiello, Chianciano Terme e Montepulciano.
Camino Yungas – Bolívia. (Foto: Bigstock)
Essa é mais uma das opções para os loucos por aventura. O Camino Yungas liga a região de Yungas e La Paz é considerado a estrada mais perigosa do mundo, carinhosamente chamado de “estrada da morte”. Há pacotes para grupos saindo da capital La Paz e cada grupo utiliza uniformes com cores diferentes. Há uma logística de apoio com bicicletas reserva, peças simples, em média 3 carros de apoio e 4 guias treinados que acompanham o grupo. A descida divide-se em uma no asfalto e a outra na parte antiga da estrada, toda de cascalho, onde o caminho fica bastante estreito, com aproximadamente 3 metros de largura, tortuoso e à beira de precipícios, com trechos a mais de 3 mil metros de altitude. Aqui se pratica o downhill, modalidade do mountain bike que consiste em descer rápido um percurso e exige bastante equilíbrio e controle da bike. Aqui mora o perigo em um cenário como esse, um trecho de 60 quilômetros de descida que registra cerca de 200 óbitos por ano. A mudança climática é impressionante, pois o ponto de saída fica no frio e ar rarefeito dos 4.700 metros de atitude, e termina no calor da floresta tropical dos Andes bolivianos e altitude de 1.182 metros. A vista compensa e permite conhecer a Cordilheira dos Andes, fauna e flora locais. Evite o período de chuvas, entre dezembro e março.
Utah – Estados Unidos. (Foto: Bigstock)
O Estado possui diversas trilhas para mountain bike e o Parque Estadual Dead Horse é um dos principais destinos para explorar desfiladeiros e penhascos, com vista para o rio Colorado. Slickrock, a trilha mais popular da região, possui cerca de 20 quilômetros e fica na cidade Moab. A trilha Porcupine Rim, também com aproximadamente 20 quilômetros, é outra opção para ciclistas. Cautela é palavra de ordem nestes caminhos de terra batida, areia e penhascos estreitos, e temperaturas de região desértica que chegam facilmente aos 38°C.