Turismo

O paraíso que os surfistas revelaram

Marian Guimarães
26/02/2009 03:06
Não é difícil entender o motivo. A Praia do Rosa garante um mix imbatível de boas opções, o ano inteiro. Gente interessante, boa comida, lugares lindos e pousadas que fazem qualquer um esquecer do mundo. Na praia, não se ouve axé nem se vê vendedores ambulantes oferecendo bugigangas.
Foram os surfistas que abriram o caminho da Praia do Rosa. A maior parte das histórias é semelhante: vinham em buscas de ondas para surfar e acabavam conquistados pelo lugar. Isso explica os diferentes sotaques. Mas o que impera ainda é o “gauchês”.
Apesar da passagem do tempo, essa maravilha da natureza não mudou. Tudo isso se traduz em um saudável equilíbrio de ecologia e sofisticação, que nasce do encontro de estradas de terra e carro de boi. Hoje há, inclusive, uma associação de pousadeiros que se preocupa com a preservação do lugar.
Distante 70 quilômetros de Florianópolis e 380 quilômetros de Curitiba, em meio a morros, dunas, ilhas e lagoas – conta, de um lado, com águas cristalinas perfeitas para o surfe e demais esportes aquáticos. De outro, a exuberância da Serra do Mar, que permite cavalgadas, passeios por trilhas ecológicas, observação de pássaros, entre outras opções de lazer.
Além das atrações da natureza, o agito noturno (se é que pode chamar assim) se concentra no “centrinho” (Estrada Geral do Rosa). É lá que estão alguns restaurantes, barzinhos e pizzarias e lojinhas para aquelas inevitáveis comprinhas de viagem. Mas nada de correria. Você pode dormir até mais tarde, pegar onda ou simplesmente lagartear na praia, almoçar bem depois do meio-dia e só depois visitar o comércio. A maioria das lojinhas abre à tarde e à noite. Se a ideia for levar para a casa uma lembrança típica da região, tire uma tarde para conhecer o ateliê Espinha de Peixe, na estrada do Siriú, em Garopaba.
No inverno, o Rosa se transforma em berçário das baleias francas, juntamente com o ritual centenário da pesca da tainha.
É também uma das mais espetaculares enseadas que se conhece no planeta, segundo a organização internacional Club des Plus Belles Baies du Monde (Clube das Baías Mais Belas do Mundo), que lhe concedeu esse título em 2005.