Turismo

Passo a passo para conhecer a Disney sem imprevistos e gastos exorbitantes

Guilherme Grandi
02/07/2018 17:00
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Antes de realizar o sonho de ir para Disney, há vários passos que devem ser seguidos. Foto: VisualHunt.

Conhecer a Disney é o sonho de quase todas as crianças do mundo [e de alguns adultos também]. E apesar da economia instável, dá para conhecer a terra dos parques temáticos em família evitando alguns problemas clássicos dessa aventura.
A chave para viajar bem a Orlando é planejar com um certo tempo de antecedência. A começar pela documentação necessária, independente de quando você e sua família irão embarcar. Veja abaixo o passo a passo de como planejar a sua viagem à Disney sem dor de cabeça:

1- Visto

É necessário ter o visto americano válido por no mínimo 6 meses para entrar no país. Foto: Bigstock.
É necessário ter o visto americano válido por no mínimo 6 meses para entrar no país. Foto: Bigstock.
Primeiro de tudo é preciso ter visto para entrar nos Estados Unidos. A autorização pode ser um pouco demorada e passível de ser negada. Ou seja, nada de marcar a viagem antes de ter o visto no passaporte.
O processo leva algum tempo e exige agendamentos no Centro de Atendimento ao Solicitante de Vistos (CASV) e no consulado ou Embaixada dos Estados Unidos. Vale lembrar que dependendo da cidade onde você mora, será necessário viajar até eles no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife ou Porto Alegre.
Há uma particularidade que precisa ser levada em conta na hora de escolher em qual cidade tirar o visto: São Paulo é a única em que a entrevista precisa ser feita em dois dias – no primeiro, é feito o cadastramento de dados biométricos e no segundo dia é feita a entrevista com o oficial consular. Nos outros locais, essas duas etapas podem ser realizadas em apenas um dia. Veja aqui o passo a passo para tirar o visto americano.

2- Datas e períodos

O Aeroporto Internacional de Orlando possui orientações em português e funcionários fluentes no nosso idioma. Foto: Divulgação.
O Aeroporto Internacional de Orlando possui orientações em português e funcionários fluentes no nosso idioma. Foto: Divulgação.
Se tudo der certo e o visto não for negado para ninguém da família, já pode começar a planejar a viagem. A época das férias de julho é sempre a mais concorrida, com passagens mais caras e parques temáticos cheios. Afinal, o meio de ano nos EUA é alta temporada.
entre os meses de março a maio e de setembro a novembro (com exceção dos feriados nacionais americanos) são os períodos com passagens um pouco mais em conta e movimento dentro do normal nos parques. De acordo com o diretor-geral da operadora Abreu Brasil, Ronnie Corrêa, dá para encontrar tarifas baratas em qualquer época do ano. “O mercado anda aquecido com ofertas e, por isso, ainda é possível encontrar boas oportunidades para as férias”, explica.
Segundo cotações feitas nos metabuscadores Kayak e Skyscanner, as passagens para as férias de julho custam a partir de R$ 3.558. Já em novembro, por exemplo, dá para viajar à Disney pagando em torno de R$ 2.316 por pessoa. Nos outros meses do ano, o preço fica mais volátil e varia de um mês para outro.

3- Tempo e hotel

Os hotéis localizados dentro dos resorts são mais caros que os da International Drive, mas possuem acesso fácil às atrações. O Disney Boardwalk, por exemplo, tem linhas diretas de ônibus para os parques e está a poucos passos do Epcot Center. Foto: Divulgação.
Os hotéis localizados dentro dos resorts são mais caros que os da International Drive, mas possuem acesso fácil às atrações. O Disney Boardwalk, por exemplo, tem linhas diretas de ônibus para os parques e está a poucos passos do Epcot Center. Foto: Divulgação.
O preço da passagem também vai variar de acordo com o tempo de viagem. Ronnie Corrêa explica que “de 10 a 12 dias é possível visitar os principais parques, fazer compras em alguns dos diversos outlets e assistir a shows ou eventos esportivos na cidade”.
A região turística de Orlando possui hotéis para todos os perfis de família, desde os mais simples, com diárias começando em R$ 166 na área da International Drive (principal eixo rodoviário da área) a até R$ 2.753 dentro da Disney. Ambas as categorias possuem vantagens que agradam a todos os bolsos.
Nos mais simples, os quartos podem acomodar até quatro pessoas. Já nos localizados dentro dos parques temáticos, há acesso mais fácil e antecipado às atrações. “Chegando cedo nos parques, você economizará tempo em filas e aproveitará muito mais”, conta o diretor-geral da operadora.

4- Gastos

A área da International Drive é o principal eixo turístico de Orlando, e lá há hotéis e restaurantes para todos os bolsos. Foto: reprodução Google.
A área da International Drive é o principal eixo turístico de Orlando, e lá há hotéis e restaurantes para todos os bolsos. Foto: reprodução Google.
Além dos gastos com passagens aéreas e hotel, será preciso também comprar os ingressos para os parques, se alimentar e ainda fazer algumas compras. O ideal é considerar de US$ 100 a US$ 150 por dia para 2 adultos (a partir de R$ 385). Entretanto, Ronnie Corrêa explica que “em viagens com crianças com muitas atividades ao longo do dia, há formas de economizar com as refeições, pois os hotéis possuem boa estrutura para organizar refeições rápidas”.
Há supermercados, lojas de conveniência, restaurantes e fast-foods em praticamente a cada esquina da área turística de Orlando, com gastos que as vezes não chegam a US$ 20 por pessoa (R$ 77).

5- Parques

O aplicativo My Disney Experience permite agendar atrações e fazer reservas nos restaurantes do resort. Foto: VisualHunt.
O aplicativo My Disney Experience permite agendar atrações e fazer reservas nos restaurantes do resort. Foto: VisualHunt.
Todos os parques da Disney são gigantescos. Ou seja, não deixe para descobrir o que há em cada um deles quando chegar lá, assim você não perderá muito tempo planejando as atividades. A operadora recomenda que os pais verifiquem antes quais atrações os filhos podem visitar. “Dependendo da idade, a experiência se transforma. Aos olhos de crianças até 4 anos, tudo parece verdadeiro”, conta Ronnie Corrêa.
Ele ressalta que até os 10 ou 11 anos, além da magia local, os brinquedos passam a ter mais importância. “Nesta idade, é preciso ter cuidado com as diversas lojinhas espalhadas por todo o parque! É comum gastar mais do que o planejado”, completa.
"The Wizarding World of Harry Potter", uma das principais atrações do Universal Orlando Resort. Foto: Unsplash.
"The Wizarding World of Harry Potter", uma das principais atrações do Universal Orlando Resort. Foto: Unsplash.
Uma opção é baixar o aplicativo My Disney Experience, em que é possível fazer reservas de restaurantes, agendar as atrações, obter informações, entre outros recursos. Um deles, o Park Hopper, permite visitar mais de um parque por dia. Outro é o Fastpass, em que é possível agendar algumas das atrações.
Já o Universal Orlando Resort , outro dos grandes parques temáticos de Orlando, também oferece um aplicativo que permite agendar atrações e planos de refeições. Os ingressos para os parques possuem valores diferenciados de acordo com o tempo de visita e opções extras, mas há opções a partir de US$ 75 (R$ 289).

6- Volta ao Brasil

O controle de alfândega é feito logo depois da retirada das bagagens. Foto: VisualHunt.
O controle de alfândega é feito logo depois da retirada das bagagens. Foto: VisualHunt.
Mas atenção para quando voltar ao Brasil. As viagens aos Estados Unidos costumam ser cheias de compras, mesmo com o dólar mais caro. E não raramente, as pessoas esquecem que a cota de bens importados sem tributação é de apenas US$ 500 em mercadorias (R$ 1.929).
De acordo com a Receita Federal, que faz o controle e a fiscalização das aduanas nos aeroportos internacionais do país, há algumas mercadorias que não entram na cota e são isentos de tributação:
– Artigos de higiene e vestuário.
– Bens de caráter manifestamente pessoal.
Há ainda os bens de caráter “manifestamente pessoal”, que são aqueles em que o viajante pode necessitar para uso próprio considerando as circunstâncias da viagem e a sua condição física. Também entram aí os bens portáteis destinados a atividades profissionais a serem executadas durante a viagem. A Receita Federal exemplifica:
– Uma máquina fotográfica usada (ainda que possua função “filmadora”).
– Um relógio de pulso usado.
– Um telefone celular, inclusive smartphone, usado.
Já os bens que precisam ser tributados e que poderão ter incidência de multa caso não sejam declarados são muitos, entre eles tudo o que não for de caráter de uso pessoal e que passem da cota de isenção de US$ 500 (R$ 1.929). A multa será de 50% sobre o valor excedente da cota.
É preciso ficar atento às bagagens. Foto: Arquivo/Noticias Gazeta do Povo<br>
É preciso ficar atento às bagagens. Foto: Arquivo/Noticias Gazeta do Povo<br>
A Receita Federal também isenta do pagamento de imposto quantidades pequenas de um mesmo tipo de produto, para que não haja a suspeita de que possam ter sido trazidos ao Brasil para serem revendidos no Brasil. Conheça os limites, segundo a autoridade fiscal:
– 12 litros para bebidas alcoólicas.
– 10 maços de cigarro com 20 unidades cada.
– 25 charutos ou cigarrilhas.
– 250 gramas de fumo.
– 20 unidades, desde que não haja mais de dez unidades idênticas, de outros tipos de bens, de valor unitário inferior a 10 dólares (5 dólares para via terrestre, fluvial ou lacustre).
– 20 unidades, desde que não haja mais do que três unidades idênticas, de outros tipos de bens de valor unitário superior a 10 dólares (5 dólares para via terrestre, fluvial ou lacustre).
Outras informações sobre isenções, limites e tributações de mercadorias trazidas do exterior estão disponíveis no Guia do Viajante da Receita Federal.
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