Turismo
O que fazer em um dia no porto revitalizado do Rio de Janeiro
O AquaRio é uma das novas atrações do chamado Porto Maravilha. Foto: Reprodução/Facebook
Revitalizada para as Olimpíadas de 2016, a área em torno do primeiro porto do Rio de Janeiro ganhou uma série de atrações turísticas. O Viver Bem montou um roteiro completo de um dia para conhecer essa região que integra de lugares históricos a intervenções contemporâneas.
O passeio começa no AquaRio, o aquário marinho do Rio de Janeiro, com 26 mil m². Ali o público encontra oito mil animais de 350 espécies, inclusive arraias e tubarões. Localizado na Praça Muhammad Ali, o aquário é um ótimo ponto de partida para uma visita à região batizada de “Porto Maravilha” depois de sua revitalização. Os ingressos custam R$ 80 (R$ 40 a meia entrada) para o público em geral e R$ 60 para moradores e pessoas nascidas no Rio de Janeiro. A visita dura, em média, uma hora. Os ingressos podem ser comprados pelo site do aquário.
Ao final do tour no AquaRio, siga pela Avenida Rodrigues Alves. À sua esquerda, uma série de enormes galpões são uma lembrança da época de ouro do café brasileiro. Chamados de “Galpões da Gamboa“, os espaços que somam 18 mil m² também foram restaurados e, hoje, recebem eventos. Em um deles, o Youtube tem um estúdio em que canais com mais de dez mil inscritos podem gravar seus vídeos. O local não é aberto ao público.
Também é na Rodrigues Alves que fica uma série de intervenções artísticas. À direita de quem caminha em direção à Praça Mauá está, por exemplo, o Mural Etnias, do artista paulistano Eduardo Kobra. Pintado para enaltecer os muitos povos que povoam o planeta, o mural foi considerado, em 2016, o maior grafite do mundo. Embora já tenham sido superados pelo próprio Kobra, seus coloridos 3 mil m² continuam impressionando pela riqueza de detalhes e texturas.
Um pouco mais à frente, outro desenho chama a atenção de quem passa por sua sensibilidade. Feita pela artista plástica Rita Wainer, a imagem de uma moça de cabelos escuros encarando o mar é acompanhada da frase “saudade é Amor te sigo esperando“. Não é à toa que a pintura vive sendo cenário das fotos de quem visita esse cantinho do Rio.
Continue o passeio ao longo da Avenida Rodrigues Alves e aprecie os demais trabalhos que fazem dela uma galeria de arte ao ar livre. Há obras de Vik Muniz, Raul Mourão e Luiz Zerbini, por exemplo. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), todo terceiro sábado do mês é realizada ali a Feira do Porto. Se você der a sorte de topar com as barraquinhas de toldo preto e branco, não deixe de apreciar o artesanato e os quitutes vendidos ali.
Seu destino agora é a Praça Mauá, onde estão o Museu de Arte do Rio (MAR) e o inovador Museu do Amanhã. Aproveite para fazer seus registros desse amplo espaço que também é endereço de uma feirinha. A Feira do Amanhã é feita na praça todas as sextas-feiras, sábados e domingos, das 10h às 18h. Almoce em um dos muitos restaurantes que ficam nas proximidades da praça. Há opções de diversos tipos de cozinha por preços variados.
À tarde, visite o Museu do Amanhã, com suas instalações que levam à reflexão sobre nosso papel na construção de um mundo melhor e mais sustentável. Reserve pelo menos duas horas para esse museu, porque as exposições são incríveis e merecem ser apreciadas com calma. Os ingressos custam R$ 20, mas há meia-entrada por R$ 10. Para comprá-los, basta acessar o site do museu. A visita tem hora marcada e mesmo as pessoas com direito à gratuidade devem retirar seus vouchers pela internet. O Museu do Amanhã funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com última entrada às 17h.
Quem gosta de museus pode aproveitar e emendar uma visita ao MAR, que também fica por ali. O acervo é amplo e as exposições temporárias trazem de fotografias a ilustrações. Além do museu em si, há ainda um restaurante, um café e uma loja que vende produtos criativos de design. O valor dos ingressos é o mesmo do Museu do Amanhã, exceto às terças-feiras, quando a visita é gratuita.
Finalize o dia no Cais do Valongo, que fica na Avenida Barão de Tefé, s/n, em uma área conhecida como “Pequena África“. Descoberto em 2011 durante as obras de revitalização do porto, o cais tem uma história dura que merece ser lembrada. Aquele era o principal local de desembarque de escravos trazidos da África ao Brasil. Cerca de 500 mil pessoas passaram por lá a caminho da escravidão.
Construído em 1811 pela Intendência Geral de Polícia da Corte da Cidade do Rio de Janeiro, o cais foi remodelado em 1843 para receber a princesa Teresa Cristina Maria de Bourbon, então noiva do futuro Imperador Dom Pedro II. A partir dessa intervenção passou a ser chamado de Cais da Imperatriz, em um episódio de apagamento de seu histórico de sofrimento. Em 1911 ele foi aterrado e só voltou a ser descoberto um século depois. Em 2016, o Cais do Valongo recebeu o título de Patrimônio Mundial da UNESCO.
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