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Café Brera
Os grãos de café são importados do Panamá, da Costa Rica, de Honduras, da Etiópia e é claro do Brasil.| Foto: Divulgação

"O culto ao café está em voga", explica o empresário gaúcho Carlos Bitencourt que, há quase três anos, inaugurou uma roastery, uma mistura de  bar e torrefação em Brera, no chamado district design (bairro do design) de Milão. Cafezal - isso mesmo, em português, - já virou um ponto de encontro da badalada via Solferino, perfeito para quem gosta de saborear café de primeira qualidade.

A paixão do brasileiro - se assim se pode dizer - pelos grãos é antiga. Desde 2010, ele sonhava em abrir uma cafeteria onde pudesse divulgar o produto e suas especialidades. O sonho tornou-se realidade em 2018. Grãos vindos do Panamá, da Costa Rica, de Honduras, da Etiópia e, é claro do Brasil, fazem parte da rica oferta da cafeteira.

Cafezal um
A roastery Cafezal, um bar/torrefação, foi aberta há 3 anos pelo brasileiros Carlos Bitencourt em Milão | Divulgação

"Vale lembrar que pela terceira vez o café passou a estar em voga. Depois do consumo quotidiano e da globalização do produto, agora é a vez da valorização das chamadas especialidades", explica o gaúcho que quer não só divulgar onde se cultiva o melhor café mas também as famílias que nelas trabalham.

Mas não é só o café o grande protagonista desse empreendimento brasileiro em terras italianas. Cafezal é uma roastery boutique onde a sofisticação e sabores se revelam em apenas 50 m2. O pé direito alto e o uso de uma iluminação indireta exaltam o uso de cores fortes e materiais nobres. O projeto leva a assinatura de um dos mais importantes escritórios de arquitetura de Milão, o Studiopepe, fundado por Arianna Lelli Mami e Chiara De Pinto. "A ideia foi criar um ambiente acolhedor em um espaço pequeno com capacidade para 20 pessoas. O uso do azul esverdeado nas paredes contrasta com o rosa pó de arroz, tonalidade tênue que usamos no mobiliário", explica Chiara De Pinto que desenhou boa parte das peças feitas sob-medida para o local.

Carlos Bitencourt
Mesmo em um mercado competitivo, o empresário gaúcho Carlos Bitencourt não desanimou | Divulgação

A balcão em mármore preto, o revestimento em madeira de algumas das paredes que lembram papel de parede e o uso de luminárias de parede - apliques - em cobre determinam, o que as designers reconhecem como, um estilo urbano pós-moderno. A porta de entrada em vidro revela já um pouco do bom gosto "Made in Italy". Um aconchegante sofá estofado é um convite para uma boa xícara de café. Além do bom café, há também bolos, tortas doces e salgadas, croissants, pão de queijo e até quindim. "As mesas e os pufes, e os apliques em cobre foram desenhados especialmente para a roastery", explica a designer italiana que optou por formas arredondadas e tonalidades suaves para as peças de decoração, além de espelhos para dar profundidade.

Cafezal Design
O projeto do espaço é assinado por um dos mais importantes escritórios de arquitetura de Milão, Studiopepe. | Divulgação

A pedido de Carlos foi integrada uma máquina de torrefação que dá ao cliente a possibilidade de comprar grãos ou café torrado na hora. Com a segunda onda da pandemia na Itália e as restrições do governo, a cafeteria se preparou para oferecer o serviço take-away. O café é servido em copinhos de papel e os salgados e doces entregues em saquinhos. "Acreditamos que o mercado possa lentamente crescer a partir de março e abril mas não creio que voltaremos à normalidade antes de setembro e outubro de 2021. Felizmente temos uma ótima diversificação de produtos e pudemos ainda crescer em 2020, mesmo com as grandes dificuldades deste ano", atesta o empresário gaúcho.

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