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Disputa para o Senado em SP deixa de ser água-com-açúcar: tem ex-marido contra ex-mulher e estrela de TV
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As eleições para o Senado no estado de São Paulo prometem figurar entre as mais disputadas do país. O cenário desenhado até o momento pelas pesquisas aponta favoritismo do vereador Eduardo Suplicy (PT), que foi senador por três mandatos. No entanto, há duas cadeiras em disputa – o que amplia as chances de imprevisibilidade e também cria mais condições para que a corrida ganhe um caráter nacional.

O elemento nacional, em um ano em que se decidem também presidente, governador e deputados, foi mencionado por Suplicy como algo decisivo para explicar sua derrota em 2014, quando perdeu a eleição para José Serra (PSDB). “Houve um verdadeiro tsunami contra o PT no estado”, afirmou Suplicy ao blog A Protagonista nesta segunda-feira (2). E a via federal aparece como um caminho a ser explorado por um pré-candidato de viés ideológico oposto ao do petista – Major Olímpio (PSL).

“No momento em que o Jair Bolsonaro me colocar em campo como candidato dele, um candidato fundamental para a estratégia dele no Senado, eu tenho certeza que esses números mais do que dobram, e eles vão acompanhar no estado de São Paulo a perspectiva de voto do Jair Bolsonaro”, disse Olímpio. Atualmente, Bolsonaro lidera a corrida presidencial em São Paulo, nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é considerado.

As duas cadeiras que estarão em disputa em 2018 pertencem a Marta Suplicy (PMDB) e a Aloysio Nunes (PSDB). A peemedebista, ex-mulher de Eduardo, anunciou que vai concorrer à reeleição. E, para ser bem-sucedida, terá que dialogar com um eleitorado diferente do que cativou em 2010, quando era uma das principais estrelas do PT.

Já o posto de Aloysio Nunes atualmente é ocupado por Airton Sandoval (PMDB). Nunes escolheu ficar até o fim no governo de Michel Temer, onde é ministro das Relações Exteriores, e assim criou uma indefinição quanto ao nome que o PSDB apresentará na disputa. Há três tucanos pré-candidatos: os deputados federais Mara Gabrilli e Ricardo Tripoli e o deputado estadual Cauê Macris. Sandoval ainda não decidiu se irá se colocar como candidato à reeleição, se disputará outro cargo ou se não concorrerá.

Enquanto isso, os políticos de carreira tremem com a entrada na disputa do apresentador José Luiz Datena (DEM). Ele, que nunca concorreu a cargos públicos, apareceu com 23% na última pesquisa divulgada pelo Ibope. Datena promete tratar a segurança pública como prioridade – tema em que fez seu nome como apresentador e que figura entre as principais preocupações dos eleitores.

A corrida para o Senado conta ainda com Mário Covas Neto, filho do ex-governador Mário Covas e que será candidato pelo Podemos. Ele foi um dos principais integrantes do PSDB local e se elegeu vereador de São Paulo pela legenda, mas saiu brigado com o tucanato e ingressou na sigla de Alvaro Dias.

“Estou pronto para debater com os demais adversários, seja o Datena, seja a Marta, os que vierem. E espero que, diferentemente do que em 2014, quando adversários como José Serra e Gilberto Kassab se recusaram a participar de qualquer debate, que dessa vez eles aceitem”, disse Eduardo Suplicy sobre a disputa. Em 2010, a última eleição em que dois senadores foram eleitos, Aloysio Nunes venceu em São Paulo com 11.189.168 votos. Marta Suplicy ocupou a segunda posição, com 8.314.027.

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