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Pandemia, e não pandemônio: o que fazer para proteger os negócios?
| Foto: Freepik

Teremos dias bem complexos pela frente. Acredito que no Brasil serão dois meses de quarentena. Apesar de a China ter controlado a crise 40 dias depois, há mais de duas semanas que na Itália instalou-se o caos - reflexo do coronavírus no país, que ainda não alcançou a fase de desaceleração na curva de infectados. E o pior: lá, a taxa de letalidade está aumentando e já é mais alta que em qualquer outro país afetado. Então acredito que de fato teremos dias difíceis pela frente até conseguir sair da “quarentena” (que não significa 40 dias).

Mesmo que você ainda não acredite na força da propagação e até mesmo na letalidade do vírus, o fato é: já gerou um impacto negativo na sociedade e no mercado, afetando negócios que podem com o agravamento e histeria popular, não conseguir se manter e se sustentar nesse período.

É verdade que não temos condições de parar o vírus, mas a pandemia não pode virar um pandemônio pois, apesar de parte da população ser infectada, sobreviveremos. O que realmente não pode acontecer é toda a população ser infectada ao mesmo tempo: isso geraria pânico e calamidade por não termos estrutura de atendimento em hospitais, por exemplo.

Ou seja, se retrair agora e diminuir a circulação social é tudo que o coronavírus não quer que você faça. Ele precisa que você continue com sua vida normal para conseguir se alastrar. Então como não podemos segurar, podemos pelo menos reprimir a velocidade de propagação desse vírus simplesmente tomando os cuidados necessários e fazendo prevenção já amplamente divulgada pelos especialistas. Cautela! Não espere o governo declarar estado de emergência e calamidade pública, faça já a sua parte agora.

Mas ainda bem que vivemos em um mundo digital onde podemos fazer muita coisa de forma virtual. Agora que precisamos estar mais afastados fisicamente, temos as ferramentas e plataformas para continuar o relacionamento social, convivência e em muitos casos, até tocar os negócios a distância.

O que já é alarmante é a velocidade com que uma mudança macroeconômica acontece, por isso precisamos de senso de urgência e nos preparar, já que fatalmente teremos uma queda na oferta e procura em vários setores, justamente pelo impacto na vida dos nossos clientes. Por isso cautela, precaução e prevenção em relação a nossa saúde sim, mas precisamos da mesma forma nos preocupar com a saúde dos nossos negócios.

Não podemos parar de trabalhar, a economia e o Brasil precisam de nós operando e produzindo. Quarentena é um afastamento social momentâneo e não o fechamento do seu negócio. Para ajudar as empresas, seguem meus 20 alertas, conselhos, dicas e providências sobre negócios para enfrentar a crise do coronavírus:

  • Ser obstinado na redução de custos nesse momento, reavaliação dos orçamentos, exclusão imediata de itens não essenciais.
  • Repensar o planejamento anual para reduzir expectativas.
  • Rever projetos, processos e investimentos.
  • Cancelar e adiar eventos.
  • Postergar ou cancelar fechamento de novos contratos e se possível repactuar os antigos contratos.
  • Reduzir momentaneamente salários dos sócios.
  • Renegociar com fornecedores, compras e prazo de pagamento.
  • Securitizar as dívidas atuais e tentar linhas de crédito mais baratas.
  • Focar os investimentos em Marketing Digital, mas apenas no que gera um ROI positivo e mais interessante neste momento.
  • Analise quais são os seus produtos e serviços que representam o retorno financeiro mais favorável, melhor margem e invista neles, deixando os demais de lado até a situação voltar a melhorar.
  • Focar apenas no essencial e estratégico.
  • Conversar com os seus colaboradores e ser transparente em relação a situação.
  • Não contratar nesse momento e evitar demitir para não gerar outros encargos e questões burocráticas.
  • Promover o trabalho home office do que é possível pelos próximos 15 dias e redistribuir as tarefas. Alertar que isso não é descanso ou férias!
  • Para os negócios que precisa de trabalho presencial, como indústrias, transporte, atacado e varejo, desenvolva uma escala, um plantão e até antecipe férias individuais ou coletivas, se conseguir.
  • Transferir suas reuniões presenciais para reuniões em plataformas virtuais.
  • Evitar expor seus colaboradores a riscos externos.
  • Prorrogar viagens dos líderes e colaboradores.
  • Tenha calma e paciência para agir da maneira prudente e mais assertiva possível. 
  • A crise é um excelente momento para pensar inovação simples, basta olhar para onde todos estão olhando e tentar enxergar o que ninguém está vendo. Fique atento as oportunidades.

Não é que esses conselhos vão resolver a questão, mas podem nos preparar e amenizar um pouco os impactos nos nossos negócios. As pessoas claramente ainda não entenderam que é preciso tomar uma atitude de quarentena. Mas Quarentena não é férias, é um momento de recolhimento e uma ótima oportunidade para pensar, refletir e planejar também. Pense nisso.

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