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Acabamos de concluir a quarta “Enquete do Borges” para a Gazeta do Povo e, mais uma vez, o resultado ajuda a traçar um perfil aproximado do sentimento dos nossos leitores.

A pesquisa não tem caráter científico e serve como um indicador imperfeito e impreciso, mas muito interessante sobre como nosso público está avaliando a conjuntura brasileira e suas perspectivas. Para votar, é preciso passar por algumas etapas que ajudam a diminuir a chance de manipulação dos resultados por robôs.

Na primeira enquete, vimos como nosso público era favorável a maneira como o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta na condução da pandemia, uma abordagem mais técnica e alinhada com as melhores práticas adotadas em praticamente todos os outros países do mundo.

Mandetta acabou sendo alvo de ataques sistemáticos da máquina de destruição de reputações, também conhecida como milícia virtual, ficou isolado e sem apoio do governo e acabou saindo em 16 abril.

A data também marca o início dos expurgos ideológicos que levaram a queda de seu sucesso Nelson Teich, do ministro da justiça Sérgio Moro, e o enquadramento de outros ministros e secretários como Paulo Guedes, Regina Duarte, o fatiamento do ministério do astronauta Marcos Pontes, entre outros movimentos que, junto com a aproximação com o Centrão, mudaram a face do governo em 2020.

Na segunda enquete, perguntamos aos leitores se as expectativas em relação à economia brasileira divulgadas pelo Banco Central eram corretas, otimistas ou pessimistas. O resultado mostrou que nosso leitor é cético e acha que a realidade será pior do que as previsões já terríveis do Banco Central.

Na terceira enquete, nossa dúvida era se o leitor da Gazeta aprovava ou não as manifestações que estavam ocorrendo naqueles dias e qual sua visão sobre o vandalismo e a depredação de patrimônio, se ele colocava a lei e a ordem acima de tudo ou se na manifestação vale tudo. Os participantes da enquete, de forma quase unânime, disseram que a lei e a ordem são inquestionáveis e as manifestações devem estar sempre, sem exceção, dentro dos limites legais.

Agora a quarta enquete teve como tema a pandemia do novo coronavírus e quis saber se nossos leitores concordavam ou não com o relaxamento das regras de isolamento social.

Vamos ao resultado:

  • 40% acreditam que ainda não é hora de relaxar
  • 35% acham que podemos retomar aos poucos
  • 25% querem a volta imediata

Em resumo, de cada quatro participantes da enquete, três querem cautela na volta, ou não voltando ainda a atividade normal ou voltando aos poucos. Apenas 1 deles, ou 25%, querem voltar ao normal já, sem qualquer restrição.

O resultado é importante, mas mais ainda quando se vê as quatro enquetes em conjunto. O leitor da Gazeta aprovava Mandetta e Teich, está pessimista com a economia, quer lei e ordem nas ruas e não compra a retórica da bancada do vírus que quer todo mundo na rua indiscriminadamente.

O resultado pode espantar você, já que a minoria barulhenta que hoje emporcalha as redes sociais e o debate pensa o oposto de tudo isso, mas a maioria silenciosa, quando consultada da maneira apropriada, se mostra prudente, ordeira e respeitando a ciência e sem cair em proselitismo e patriotadas.

Esse é o recado mais importante destas enquetes até o momento, uma mensagem totalmente em linha com o espírito conservador e cético: não confunda os barulhentos com a maioria, até porque se fossem a maioria não precisariam gritar.

Nossos leitores sabem separar o joio do trigo e estão alinhados com a boa política e não com os bordões baratos de todos os lados. Essa é a mensagem clara, só não ouve quem não quer.

Conteúdo editado por:Rodrigo Fernandes
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