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Aborto: querem mesmo ouvir as mulheres?
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Poucas coisas são tão previsíveis quanto a instrumentalização de qualquer pauta social pela extrema-esquerda das redações em tempos de pós-verdade. O embuste da semana é sobre o aborto.

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados, analisando proposta sobre extensão de licença-maternidade para mães de bebês prematuros, incluiu o direito à vida “desde a concepção” na lei. A alteração proibiria também o aborto em qualquer hipótese. A bancada infanticida no parlamento e nas redações já pegou em armas e a primeira vítima, claro, é a verdade.

Independente da sua opinião ou da minha sobre o assunto, o debate não é uma guerra dos sexos, uma questão em que “as mulheres precisam ser mais ouvidas” como disse um âncora de telejornal hoje pela manhã. Há uma clara e proposital confusão entre a opinião de agentes da causa abortista, muitos deles patrocinados por ONGs internacionais e lobistas da bilionária indústria da “interrupção da gravidez”, e as mulheres brasileiras que, sempre que consultadas, deixam claro serem contra a descriminalização do aborto. Será que a militância quer mesmo ouvir as mulheres?

Independente da sua opinião ou da minha no assunto, o debate não é uma guerra dos sexos

A voz mais estridente contra a alteração da lei no parlamento é a do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), um dos mais conhecidos membros do “partido da imprensa” e que pediu vista do processo. Ele é o autor de um projeto de lei (PL 882/2015) que legaliza o aborto em qualquer circunstância até a décima segunda semana de gestação e depois em diversos casos como “violência sexual sem necessidade de comprovação de boletim de ocorrência”, o que, na prática, é a liberação do aborto.

Aos fatos: em toda pesquisa realizada nas últimas décadas, aproximadamente 65% dos brasileiros, dois em cada três, dizem ser contra a descriminalização do aborto. As mulheres costumam ser ainda mais contrárias à interrupção indiscriminada da gravidez.

Numa pesquisa Datafolha do ano passado, durante a epidemia de Zika, 58% dos brasileiros se disseram contra o aborto mesmo com risco de microcefalia do bebê. A rejeição ao aborto sobe para 61% entre mulheres contra 53% dos homens. É portanto mentira que o aborto divida mulheres e homens com as primeiras à favor e os últimos contra. Como o jornalismo há tempos não se interessa pela verdade, dificilmente vão lembrar você disso.

Repito: independente da sua opinião sobre o tema, que pode e deve ser debatido aberta e democraticamente pela sociedade sempre que for necessário, é preciso deixar claro que a defesa do aborto não é uma bandeira das mulheres mas de certo ativismo de extrema-esquerda que conta com algumas defensoras da causa infanticida, uma indústria bilionária e que não economiza na contratação de lobistas.

A indústria do aborto ganhou força ao longo do século passado por conta da Planned Parenthood, uma mega corporação abortista americana fundada por Margaret Sanger (1879-1966), uma ativista de esquerda eugenista e racista ligada à famigerada Ku Klux Klan. O objeto era espalhar clínicas em bairros pobres para diminuir o nascimento de negros.

Se querem mesmo ouvir as mulheres, lembrem que elas são constantemente consultadas e suas opiniões, como quase todas as outras, não são as mesmas das elites urbanas cada vez mais distantes do senso comum e do pensamento da população que fingem representar.

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