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(Brasília – DF, 28/05/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante café da manhã com Dias Toffoli, Presidente do Supremo Tribunal Federal; Davi Alcolumbre, Presidente do Senado Federal; Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados; Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Paulo Guedes, Ministro de Estado da Economia, e Augusto Heleno, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.nFoto: Marcos Corrêa/PR
Toffoli, Maia, Bolsonaro e Alcolumbre: pacto por retomada do crescimento.| Foto: Marcos Corrêa/PR

Os analistas diziam que as manifestações de domingo iriam criar atrito no Congresso, mas criaram exatamente o oposto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com um espírito político e democrático parece que foi alertado pelas críticas.

O próprio DEM - que é o partido dele - está deixando bem claro que não faz parte daquele Centrão fisiológico. Afinal, as mudanças que o governo está propondo são mudanças que se alinham com os princípios do DEM: a reforma Tributária, abertura econômica, liberalidade para a economia, facilidade, desburocratização e equilíbrio das contas públicas com a reforma da Previdência. O DEM já se manifestou sobre isso sob a liderança de ACM Neto, prefeito de Salvador.

Na quarta-feira (29), teve mais um encontro de Rodrigo Maia e Bolsonaro. O presidente estava no Palácio do Planalto recebendo o partido Novo para o café da manhã - um partido de gente que traz novidade na política e de boas cabeças. Lá pelas tantas disseram que haveria, no plenário da Câmara, uma homenagem ao artista e humorista Carlos Alberto da Nóbrega, e Bolsonaro foi com eles a pé do Palácio do Planalto para a Câmara.

Enquanto isso o presidente da República, por uma questão de cortesia e uma espécie de prioridade, avisou diretamente o presidente da Câmara que estava indo para a Câmara. Rodrigo Maia estava em casa, ele se arrumou e foi correndo para lá.

Os dois sentaram na Mesa Diretora do plenário, e assistiram à homenagem. E à tarde o Carlos Alberto da Nóbrega apareceu no Palácio do Planalto: surgiu no momento em que o presidente Bolsonaro recebia um grupo de senhoras e fez uma declaração de amor ao Bolsonaro.

Foi um dia importante porque depois o presidente recebeu ainda o PSL - que é o partido dele -, recebeu o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - o novo presidente da CNBB, Dom Walmor de Oliveira de Azevedo, que foi se apresentar para o presidente da República.

Parece que foi lubrificada a engrenagem do governo no trato com a política. O governo está deixando bem claro que não vai ceder a troca-troca e nem a fisiologismo. Mas sim a cortesia e a gestos de boa vontade, a troca de ideias, a conversação, a negociação de objetivos.

Isso pelo país e não para deixar o poder mais poderoso, ou fazer a popularidade do presidente, ou os políticos receberem algum favor. E parece que os políticos também estão entendendo essas mudanças.

Banco Central

Em outro encontro, o presidente da Câmara se reuniu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - que tem ideias liberais e falou sobre a necessidade dessas reformas, sobre a liberdade econômica e a reforma tributária, comentando a importância de elas passarem com mais rapidez no Congresso.

Ele explicou uma ideia de abertura cambial de modo que o brasileiro possa ter uma empresa brasileira de exportação, comércio e importação e ter conta em real no exterior - e vice-versa, com conta em dólar no Brasil - para facilitar o comércio internacional, que é hoje a riqueza das nações e está muito em função desse comércio internacional.

Por falar em riqueza...

Um setor que é responsável pela nossa balança comercial nesses últimos anos de recessão, o setor Agropecuário seria beneficiado com a Medida Provisória aprovada na Câmara dando mais prazo para regularizar o cadastro ambiental. Lá também entrou um jabuti facilitando a anistia para crimes ambientais. Porém, depois, o Senado decidiu que vai deixar a medida caducar. Foi um dia bem movimentado entre os dois poderes.

Mas o interessante é o que o noticiário parece que deu destaque aos juízes da Ajufe (Associação de Juízes Federais) que discordam de um pacto pelas reformas. Aí eu fico pensando: “Já discordou do teto constitucional e agora vão discordar da reforma da Previdência?”. Certamente é porque a reforma não vai incorporar o além-teto. São essas questões que vem à tona quando aparecem essas manifestações.

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