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Carteira de trabalho. Emprego formal. INSS.
Carteira de trabalho. Emprego formal. INSS.| Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Com o choque da pandemia - que mandou as pessoas para casa e as tirou dos shoppings e restaurantes; que fez fechar as lojas e fábricas; que semeou pânico que, no início, paralisou até pensamento -, o noticiário diz que, segundo o IBGE, o Brasil está com quase 14 milhões de desempregados. Ora, esse número perde para o desemprego de Dilma, que não precisou de pandemia para paralisar pensamento.

Em 2017, dados do IBGE mostraram, ao final do 1º trimestre, 14,2 milhões de desempregados. Um atraso que tirou 7% do PIB em dois anos, maior que o feito do coronavírus. Em maio daquele ano ela foi afastada e a recuperação do emprego e retomada da economia já se reiniciava, pois o brasileiro é resiliente.

O samba de Paulo Vanzolini poderia fazer parte dos hinos brasileiros “Levanta, sacode a poeira, dá volta por cima”. A frase diz tudo. A letra começa com “Chorei.” Todos choramos nossos mortos, nossas perdas econômicas, nossos empregos. Mas ao cabo da provação, não houve o caos, nem mesmo entre os de pouca renda e nenhum emprego. Não houve desordem. O governo ajudou, com o coronavaucher, mas o brasileiro é que sacudiu a poeira do vírus.

Numa paralisação que ainda é cedo para descobrir se foi certa ou errada, fecharam-se 357 mil empresas entre abril e agosto, mas só em julho, mês em que houve a virada da curva de mortes, foram criadas cerca de 300 mil empresas, a maioria micro e pequenas.

Brasileiros que perderam seus empregos na fábrica, no restaurante, atrás dos balcões, se tornaram empreendedores, em atividades por conta própria. Antes de abril, o Brasil tinha 18 milhões 297 mil empresas; no fim de agosto, eram 19 milhões 289 mil. A iniciativa, a coragem, criaram 1 milhão de novos empreendimentos.

O agro não parou; brasileiros passaram a trabalhar em casa; o governo continuou inaugurando obras; os médicos brasileiros descobriram a forma de bloquear o inimigo aos primeiros sintomas; as escolas perceberam que o futuro seria derrotado se não reagissem ao medo; os que tentaram oprimir as liberdades acabaram cedendo à cultura nacional, que tem no Hino da Independência a estrofe  “os grilhões que nos forjava a perfídia astuto ardil/ houve mão mais poderosa, zombou deles o Brasil”.

Por isso, levantamo-nos, sacudimos a poeira e damos volta por cima. O espírito nacional é mais forte que o astuto ardil.

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