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Alcolumbre
Presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, anunciou que fará a sabatina de André Mendonça na semana que vem, após quatro meses de indefinição.| Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O presidente de Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que semana que vem será feita a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente da República para ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele não marcou ainda o dia.

Pois Alcolumbre não fez mais do que sua obrigação, porque ele é mandatário, não mandante. Ele é um homem público e o serviço público, de acordo com a Constituição, deve se caracterizar pela impessoalidade. O Senado tem o dever de sabatinar e votar o indicado de Bolsonaro. Não ao gosto do presidente do Senado ou da CCJ que se faz a sabatina. É obrigação! Quem escolhe é o presidente da República, quem sabatina e aprova ou não, é o plenário do Senado.

E é bom a gente lembrar que tem um poder, o Judiciário, esperando. Tem julgamento que está parado, empatado em 5 a 5, aguardando o desempate que será feito pelo novo ministro, que vai chegar lá e dar o voto minerva. E não é só o Supremo que está prejudicado. O Conselho Nacional de Justiça também está sem conselheiros, porque não se marcou a sabatina de quem estava na frente e os outros estão na fila esperando.

Então, Alcolumbre tem que se explicar aos eleitores do estado que ele representa, o Amapá, e explicar para todos os brasileiros, eleitores, contribuintes, cidadãos, por que demorou quatro meses para marcar a sabatina de Mendonça?

Mérito legislativo a Bolsonaro

O presidente da República foi à Câmara dos Deputados para ser homenageado. Jair Bolsonaro recebeu a medalha do mérito legislativo, que é a mais alta distinção do Legislativo aos que trabalham por esse poder.

Bolsonaro fez parte da Câmara dos Deputados por sete mandatos. Eleito e reeleito sucessivamente depois de ter sido vereador no Rio de Janeiro. Então ele tem uma vida legislativa de quase 30 anos.

E como presidente da República até agora, derrubando as narrativas, tem sido um estrito cumpridor da norma constitucional, da independência e harmonia entre poderes, em relação ao Judiciário e ao Legislativo. Nunca procurou interferir em trabalhos da Câmara e do Senado. Talvez por isso tenha sido homenageado.

PSDB está se fragmentando

Agora as coisas vão muito mal para o PSDB. Depois do fiasco das prévias de domingo (21), o fiasco aumenta. Buscaram uma outra empresa para fazer a eleição, fizeram testes e de novo não deu certo. E apenas com 44,7 mil cadastrados aptos a votar.

Esses dias eu lembrei da votação na Aprosoja, associação dos produtores de soja do Brasil, que devem ser milhões. Eles fazem eleição digital e com voto impresso, auditável. Por que os tucanos, que já tentaram fazer auditagem da eleição de Dilma em 2014, que venceu Aécio Neves, passaram um tempo enorme para chegar à conclusão que o processo não é auditável.

Agora um filiado, que é advogado da juventude tucana, se queixou para o Tribunal Superior Eleitoral. E o TSE deu um prazo para os tucanos explicarem o inexplicável. E enquanto isso eles vão se desgastando não apenas perante o público externo, os eleitores, mas também lá dentro.

Um dos candidatos, Arthur Virgílio, disse que sobe de joelhos as escadarias da Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, se Aécio sair do partido. Enquanto isso, dizem que Eduardo Leite, que não vê com bons olhos tudo que está acontecendo, já está conversando com Gilberto Kassab, que é do PSD, caso seja derrotado nas prévias.

E o veterano senador Tasso Jereissati, excelente observador que é, disse o óbvio: que o partido está se fragmentando. E aí não vai ser nem terceira via.

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