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Comércio fechado por causa do lockdown.
Comércio fechado por causa do lockdown.| Foto: Lineu Filho /Tribuna do Paraná

É cada vez mais ouvido e escrito o termo crise institucional. A proximidade da pandemia com a eleição do ano que vem tem a ver com isso. Ciro Gomes revelou o objetivo político: “Todos nós estamos tratando de destruir o Bolsonaro, senão ele fica aí oito anos e acaba de destruir o país”. No entanto, esqueceram de avisar o vírus. O corona, que traz sofrimento e leva vidas, está atrapalhando os planos revelados por Ciro Gomes.

Nesta segunda onda, governadores repetiram com mais rigidez medidas do ano passado, sem usar o que a Medicina aprendeu em um ano de experiência, para evitar lotação dos hospitais. Veio a reação dos prejudicados com os fechamentos. Trabalhadores, empresários e prefeitos estão reclamando de governadores. Prefeitos reclamam da invasão de sua autonomia, empresários reclamam de prefeitos e governadores do desrespeito a cláusulas pétreas da Constituição e o povo que vai ficando mais pobre reclama dos que põem a polícia para tolher o direito de trabalhar.

Os governadores voltaram a aplicar as medidas do ano passado, esperando resultados diferentes. Mas cada vez mais prefeitos que entraram em janeiro, e vieram com outras ideias, atacam a Covid aos primeiros sintomas e reagem ao fechamento da atividade. Ruim para muitos governadores, pior para presidenciáveis como João Doria e o gaúcho Eduardo Leite. As candidaturas se diluem em seus estados. E os negacionistas das descobertas médicas, que querem todos paralisados, se distanciam do povo e das urnas.

A ainda tem o Supremo, cada vez mais atrapalhado com a Constituição. Fachin anula condenações de Lula, Moraes prende um jornalista e um deputado, suspende uma lei para proibir uma ferrovia estratégica e vira alvo quinta-feira, quando o senador Kajuru e o jornalista Caio Coppola entregam 3 milhões de assinaturas para o Senado abrir processo de impeachment contra ele. O alvo relatado por Ciro é o presidente, mas estão atirando com a cegueira da emoção e acertam no povo, que é privado da renda e não é tratado a tempo na Covid. Hoje, com as redes sociais, está difícil criar narrativas para evitar o troco na urna do ano que vem.

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