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Carreatas pelo Brasil pedem a reabertura do comércio e o fim do relaxamento social.
Carreatas pelo Brasil pedem a reabertura do comércio e o fim do relaxamento social.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Nota da Secretaria de Segurança do Ceará diz que foram enquadradas no Código Penal 25 pessoas que estavam se manifestando em uma carreata em Fortaleza. Outras 27 foram conduzidas a delegacias para se justificar.

Algumas foram enquadradas no artigo 268, que é infringir determinação do poder público destinada a impedir disseminação de doença contagiosa. Dá um ano e meio de prisão. Mas as pessoas estavam dentro de um automóvel, que é uma bolha. É uma coisa incrível isso.

A primeira forma de a pessoa se contaminar é no momento em que o policial mandou ela abrir o vidro para tirar a bandeira nacional.O segundo ponto de contaminação é levar alguém para uma delegacia para prestar depoimento e enquadrar.

Tem um decreto do governador que estabelece para Fortaleza uma restrição para circulação de veículos particulares. Eu não sei como um sujeito dentro de um automóvel vai contaminar outra pessoa que está em outro automóvel ou quem está na rua, na faixa de pedestre ou na calçada.

É um exagero. Estão afrontando direitos e liberdades que estão previstos na Constituição. Nenhuma legislação menor pode contrariar a carta magna.

E ainda estão investigando para descobrir quem planejou e financiou a carreata — deve ter sido os bancos, que financiaram a compra dos carros. E outra: estão espionando as pessoas agora para saber se vão fazer carreata e pedindo para a população denunciar. Nada mais perfeito num regime regime totalitário tudo isso que a gente está vendo.

Eu falei com o ex-diretor do Detran de Brasília e ele disse que não encontrou nada na legislação de trânsito que obrigue o motorista a tirar a bandeira nacional da parte lateral do carro.

Reunião histórica

Uma reunião histórica reuniu o presidente da República, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, os ministros de estado e os governadores por teleconferência. Foi um momento de união, que era necessária desde o início.

É uma irresponsabilidade o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro ficarem trocando farpas. Eu cheguei a sugerir que erguessem bandeira branca. Aliás, Doria disse, na reunião, que eles precisam ficar em paz e o presidente respondeu na mesma moeda.

Bolsonaro vai sancionar a lei de auxílio aos estados e municípios. O encontro demorou um pouco porque eles ficaram costurando um acordo com todos os envolvidos, para que ficasse claro que todos os salários serão congelados menos os da saúde e o da segurança.

Tinham incluído outras áreas e a economia que era para ser de R$ 120 bilhões seria de só R$ 43 bilhões e aí não dá. Todos que estavam na reunião devem ter ficado felizes com o acordo — mesmo sendo complicado ficar feliz durante uma crise.

O mito cloroquina

A minha irmã, quando viu imagens do presidente mostrando uma caixa de hidroxicloroquina, contou que já tomou esse remédio por um ano porque o reumatologista dela receitou. Ela disse que nunca aconteceu nada com ela.

Além disso, minha irmã disse que nunca precisou de receita para o medicamento e que nunca precisou fazer nenhum teste para nada. Ela questionou o porquê de estarem fazendo tanto barulho agora.

O Ministério da Saúde só tem 1,46 milhão comprimidos, é pouco. O Reino Unido, por exemplo, está comprando 11 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina nesta sexta-feira (22).

Taxa de mortalidade

Os jornais contam que o Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo, em números absolutos, com mais casos confirmados de coronavírus no mundo. Mas a melhor comparação é a taxa de mortalidade, proporcional ao tamanho da população. Nesse ponto, o Brasil está em 22º lugar, com 90 óbitos a cada 1 milhão de habitantes.

A Suécia, que não está em isolamento social, tem 384 mortes por milhão por Covid-19. Está melhor que países que fecharam a economia como Espanha, Itália, Reino Unido, França e Bélgica. Esses países têm agora duas crises, a Suécia só tem a crise da saúde.

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