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Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, recorreu ao STF para exigir que a CPI agende o seu depoimento.
Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, recorreu ao STF para exigir que a CPI agende o seu depoimento.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal mandou abrir a CPI da Covid, estabeleceu quem pode e quem não pode ir, definiu quem tem direito a ficar quieto na comissão e até quem pode levar advogado.

Agora, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), pediu ao STF que seja chamado para depor na CPI. Ele quer ir à comissão tentar entender por que seu nome foi envolvido nessa “conspiração” — como dizem os irmãos Miranda — sobre a vacina indiana Covaxin.

Barros diz que não tem nada a ver com isso. Tanto que a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia, que depôs nesta terça-feira (6) na CPI, disse que nunca teve contato com o deputado, contrariando o que disseram os irmãos Miranda, e que nunca Ricardo Barros influenciou na pasta depois que deixou de ser ministro da Saúde no governo Temer.

O ministro do STF Ricardo Lewandowski deu cinco dias de prazo para a CPI explicar por que o depoimento de Ricardo Barros que estava marcado para quinta-feira (8) foi adiado e uma nova data não foi marcada. Barros está doido para falar aos senadores porque ficou no ar uma ilação, uma calúnia ou uma informação, que não tem a outra parte, não tem o outro lado. É um princípio básico da defesa o direito de resposta. Estão tirando, do deputado, o direito dele ir à CPI. Enfim, a comissão terá de se explicar com o ministro Lewandowski agora.

Miranda precisa se explicar

O senadores fizeram mil perguntas à servidora Regina Célia na CPI e ela respondeu a todas. Ela negou irregularidades na assinatura da liberação de compra da vacina Covaxin. Agora está na hora de o deputado Luís Miranda (DEM-DF) voltar à CPI para explicar aspectos do depoimento dele que estão inexplicados.

Doenças cardiovasculares matam muito

Peguei os dados de mortes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e me surpreendi. Porque as doenças cardiovasculares, segundo a OMS, matam no mundo por ano quase 18 milhões de pessoas. E a Covid-19, nesses últimos 18 meses, matou pouco mais de 4 milhões.

Aí fico me perguntando por que os governos não fazem campanha para resolver essa matança por doenças cardiovasculares, que basicamente a gente sabe o que causa? É a má alimentação e o sedentarismo. São coisas fáceis de se corrigir a fim de reduzir esse número imenso de mortes.

As doenças cardiovasculares são a primeira causa morte do mundo e, em geral, ficam meio esquecidas na minha opinião até que a pessoa sofra um AVC ou um infarto.

André Mendonça no STF

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o substituto de Marco Aurélio Mello no STF será o ministro-chefe da AGU, André Mendonça — se o Senado aceitar. Os senadores irão submetê-lo a uma longa sabatina e depois acontece a votação.

André Mendonça é de Santos, tem 48 anos, é pastor presbiteriano e formado em Direito com pós-graduação na Universidade de Salamanca, na Espanha. Já trabalhou na Advocacia-Geral da União sob o comando de Dias Toffoli, atual ministro do Supremo.

Começou o governo Bolsonaro como ministro da AGU, depois foi ministro da Justiça e Segurança Pública e, por fim, voltou à AGU. Mendonça se enquadra no perfil "terrivelmente evangélico" que Bolsonaro falou anteriormente, mas também tem farta cultura jurídica.

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