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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista coletiva sobre o novo coronavírus.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista coletiva sobre o novo coronavírus.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Bolsonaro deu a palavra final sobre as manifestações a favor dele no domingo. Os organizadores e aqueles que convocaram os atos estavam esperando uma palavra do presidente por causa do coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam evitar aglomerações. Certamente os de mais idade não iriam, o que podia enfraquecer a manifestação, e poderiam dizer que Bolsonaro perdeu apoio.

Certamente na segunda-feira haveria mais casos de coronavírus do que no sábado. Os especialistas dizem que está aumentando o contágio em uma razão geométrica. Poderiam responsabilizar os organizadores por esse aumento.

É melhor adiar e, com isso, a manifestação terá tempo para vir com mais força, mais energia. Bolsonaro foi muito sensato ao sugerir o cancelamento. Embora ele não tenha convocado e nem organizado o ato, ele estava feliz com esse apoio.

Aqui em Brasília saiu um decreto do governador Ibaneis praticamente proibindo a manifestação, que talvez fosse a maior do país porque há espaço para isso. O governador disse que não haveria policiamento, bombeiro e nem ambulância.

No mesmo decreto foram suspensas aulas e eventos. Eu ia fazer uma palestra para a Ouvidoria do Distrito Federal, mas ela foi cancelada. Outra medida foi que as pessoas precisam manter uma distância sanitária de dois metros umas das outras em restaurantes.

Tem bistrôs e barzinho daqui que terão que se desfazer de muitas mesas por não terem espaço suficiente para fazer a separação entre as mesas. Essa resolução parece medida de hipocondríaco.

Essa histeria em torno da doença está parecendo muito hipocondríaca. O vírus é altamente contagioso sim, mas não tem a letalidade da gripe comum. A China pode provar isso, o país tem 1,4 bilhão de habitantes, registrou pouco mais de 3 mil mortes e já está baixando o contágio, já está praticamente sob controle.

Se o decreto do governador Ibaneis fosse coerente, teriam que proibir mais de uma pessoa em elevador, nos ônibus, no táxi, no avião e no metrô. A medida foi exagerada. Agora por que o exagero? Os governantes têm medo de que o sistema de saúde não dê conta de tantos doentes.

O próprio presidente Bolsonaro está sob vigilância porque o secretário de imprensa, Fábio Wajngarten, que está com a covid-19, viajou com ele para os Estados Unidos e eles estavam no mesmo avião na volta ao Brasil. Além do presidente e de Wajngarten, ministros de Estado e a primeira-dama Michelle Bolsonaro estavam no voo.

O secretário é o terceiro caso confirmado de coronavírus no Distrito Federal. Mesmo assim ele está trabalhando de casa. Para uma pessoa da idade dele, a doença é mais forte do que uma gripe comum porque a tosse fica mais seca, com coriza e talvez com febre.

China nadando de braçada

Já a China está desfrutando da oportunidade de comprar todos os produtos mais baratos, desde o petróleo – que o país compra muito – até o nosso minério de ferro e outras commodities, alimentos e ações dos apavorados investidores ocidentais cujos preços estão baixos.

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