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Em tempos duros vale tudo. Inclusive governadores pedirem esmola como colonizados
| Foto: Marcos Tavares/Thapcom

Você deve detestar a corrupção porque ela tira o dinheiro dos seus impostos, pagos direto ou indiretamente, e em vez de eles serem usados para educação, saúde, segurança pública ou infraestrutura, eles vão para o bolso de políticos ou para o cofre de partidos. Pois, contrariando você – a menos que você goste de ser tapeado – 175 deputados assinaram um pedido de CPI para constranger o grupo da Lava Jato, que está investigando os corruptos.

Esses 175 deputados são do PT, do PSOL, do PCdoB, a maior parte do PDT e de outros partidos. Eles vão pedir ao presidente da Câmara uma CPI para constranger as investigações do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça.

Eles não estão gostando das investigações, inclusive, porque alguns podem ser investigados futuramente. Não adiantaram as investigações dos casos dos Anões do Orçamento, nem do Mensalão. Mas a Lava Jato está funcionando.

Na Itália foi assim com a Operação Mãos Limpas. Alguns políticos contrariados com seus interesses atingidos tentaram boicotar a operação. Isso é o que estão tentando fazer agora aqui no Brasil, por mais incrível que possa parecer.

Um registro de esmola

Os governadores da região da Amazônia legal - Amapá, Roraima, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia e Acre - vieram a Brasília para conversar com os embaixadores representantes do Reino Unido, da Noruega e da Alemanha. A reunião foi justamente na embaixada da Noruega, país daquela empresa Hydro, que tanto poluiu a Amazônia.

Eles pediram para que os países continuem dando esmola para defesa da Amazônia. Em tempos duros e de falta de verbas está valendo tudo, inclusive vir com o pires na mão em uma atitude de colonizados. Uma pena a gente ver isso.

Novo PGR

Eu vi uma declaração do novo – já que ele vai ser aprovado no Senado certamente – procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele disse que o presidente não vai poder mandar ou desmandar na PGR - como se o presidente alguma vez tivesse mandado ou desmandado na senhora Raquel Dodge...

Não sei de onde saiu a declaração, mas achei uma declaração óbvia. Mas isso cria um factoide que de o presidente quer interferir. Isso é igual uma manchete que um jornal deu depois de entrevistar o vice-presidente General Hamilton Mourão – que está em exercício na presidência – dizendo que não há saída fora da democracia. Isso é o óbvio.

Criaram um factoide de que a democracia estaria em perigo - e isso vira manchete. O que é um horror. As pessoas inventam uma versão, passam a acreditar naquela versão e depois quando aparece o óbvio elas acham que é notícia e dão destaque para o óbvio.

Para finalizar...

Eu queria registrar mais uma vez o grande desempenho da lavoura brasileira. Quando eu cheguei a Brasília, em 1976, a produção agrícola era de 40 milhões de toneladas de grãos. Agora são 240 milhões. Multiplicou-se seis vezes.

Só na última safra o milho cresceu 22%, a produção cresceu 6,5% e a área plantada apenas 2%. Isso quer dizer que a produtividade está crescendo ainda mais. Graças a uma milagrosa empresa estatal brasileira de pesquisa e desenvolvimento da agropecuária: a Embrapa.

Essa estatal é um modelo e foi um marco. Ela foi criada no governo Geisel e do ministro Alisson Paulinelli e fez a diferença para a agricultura brasileira. Tanto que o Brasil é alvo de interesses estrangeiros que tentam conter o crescimento da agricultura do país por causa da concorrência.

O Brasil que nunca era grande concorrente de ninguém passou a ser. Agora estão preocupados com isso. Todos esses movimentos a favor da Amazônia, que inventam grandes incêndios em uma mata que não pega fogo porque é úmida. É bom que a gente fique atento a todos esses movimentos em um momento em que o país cresce e se torna concorrente do grande mercado internacional.

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