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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.| Foto: Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo

Pois é, os parlamentares não aguentaram a pressão e acabaram ficando com R$ 2 bilhões de fundo eleitoral. Queriam R$ 3,8 bilhões dos nossos impostos. Mesmo assim, o governo vai ter que tomar emprestado no mercado R$ 1,3 bilhão para não tirar dinheiro da saúde, da educação ou da segurança.

É uma alienação dos nossos políticos. Será que eles não sabem que em outubro do ano passado foi eleito um Presidente da República com R$ 2,5 milhões? Sem marqueteiro, sem campanha publicitária, só usando a rede social, que é grátis? Acho que não sabem disso, ou querem usar esse dinheiro sei lá para que.

MP do Coaf e operação contra Flávio Bolsonaro

E foi aprovada no Senado, conforme eu tinha previsto aqui –na última hora, graças ao empenho do presidente do Senado – a Medida Provisória que já estava vencendo (hoje já estaria vencida), criando a Unidade de Inteligência Financeira no Banco Central, substituindo o Coaf.

Foi o Coaf que descobriu movimentações fora de rotina na conta do assessor do então deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, o Fabrício Queiroz. Ontem de manhã a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa de Fabrício Queiroz, de Flávio Bolsonaro, de seus assessores, e da segunda mulher de Jair Bolsonaro – que não é a mãe de Flávio –, em Resende (RJ).

A ação está relacionada à apuração de uma movimentação atípica, que deu R$ 1,2 milhão em um ano. Pode ser pouco perto do dinheiro que o Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, disse que ia devolver: R$ 380 milhões. Só para ter noção de quanto é esse dinheiro, isso é o total que a União Europeia conseguiu de crédito para que não quebrasse uma empresa aérea tradicional alemã. Imagina só.

A corrupção institucionalizada do PT e do PMDB

E é bom lembrar que Renan Calheiros, que se livrou da nona das oito investigações a que responde, se tornou réu pela primeira vez na Lava Jato no início de dezembro. Por ganhar propina, segundo a acusação, para manter o Sérgio Machado na presidência da Transpetro, uma subsidiária da Petrobras. O PT e o PMDB unidos naquela grande corrupção generalizada, institucionalizada dos últimos tempos.

Por exemplo, agora, o Ministério Público Federal, em Brasília, está dizendo que o governador do PT, Agnelo Queiroz, e o vice do PMDB, Tadeu Filippelli, fizeram desvios na obra do estádio Mané Garrincha, para a Copa. Eles estão sendo acusados de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Em Pernambuco, a Arena das Dunas deu quase R$ 90 milhões. Em toda a parte tem isso.

Já que estamos falando em Pernambuco, é bom lembrar que na Paraíba também estão atrás do atual governador e do anterior, do Partido Socialista Brasileiro. Ele está na Europa, mas com mandado de prisão preventiva. A polícia também está atrás de secretárias dele e três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Uma vergonha. O Partido Socialista diz que confia na inocência de seus filiados.

Médicos pelo Brasil virou lei

Por fim, um registro de que foi sancionada e virou lei, portanto, a Medida Provisória que criou o Médicos pelo Brasil. Dezoito mil médicos ganhando a partir de R$ 12 mil, com acréscimo de R$ 3 mil se for em localidade remota, e de R$ 6 mil se for em território indígena ou na beira de rio.

E a gente fica sabendo que ainda há dois mil médicos cubanos por aqui. A ditadura cubana chamou de volta os do Mais Médicos, antes de Bolsonaro assumir, porque sabia que ia ter problema.

Esses dois mil que ficaram aqui podem fazer o Revalida. Só que foi vetado na sanção de ontem que o Revalida seja feito por faculdades particulares. Tem que fazer em faculdades de Medicina federais, que são mais confiáveis – porque, afinal, faculdades de Medicina proliferaram no país nesses últimos anos, e aí dão uma certa incerteza para a gente sobre o que elas estão produzindo.

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