Liberar o plantio da maconha é um erro tremendo

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O relator da Lava Jato, Ministro Fachin, autorizou o procurador geral da República a retomar o inquérito envolvendo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o pai dele, o vereador do Rio de Janeiro, César Maia (que já foi prefeito do Rio de Janeiro), por recebimento de R$ 1,8 milhão da Odebrecht.

Rodrigo Maia está supostamente naquela lista da Odebrecht sob o pseudônimo de Botafogo. Esse inquérito já estava nas mãos de Raquel Dodge (tinha outro da OAS, que a Raquel Dodge mandou arquivar), mas esse ficou para Augusto Aras decidir se continuaria.

Em maio, o ministro Fachin cobrou de Aras uma decisão. Então Aras pediu a Fachin autorização para continuar, e o ministro, agora, autorizou. Retoma-se, então, o inquérito da Lava Jato com o presidente da Câmara.

Homenagem aos mortos

Hoje é Dia de Finados e eu gostaria de homenagear todos os mortos do dia 16 de março para cá. Porque em 16 de março começou-se a contar os mortos da Covid-19 e eu vejo que a maioria da mídia só faz homenagem para quem morreu de Covid-19. Que não são a maioria, são a minoria.

Estranho, porque a morte nos iguala a todos, por que essa diferença? E vamos morrer todos, já que até o 007 morreu, o Sean Connery.

Então gostaria de homenagear todos os 862.640 brasileiros que morreram de 16 de março até ontem, e não apenas os 151.386 de Covid-19 que é o número oficial que está nos cartórios, no registro de óbitos do site de transparência do registro civil. Só de pneumonia e insuficiência respiratória morreram 182.611 brasileiros. De outras causas 528.643 brasileiros. Só para lembrar, de Covid, cerca de 151 mil.

Tivemos uma média diária de mortes de 3.751, sendo que dessas, 661 foram de Covid-19 e 797 mortes de pneumonia e insuficiência respiratória. Isso que muitos médicos me dizem que muitas das mortes registradas como Covid-19, na verdade, têm outras causas. Tal como já se descobriu na Europa e nos Estados Unidos -- em geral, deveriam entrar como pneumonia ou insuficiência respiratória.

Eu estou achando que a agência de propaganda do vírus chinês quer valorizar o vírus para continuar nos mantendo em pânico, nos mantendo com medo. Eles vêm tendo êxito na Europa, por exemplo, que está anunciando a segunda onda e vão para casa de novo.

Liberar a maconha?

Bom queria fazer um outro registro que aqui no Brasil, como nós sabemos, há um projeto de um deputado do partido socialista, representante do Paraná, que quer liberar o plantio da maconha.

Lá no Uruguai, quando liberaram e começaram a comercialização, em 2017, de um ano para o outro, os homicídios cresceram 45,8%. E o consumo entre os jovens deu um salto de 35%.

Como se sabe a sinapse fica afetada -- a transmissão entre neurônios. A pessoa entra em neurose, psicose, e problemas motores. Houve no ano passado 500 mil mortes provocadas por drogas.

Na Câmara, o deputado Osmar Terra e, no senado, o senador Eduardo Girão estão batalhando para que esse projeto não passe. A maconha, o cânhamo ou marijuana, plantados na Polônia, por exemplo, tem baixo índice de alcalóides, mas em país tropical tem um alto índice de alcalóides.

E para produzir o medicamento canabidiol, que não é viciante, ao contrário do THC, um laboratório lá do Paraná em Toledo está quase terminando os experimentos para produzir sinteticamente o canabidiol sem precisar plantar maconha.

Alexandre Garcia

Colunas sobre política nacional publicadas de domingo à quinta-feira. *Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.

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