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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Meio ambiente

Lula quer dividir com os outros a responsabilidade pela falta de prevenção a queimadas

Incêndio no Parque Nacional de Brasília no dia 4 de setembro
Incêndio no Parque Nacional de Brasília, no dia 4 de setembro. (Foto: EFE/ Andre Borges)

Nesta quarta o presidente da República promove uma reunião com os presidentes do Supremo, da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas da União, e com o procurador-geral da República. O assunto é fogo: é o recorde de incêndios no Brasil. Há 21 anos o presidente tomou posse e nomeou Marina Silva ministra do Meio Ambiente para cuidar das florestas e prevenir que pegassem fogo. Não houve nenhuma prevenção, ou não teríamos agora um recorde nacional e histórico de incêndios na Amazônia, no Pantanal etc.

Agora eu pergunto. Lula fala em combater o fogo. Mas de quem é a responsabilidade? O Poder Judiciário tem bombeiro? Não, a não ser aqueles próprios das sedes dos tribunais. O Legislativo tem bombeiro? Só aquele pessoal especializado da segurança. O TCU tem? Não tem. A PGR idem. Bombeiro é com o Poder Executivo, municipal, estadual e federal. Essa reunião é para quê, dividir a responsabilidade? Mas a responsabilidade é do Executivo.

E não é só combater incêndio. Os animaizinhos, os filhotes já morreram, os ovos e os ninhos já foram destruídos, as árvores já foram queimadas. Tem de prevenir. Eu vi Marina Silva falando que o governo vem trabalhando com “medidas muito bem pensadas”. Ela foi ministra de Lula em 2003, e ainda estão pensando?

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Na nova guerra digital até o velho pager vira uma bomba 

Vocês viram as novas guerras desse mundo? Guerra com drones, guerra a distância, guerra digital. Guerra digital pode desligar serviços de água, luz, telefone de um país; desligam tudo que funciona, postos de combustível, por exemplo, e o país para. Agora apareceu mais uma. Vocês lembram do bip, ou pager, que as pessoas usavam nos anos 80, principalmente, para serem convocadas? Quem estava de plantão andava com aquele bip, que foi superado pelo celular, muito mais prático. Mas o pager não pode ser rastreado como o celular, e por isso os membros do Hezbollah, que ataca Israel a partir do sul do Líbano, estavam todos usando pagers. E de repente eles explodiram, 3 mil aparelhos. Nove pessoas foram mortas, 2,8 mil ficaram feridas, inclusive o embaixador do Irã. Estão acusando Israel, que não deu um pio.

Na guerra digital até isso é possível. Não se pode rastrear um aparelho, mas pode-se fazer uma interferência de modo que o mecanismo exploda. Imaginem só o quanto se fica vulnerável a um ataque. Somos do tempo da pistola, do revólver, do fuzil, e outros estão usando uma guerra silenciosa de apertar botões. É a evolução. Será que o Brasil está preparado para se defender disso? Existe o Forte Rondon, em Brasília, que é um centro de defesa cibernética, mas parece que para eleições, por exemplo – lá na Venezuela se descobriu que Maduro tentava fraudar, e todo mundo já sabe –, aqui só ficamos na desconfiança por causa desse nosso atraso na percepção dessas grandes novidades digitais. Estamos sempre correndo atrás por falta de avanço científico.

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Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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