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O ex-presidente Lula se encaminha para helicóptero na Superintendência da PF em Curitiba em foto de março de 2019, quando o ex-presidente foi ao velório de um neto.
O ex-presidente Lula se encaminha para helicóptero na Superintendência da PF em Curitiba em foto de março de 2019, quando o ex-presidente foi ao velório de um neto.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Lula fica na sala especial de delegados em trânsito na superintendência na Polícia Federal, em Curitiba, ou vai para o presídio especial de celebridades do crime, em Tremembé, a 150 km de São Paulo? O Supremo diz que ainda não. Embora um juiz tenha dito que pode ir.

A defesa de Lula pediu a transferência para que ele fique mais perto de São Paulo. Curitiba fica a 400 km de São Paulo.

Tomara que ele seja transferido, porque custa muito caro o cumprimento da pena em Curitiba, atrapalha a rotina da Polícia Federal e deixa também delegados sem lugar para passar a noite, porque aquilo é um quarto de trânsito especial de delegados que passam pela cidade para trabalhar.

Por 10 a 1, o Supremo diz que não. O vota discordante é do ministro Marco Aurélio. A defesa alega que é preciso primeiro decidir mais um pedido de habeas corpus de Lula e mais um pedido de suspeição do ministro Sérgio Moro. Nunca vi tanto recurso quanto os da defesa de Lula.

O presídio de Tremembé é só para de celebridades. Estão lá: Alexandre Nardoni, o matador de Isabela Nardoni com a mulher dele; Roger Abdelmassih, que foi condenado por assédio as suas clientes; o juiz Nicolau dos Santos Neto, que se envolveu com o senador Luiz Estevão na construção do prédio da Justiça Federal de São Paulo; os irmãos Cravinhos, que ajudaram a Suzane Richthofen a matar os pais; e o juiz Rocha Mattos que recebia propina e vendia sentença.

Agora vamos esperar essa decisão. Lula já está encaminhado para outro presídio e ainda tem que responder vários outros processos em que é réu. Alguns esperam só a segunda instância.

Sem depender do Congresso

Há duas medidas administrativas do governo que não dependem do Congresso Nacional. A primeira: o Banco Central vai mudar a regulamentação do cheque especial porque constatou que o juro está muito alto. Está chegando quase a 300% ao ano, e a taxa básica de juros está lá em baixo 6% ao ano. A diferença é muito grande, e sabe-se que a maior parte das pessoas que devem é de baixa renda, de dois a cinco salários mínimos. É preciso certa moralização.

A segunda: as concessionárias que não dão conta de cumprir seus contratos realizando obras tem que parar. Ou tem que devolver a concessão e fazer outra licitação, ou fazer  acordo rapidinho. O fato é que a obra não pode parar. E é isso que deseja o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

No rastro do dinheiro

Outra questão é a proximidade dos ministros Sergio Moro e Paulo Guedes na questão do Coaf - Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O órgão se destina a pegar dinheiro sujo e do crime, seja ele de corrupção ou do tráfico.

A Polícia Federal já confiscou, só neste ano, R$ 548 milhões do crime. Depois disso, isolam o criminoso em uma prisão em que ele não pode continuar comandando o crime. E mais do que isso: sequestram seus bens. Assim, o crime fica sem dinheiro. Quando tiram o dinheiro do crime, ele para. Vocês viram: faltou dinheiro para o MST e pararam as invasões.

E o governo também vai buscar o dinheiro também vendendo seus imóveis. O governo tem 750 mil imóveis. Tem apartamentos no Leblon, em São Paulo, lojas em Vitória, ponto banca em mercado público municipal... tem de tudo. Então, vai começar a vender já na semana que vem. O governo pretende vender quatro imóveis em São Paulo ao preço de R$ 200 milhões.

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