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O próximo presidente dos Estados Unidos será definido nesta terça-feira (3).
O próximo presidente dos Estados Unidos será definido nesta terça-feira (3).| Foto: Angela Weiss and MANDEL NGAN / AFP

Hoje é dia de eleição americana, aliás os dias que passaram também foram, só que hoje é o dia final. Os americanos vão decidir entre o candidato republicano, Donald Trump, que está concorrendo à reeleição, e o ex-vice de Barack Obama, o senador Joe Biden, concorrendo pelo partido democrata.

O mundo inteiro acompanha, parece que é a eleição do presidente do mundo. E de fato é um pouco, porque é a maior potência econômica do mundo que amparada pela potência bélica, pela potência militar. E os americanos têm um histórico de intervenção em qualquer parte do mundo sem que ninguém reclame, porque tem poder militar, tem força.

Daí o perigo de ser eleito um presidente fraco, porque um presidente fraco com poder militar fortíssimo é perigoso. Foi um foi um vice-presidente democrata, quando assumiu, que autorizou jogar as duas bombas atômicas no Japão para terminar logo a guerra. Foi também um presidente democrata, John F. Kennedy, que apoiou a tentativa de invasão de Cuba, e depois acabou botando gente numa guerra que durou 10 anos, no Vietnã -- que foi terminada por um presidente republicano.

Democratas em geral são também mais belicosos e intervencionistas em relação ao Brasil. Agora mesmo o Biden falou de novo, quase sugerindo, que o mundo tome uma atitude em relação à Amazônia. Está dizendo ao mundo "tomem conta da Amazônia", nos ameaçando.

Kennedy foi muito criticado pela esquerda brasileira nos programas que fazia de ajuda ao Brasil que foram considerados intervencionistas.

Lyndon Johnson, o seu substituto, também é acusado pela esquerda de apoiar o golpe que derrubou João Goulart em 1964. E Jimmy Carter se meteu de tal maneira nas questões brasileiras que o presidente Geisel cortou o acordo militar com os Estados Unidos. Mas vamos esperar que os americanos decidam, afinal, o que eles querem.

O presidente Bolsonaro e Trump têm uma proximidade muito grande. Os acordos são válidos entre Estados e são permanentes, mas é claro que os chefes de Estado tendo uma boa relação é bom também. Eu não sei se republicanos e democratas são diferentes no protecionismo comercial, porque de fato o governo americano representa os seus produtores, seus cidadãos, e é “América Primeiro”, como a gente tem de considerar por aqui também e dizer o Brasil primeiro.

Maia confia em arquivamento

O presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, está confiante que o processo reaberto vai ser arquivado. Eu comentei ontem que o processo se ligava a Odebrecht, mas não, se liga a OAS, mas é parecido. É com base na delação premiada do Léo Pinheiro, presidente da OAS, que envolve não apenas Rodrigo Maia, mas dois ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Talvez por isso tenha havido todo esse nesse interregno, esse adiamento das coisas que agora estão retomando. O procurador-geral Augusto Aras foi cobrado pelo Ministro do STF Edson Fachin, que foi relator da Lava Jato, e agora vai tocar de novo as investigações para confirmar se há provas materiais a respeito daquilo que disse o presidente da OAS.

Homenagem ao “Louro José”

Por fim, eu queria fazer menção à morte do "Louro José", o Tom Veiga, tão brilhante no programa da minha amiga Ana Maria Braga, como, digamos, o grilo falante. Embora fosse um papagaio falante, era uma espécie de superego, de consciência -- bem humorado, inteligente. A causa da morte foi AVC, uma hemorragia cerebral. Queria lembrar aqui que nesse período da Covid-19, no Brasil, morreram 61.825 brasileiros de AVC.

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