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Participação de Moro no Senado
| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O juiz Sergio Moro se ofereceu para responder a perguntas dos senadores. A oferta foi aceita pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. E ele foi lá, passou das 9h às 19h lá dentro respondendo perguntas de mais da metade dos senadores.

Foram perguntas repetitivas e variações sobre o mesmo tema, mas ele respondeu a tudo com frieza, com neutralidade e não embarcou nas explosões de alguns senadores.

Seus aliados consideram que ele teve uma grande vitória, consolidando-se ainda mais no Ministério da Justiça. Sergio Moro não recusou pergunta. Agora a Câmara dos deputados está convidando o ministro Sérgio Moro para ir à CCJ da Casa.

A mesma Comissão, no Senado, vai convidar o promotor Deltan Dallagnol, que vai receber as mesmas perguntas e vai dar respostas semelhantes. Moro quando for para a Câmara também vai receber perguntas parecidas sobre o mesmo tema e vai dar respostas parecidas.

Eu fico pensando se não é bom a gente ser mais prático, porque reincidir nos mesmos assuntos é desperdício de vida. A própria Justiça já deu uma enxugada nisso: quando algo já está decidido sobre um determinado assunto todos os outros temas vão com base nessa decisão. Isso tira muito processo da frente.

Por falar em processo...

Só para lembrar: tem uma Medida Provisória do governo, aquela que diz respeito às fraudes da Previdência, que paga um bônus para funcionário da Previdência tocar processo fora de hora, de seu tempo de trabalho.

Uma história estranha

Eu queria falar sobre essa história estranha da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). O marido dela foi morto na frente de casa com 30 tiros. Agora acharam uma pistola embrulhada na casa dela, no quarto do filho biológico dela - que está preso por outro motivo.

Foi feita a perícia e constataram que a origem dos tiros é dessa pistola. Foram usados dois carregadores para dar os 30 tiros. Não era latrocínio, era alguém que queria matar mesmo o pastor. E dizem que o pastor estava tendo um caso extraconjugal

Tem mais um filho que está sob suspeita, esse adotivo. A deputada tem 55 filhos adotivos. Provavelmente ela tinha uma espécie de creche, um movimento de adoção e acolhimento de jovens.

Dos 55 filhos, dois estão dando problema. Dá dando 4% de negativo, o que não é muito. Enfim, é muito estranho.

Ela diz que não sabe de nada, mas também está sob suspeita da polícia. Vamos ver porque não há imunidade parlamentar que não seja em exercício do mandato. Nesse tipo de crime a deputada não tem nenhuma imunidade: é um crime comum que não tem nada a ver com o exercício do mandato. Na quarta-feira (19) a deputada estava ausente do plenário, é claro.

Eu mesmo passei a manhã toda no plenário, inclusive me convidaram para ir para a Mesa Diretora, eu fiquei do lado do Lars Grael, medalhista olímpico.

Depois de surpresa me fizeram ir à tribuna, para uma homenagem à Marinha do Brasil, e eu peguei a frase do que o almirante Barroso disse antes de começar a batalha decisiva de Riachuelo: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”. Essa frase está bem atual.

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